Massimo levantou-se e pegou o primeiro voo para outra cidade. Sua esposa o havia convidado para conversar, e ele não desperdiçaria essa oportunidade. Ao chegar, dirigiu o mais rápido possível para a Valderosa. Naquele dia específico, os campos pareciam mais reluzentes. Ele carregava uma mistura de emoções que não conseguia descrever, mas só de ter ouvido a voz de sua esposa e pensar que a veria hoje, ficou de bom humor.Por outro lado, algo fez com que Guadalupe acordasse. Não sabia se foi um sonho ou um de seus costumeiros pesadelos, mas lembrava-se de ter falado com seu marido. Sentiu uma pontada no estômago quando viu seu telefone na cama. Rapidamente o verificou e, de fato, havia uma chamada de Massimo. Isso fez com que o sono desaparecesse. Pegou seu roupão e saiu para caminhar pelos jardins da mansão. A manhã estava fresca e havia uma leve brisa.Leopoldo, ao ver um automóvel chegando à mansão, saiu para recebê-lo pensando que se tratava do Sr. Pietro, mas não era.— Senhor Pe
Depois que a avó Caterina levou Guadalupe da mansão de Massimo, o tempo seguiu seu curso. Alessia estava demonstrando muitas qualidades que a tornavam superior a vários colegas do escritório, algo que não passava despercebido aos olhos de seu amado, que apenas por alguns dias sentiu a ausência de Guadalupe em casa.As notícias de que Alessia Amato era o atual relacionamento do presidente do Conglomerado Pellegrini tornaram-se tendência nos meios que cobriam eventos sociais. Eram um casal digno de admiração: ambos tinham a mesma idade, trabalhavam juntos, ombro a ombro, mão a mão, além de ser a primeira vez que viam o presidente da companhia com uma mulher, e não qualquer mulher — era uma requintada e distinta mulher.As páginas sociais diziam que eram um casal de sonho e previam um casamento em breve. Era possível vê-los saindo de algum restaurante luxuoso, algum café, e até mesmo se davam tempo para assistir a estreias de filmes, como se fossem qualquer casal normal.A mídia gostav
Assim que Massimo e Guadalupe saíram do salão onde foi realizada a cerimônia, chegaram à mansão. Guadalupe estranhou o silêncio sepulcral durante a viagem, além do fato de que Massimo só abriu a boca para dizer que a lua de mel havia sido cancelada.Chegaram à mansão. Massimo desceu do carro e se adiantou para entrar na casa sem sequer olhar para Guadalupe, que ainda estava dentro do veículo. Ela abriu a porta, ainda com o buquê de noiva na mão. Viu-o subir os degraus da entrada, apertou os caules das flores e caminhou para dentro. Quando entrou, viu Massimo esperando apenas para dizer que não dormiria no quarto principal e continuaria dormindo no quarto de hóspedes.Ela ficou sentada na sala por um longo tempo, ainda usando o vestido de noiva. Massimo havia se trancado em seu escritório. Depois de um bom tempo, Guadalupe criou coragem e foi caminhando até o escritório para perguntar o que estava acontecendo com ele. Estava prestes a abrir a porta quando esta foi aberta e aquele home
Na manhã seguinte ao casamento, Guadalupe se levantou e, como pôde, tirou o vestido de noiva. Havia várias pérolas que precisavam ser desatadas, o que dificultava tirá-lo sozinha. Teve que usar tesouras para cortá-lo. Tomou um banho para remover a maquiagem que estava estragada, saiu e vestiu uma roupa casual. Não esperava que Massimo estivesse em casa.Saiu em busca de um vaso com água para colocar seu buquê de noiva. Levou um grande susto quando viu Massimo sair de seu quarto. Ele usava um elegante terno preto, olhou-a de cima a baixo e disse:— Suponho que o café da manhã já esteja pronto. — Massimo disse com sarcasmo, mas com um tom autoritário ao mesmo tempo.— Bem... Emma deve... deve ter preparado o café da manhã. — Respondeu a moça, um pouco desorientada pela pergunta.— Emma está de férias. Você deveria ter preparado meu café da manhã, ou o quê? Só será minha esposa pelo sobrenome e pelo dinheiro?— A isso você chama de casamento? Eu não sei o que fiz para você, mas desde
