Emma e Guadalupe chegaram ao consultório de Fabrizio. Ele se surpreendeu ao ver Guadalupe com a governanta e não com Massimo.— Olá, Guadalupe! Como você está?— Olá, Fabrizio, estou bem. Na verdade, não sei o que aconteceu comigo, só me lembro que estava indo em direção às escadas e daí não me lembro de nada até algumas horas atrás.— Vou solicitar alguns exames para descartarmos qualquer complicação maior no futuro.Fabrizio saiu do consultório, segurando Emma pelo ombro.— Emma, pode me ajudar a procurar uma enfermeira?— Sim, senhor. — Disse a mulher enquanto ambos iam saindo.Ao sair, fechou a porta do consultório e atreveu-se a perguntar.— Emma, onde está Massimo?— Senhor, ontem ele apenas ligou e me disse para ir à casa, que Guadalupe estava dormindo e ele precisava viajar.— Ah! Entendo, acabou fugindo.— Não sei, senhor! Não posso lhe dar mais detalhes.— Não se preocupe, Emma, vou examinar Guadalupe para descartar alguma lesão mais grave.Depois de uma longa re
Naquela tarde, enquanto Guadalupe fazia trabalhos de jardinagem com música em alto volume, não percebeu que uma sombra escura estava parada atrás dela. Massimo havia retornado e, ao ouvir a música estrondosa, foi ao jardim, apenas para encontrar sua esposa cantando, com as roupas cheias de terra, mas com um semblante alegre. Por um momento hesitou, mas encontrou a caixa de som e a desligou. A moça, ao ouvir isso, disse:— Emma, já sei! Já sei! A música está muito alta, mas é que se não, as rosas que estão no fundo não conseguem ouvi-la.— Guadalupe!A moça, ao reconhecer a voz, deu um sobressalto e virou-se. Aqueles olhos avelã se cruzaram com os de Massimo; seu semblante estava cansado e sério.— Des... Desculpe, pensei, pensei que fosse Emma.— Vejo que na minha ausência você tem feito o que bem entende. — Disse de maneira séria.— Não, é só que... Só precisava encontrar algo para fazer e o jardim precisava de cuidados.Massimo olhou-a de cima a baixo, retirou-se, e ela entend
Guadalupe saiu com muito cuidado do escritório depois de ouvir Massimo. Uma vez no corredor, ele pôde ouvir como a moça correu e desceu pelas escadas. Um sorriso se desenhou no rosto de Massimo; sem fazer barulho, seguiu-a e ouviu como ela contava as boas notícias para Emma.— Senhora, mas faz muito tempo que não decoramos a casa, com certeza os enfeites já estão quebrados ou muito ultrapassados.— Emma! Vamos! O importante é que podemos decorar. Este será meu primeiro Natal aqui, não me importa se os enfeites estão quebrados, usaremos o que nos servir. Tenho algumas economias e talvez possamos comprar a árvore.Massimo surpreendeu-se ao ouvir que ambas as mulheres se preocupavam com o dinheiro, isso não deveria ser um problema. O dinheiro era algo que não deveria preocupar sua mulher, mas ela nunca lhe pedia nada.— Guadalupe! — Disse Massimo entrando na cozinha.— Sim!— Fiquei pensando sobre isso do seu Natal, esta é a primeira vez que você passará o Natal aqui. Talvez possamo
Guadalupe e Emma se concentraram em preparar o jantar. Nunca perceberam a hora em que Massimo saiu da mansão. Já quase anoitecendo, Guadalupe subiu ao seu quarto e encontrou o vestido e o porta-joias com o presente de seu marido. Ao abrir a caixa, sentiu borboletas no estômago; viu o vestido e era um pouco ousado, mas se ele o havia selecionado, o usaria.Emma saiu cedo, foi passar as festividades em casa com seus filhos. Tudo estava calmo na mansão Pellegrini e ela não queria ser um estorvo, além de que sempre passava o fim de ano em família, longe do estresse do trabalho.Guadalupe se arrumou o melhor que pôde. O vestido lhe caiu perfeitamente; o decote não era tão exagerado como pensava. Colocou um pouco de maquiagem, prendeu o cabelo para exibir em seu esbelto pescoço aquela requintada gargantilha e aqueles belos brincos que Massimo lhe havia dado. Desceu e começou a preparar a mesa, não sem antes deixar em seu escritório uma pequena caixinha com uma medalha e corrente de prata.
