Emma, ao ver a negativa de Massimo, preferiu sair da mansão; perderia muito se não aceitasse ir embora. Vendo a situação, não podia deixar a senhora sozinha, tampouco podia dizer algo à avó, isso poderia gerar um problema ainda maior.— EMMA, POR FAVOR, ME AJUDE! — Ouviu Guadalupe gritar da sua sacada.Ao ouvir isso, Massimo correu da sala até o quarto de sua mulher; ela poderia estar pensando em se jogar do segundo andar. Abriu a porta e correu até a sacada, puxou-a tapando sua boca. Ela deu uma mordida em sua mão, conseguindo escapar enquanto ele se queixava da mordida. Ela correu descalça com todas as suas forças, mas ao chegar às escadas, tropeçou no tapete.Massimo ia atrás dela e só conseguiu ver como ela caía pelas escadas.— GUADALUPE! — Gritou Massimo ao ver que não chegaria a tempo.Quando Massimo chegou às escadas, Guadalupe jazia inconsciente no patamar. Ele correu e a levantou; escorria sangue de sua cabeça. Moveu-a tentando fazer com que ela acordasse, mas ao não ter
Fabrizio saiu irritado da mansão, não sem antes lembrar a Massimo que deveria levar Guadalupe ao hospital ou a avó Pellegrini ficaria sabendo de tudo.Uma vez que Fabrizio partiu, Massimo aproximou-se de sua esposa, que continuava tentando se lembrar, mas por mais que se esforçasse, suas lembranças estavam perdidas até um dia depois do casamento.— Guadalupe, como você está se sentindo?— Bem, só dói o corpo, mas acho que com o medicamento vai parar de doer.— Quer que eu te ajude a ir para seu quarto?— Acho que posso fazer isso sozinha, não quero incomodá-lo.— Vamos, segure-se no meu pescoço, vou carregá-la.A moça, um pouco atordoada, colocou um braço no pescoço dele. Novamente Massimo percebeu que a moça era muito leve, havia passado pouco tempo vivendo juntos e ela tinha piorado bastante sua aparência.— Senhor? A senhora está bem? — Disse Matteo ao ver seu chefe entrar com Guadalupe nos braços.— Sim, Matteo, é só que ela está um pouco indisposta, mas já a levo para o q
Emma e Guadalupe chegaram ao consultório de Fabrizio. Ele se surpreendeu ao ver Guadalupe com a governanta e não com Massimo.— Olá, Guadalupe! Como você está?— Olá, Fabrizio, estou bem. Na verdade, não sei o que aconteceu comigo, só me lembro que estava indo em direção às escadas e daí não me lembro de nada até algumas horas atrás.— Vou solicitar alguns exames para descartarmos qualquer complicação maior no futuro.Fabrizio saiu do consultório, segurando Emma pelo ombro.— Emma, pode me ajudar a procurar uma enfermeira?— Sim, senhor. — Disse a mulher enquanto ambos iam saindo.Ao sair, fechou a porta do consultório e atreveu-se a perguntar.— Emma, onde está Massimo?— Senhor, ontem ele apenas ligou e me disse para ir à casa, que Guadalupe estava dormindo e ele precisava viajar.— Ah! Entendo, acabou fugindo.— Não sei, senhor! Não posso lhe dar mais detalhes.— Não se preocupe, Emma, vou examinar Guadalupe para descartar alguma lesão mais grave.Depois de uma longa re
Naquela tarde, enquanto Guadalupe fazia trabalhos de jardinagem com música em alto volume, não percebeu que uma sombra escura estava parada atrás dela. Massimo havia retornado e, ao ouvir a música estrondosa, foi ao jardim, apenas para encontrar sua esposa cantando, com as roupas cheias de terra, mas com um semblante alegre. Por um momento hesitou, mas encontrou a caixa de som e a desligou. A moça, ao ouvir isso, disse:— Emma, já sei! Já sei! A música está muito alta, mas é que se não, as rosas que estão no fundo não conseguem ouvi-la.— Guadalupe!A moça, ao reconhecer a voz, deu um sobressalto e virou-se. Aqueles olhos avelã se cruzaram com os de Massimo; seu semblante estava cansado e sério.— Des... Desculpe, pensei, pensei que fosse Emma.— Vejo que na minha ausência você tem feito o que bem entende. — Disse de maneira séria.— Não, é só que... Só precisava encontrar algo para fazer e o jardim precisava de cuidados.Massimo olhou-a de cima a baixo, retirou-se, e ela entend