Guadalupe saiu do consultório e vagou pela cidade. Não queria voltar para a mansão; desta vez, Massimo havia ultrapassado os limites, ele lhe havia causado muito dano. Ela queria ligar para Pietro, queria voltar para Porto Vento. "Jamais deveria ter saído de lá", pensou.Cansada de vagar, sentou-se em um banco que estava em um parque. O clima não estava nem frio nem quente, podiam-se ver os primeiros indícios da chegada do verão. Já estava quase anoitecendo e ela não queria voltar para a mansão, mas havia esquecido sua carteira e não dispunha de dinheiro.A cidade era grande, mas ninguém conhecia sua existência, não havia a quem recorrer se tivesse algum problema. Essa situação fez com que a moça começasse a chorar desconsoladamente. Nunca imaginou que aquilo que havia desejado se transformaria em seu próprio inferno.Sua situação não permitiu que ela percebesse que, nesse mesmo banco, na beirada, havia se sentado um homem atraente de não mais que 30 anos. Ele estava fumando, perdid
Ao ouvir tudo o que Matteo lhe disse, este homem apertou o volante querendo estrangular sua mulher, mas desejando alcançá-la para que não se perdesse novamente.— Matteo, preciso que descubra em qual ônibus ela está, vou atrás dela.Matteo, sem dúvida nem hesitação, falou com a companhia de ônibus e conseguiu a tão preciosa informação. Quando Guadalupe desceu do ônibus, vários homens vestidos de terno preto e com cara de poucos amigos a cercaram.— O quê? O que está acontecendo? Quem são vocês?— Guadalupe, será melhor que não cause um escândalo. — Disse Massimo, pegando-a pelo braço.Ela e seu marido caminharam para fora do terminal de ônibus e ele a obrigou a subir rapidamente no Maserati que seu marido dirigia. O rosto de Massimo estava frio e claramente se via irritado. Durante o caminho não pronunciou palavra alguma, mas ao chegar à mansão, a tranquilidade do homem se esvaiu.— Diga-me, por que você gosta de estar com Pietro?— Por que você traz isso à tona? — Disse a moça
Emma, ao ver a negativa de Massimo, preferiu sair da mansão; perderia muito se não aceitasse ir embora. Vendo a situação, não podia deixar a senhora sozinha, tampouco podia dizer algo à avó, isso poderia gerar um problema ainda maior.— EMMA, POR FAVOR, ME AJUDE! — Ouviu Guadalupe gritar da sua sacada.Ao ouvir isso, Massimo correu da sala até o quarto de sua mulher; ela poderia estar pensando em se jogar do segundo andar. Abriu a porta e correu até a sacada, puxou-a tapando sua boca. Ela deu uma mordida em sua mão, conseguindo escapar enquanto ele se queixava da mordida. Ela correu descalça com todas as suas forças, mas ao chegar às escadas, tropeçou no tapete.Massimo ia atrás dela e só conseguiu ver como ela caía pelas escadas.— GUADALUPE! — Gritou Massimo ao ver que não chegaria a tempo.Quando Massimo chegou às escadas, Guadalupe jazia inconsciente no patamar. Ele correu e a levantou; escorria sangue de sua cabeça. Moveu-a tentando fazer com que ela acordasse, mas ao não ter
Fabrizio saiu irritado da mansão, não sem antes lembrar a Massimo que deveria levar Guadalupe ao hospital ou a avó Pellegrini ficaria sabendo de tudo.Uma vez que Fabrizio partiu, Massimo aproximou-se de sua esposa, que continuava tentando se lembrar, mas por mais que se esforçasse, suas lembranças estavam perdidas até um dia depois do casamento.— Guadalupe, como você está se sentindo?— Bem, só dói o corpo, mas acho que com o medicamento vai parar de doer.— Quer que eu te ajude a ir para seu quarto?— Acho que posso fazer isso sozinha, não quero incomodá-lo.— Vamos, segure-se no meu pescoço, vou carregá-la.A moça, um pouco atordoada, colocou um braço no pescoço dele. Novamente Massimo percebeu que a moça era muito leve, havia passado pouco tempo vivendo juntos e ela tinha piorado bastante sua aparência.— Senhor? A senhora está bem? — Disse Matteo ao ver seu chefe entrar com Guadalupe nos braços.— Sim, Matteo, é só que ela está um pouco indisposta, mas já a levo para o q