Guadalupe saiu com muito cuidado do escritório depois de ouvir Massimo. Uma vez no corredor, ele pôde ouvir como a moça correu e desceu pelas escadas. Um sorriso se desenhou no rosto de Massimo; sem fazer barulho, seguiu-a e ouviu como ela contava as boas notícias para Emma.— Senhora, mas faz muito tempo que não decoramos a casa, com certeza os enfeites já estão quebrados ou muito ultrapassados.— Emma! Vamos! O importante é que podemos decorar. Este será meu primeiro Natal aqui, não me importa se os enfeites estão quebrados, usaremos o que nos servir. Tenho algumas economias e talvez possamos comprar a árvore.Massimo surpreendeu-se ao ouvir que ambas as mulheres se preocupavam com o dinheiro, isso não deveria ser um problema. O dinheiro era algo que não deveria preocupar sua mulher, mas ela nunca lhe pedia nada.— Guadalupe! — Disse Massimo entrando na cozinha.— Sim!— Fiquei pensando sobre isso do seu Natal, esta é a primeira vez que você passará o Natal aqui. Talvez possamo
Guadalupe e Emma se concentraram em preparar o jantar. Nunca perceberam a hora em que Massimo saiu da mansão. Já quase anoitecendo, Guadalupe subiu ao seu quarto e encontrou o vestido e o porta-joias com o presente de seu marido. Ao abrir a caixa, sentiu borboletas no estômago; viu o vestido e era um pouco ousado, mas se ele o havia selecionado, o usaria.Emma saiu cedo, foi passar as festividades em casa com seus filhos. Tudo estava calmo na mansão Pellegrini e ela não queria ser um estorvo, além de que sempre passava o fim de ano em família, longe do estresse do trabalho.Guadalupe se arrumou o melhor que pôde. O vestido lhe caiu perfeitamente; o decote não era tão exagerado como pensava. Colocou um pouco de maquiagem, prendeu o cabelo para exibir em seu esbelto pescoço aquela requintada gargantilha e aqueles belos brincos que Massimo lhe havia dado. Desceu e começou a preparar a mesa, não sem antes deixar em seu escritório uma pequena caixinha com uma medalha e corrente de prata.
Massimo ficou sentado em um banco refletindo sobre o rumo de sua vida. Depois de uma hora, dirigiu-se ao seu carro e foi para a casa de Alessia. Já havia tomado uma decisão. "Amar às vezes dói", pensou.— Posso ficar aqui?— Claro, meu amor! Esta é sua casa! O que aconteceu?— Nada! Só que Guadalupe tem a habilidade de me tirar do sério. Desta vez, não quero perder o controle, então saí de lá e quero ver se posso ficar por aqui por um tempo.— Esta é sua casa! Repito, se quiser, pode ficar o tempo que desejar.Finalmente, Massimo havia decidido. Se Guadalupe lhe desse essa opção, ele se mudaria, e a avó não ficaria sabendo. A proposta da garota era a única coisa que ele sabia que havia dito durante todo o tempo em que estiveram juntos.Chegou o dia do aniversário de casamento. A avó queria vê-los, e como sempre faziam, Massimo avisava Guadalupe, que se arrumava para receber a avó. Emma não podia dizer nada sobre o acordo deles, já que cada um havia pedido explicitamente que respe
--- Atualmente ---Depois da conversa entre Massimo e Guadalupe no jardim, ambos caminharam em direção à mansão. Caterina já estava de pé, saudando-os da varanda de Guadalupe.— Massimo, fico feliz que finalmente decidiu visitar sua esposa!— Sim, vovó. Na verdade, estávamos conversando. Comentei que vim ajudá-la em sua recuperação.— Oh! Excelentes notícias! Excelentes notícias! Com toda razão, hoje o dia brilha mais do que o habitual.— Vovó, pedi a Massimo que conversasse com a senhora. Ele não pode vir aqui e tomar essa decisão assim, sem mais nem menos. Primeiro deve consultá-la.— Bem, minha querida, acho que é um gesto muito bom, então não tenho por que me negar.Em frente à mansão, Leopoldo conseguiu avistar o carro esportivo de Pietro. Ao vê-lo, imaginou a grande tempestade que se aproximava na mansão. Ele sabia perfeitamente da rivalidade entre os dois irmãos e, agora que havia percebido que Guadalupe não lhe era indiferente, uma forte discussão parecia iminente.— Le