Massimo ficou sentado em um banco refletindo sobre o rumo de sua vida. Depois de uma hora, dirigiu-se ao seu carro e foi para a casa de Alessia. Já havia tomado uma decisão. "Amar às vezes dói", pensou.— Posso ficar aqui?— Claro, meu amor! Esta é sua casa! O que aconteceu?— Nada! Só que Guadalupe tem a habilidade de me tirar do sério. Desta vez, não quero perder o controle, então saí de lá e quero ver se posso ficar por aqui por um tempo.— Esta é sua casa! Repito, se quiser, pode ficar o tempo que desejar.Finalmente, Massimo havia decidido. Se Guadalupe lhe desse essa opção, ele se mudaria, e a avó não ficaria sabendo. A proposta da garota era a única coisa que ele sabia que havia dito durante todo o tempo em que estiveram juntos.Chegou o dia do aniversário de casamento. A avó queria vê-los, e como sempre faziam, Massimo avisava Guadalupe, que se arrumava para receber a avó. Emma não podia dizer nada sobre o acordo deles, já que cada um havia pedido explicitamente que respe
--- Atualmente ---Depois da conversa entre Massimo e Guadalupe no jardim, ambos caminharam em direção à mansão. Caterina já estava de pé, saudando-os da varanda de Guadalupe.— Massimo, fico feliz que finalmente decidiu visitar sua esposa!— Sim, vovó. Na verdade, estávamos conversando. Comentei que vim ajudá-la em sua recuperação.— Oh! Excelentes notícias! Excelentes notícias! Com toda razão, hoje o dia brilha mais do que o habitual.— Vovó, pedi a Massimo que conversasse com a senhora. Ele não pode vir aqui e tomar essa decisão assim, sem mais nem menos. Primeiro deve consultá-la.— Bem, minha querida, acho que é um gesto muito bom, então não tenho por que me negar.Em frente à mansão, Leopoldo conseguiu avistar o carro esportivo de Pietro. Ao vê-lo, imaginou a grande tempestade que se aproximava na mansão. Ele sabia perfeitamente da rivalidade entre os dois irmãos e, agora que havia percebido que Guadalupe não lhe era indiferente, uma forte discussão parecia iminente.— Le
Massimo passou todo o dia na mansão, acompanhando Guadalupe e ajudando-a a tomar seus medicamentos. Pietro, por sua vez, não pôde suportar essa decisão e acabou saindo muito irritado.Chegada a noite, Caterina não perdeu a oportunidade de tentar acender a chama entre eles. Preferiu jantar antes e recolher-se ao seu quarto antes deles.Durante o jantar, Leopoldo apenas colocou dois lugares, e Guadalupe ficou surpresa.— Leopoldo, e a avó?— A senhora está descansando. Estava um pouco cansada e preferiu ir dormir.— Oh, já entendi!— Me parece que ela só jantará com o senhor Massimo.— Ok!Guadalupe sentiu uma leve pontada no estômago. Havia permanecido calma com sua presença, mas isso não significava que não a incomodasse. A garota fazia um esforço para manter a serenidade diante dos bons tratos de seu marido, mas esse truque ela já conhecia. "Certamente a avó o ameaçou novamente de tirar a companhia", pensou.Não era a primeira vez que ela observava esse comportamento. Durante
Em Luceria, vários quilômetros longe de Alvénia, começava a se desenvolver uma situação que mudaria o rumo de todas as coisas.Alessia havia assinado sua demissão e permanecia tranquila, pois ainda esperava a visita de Massimo. Sabia perfeitamente que ele teria uma boa explicação para o ocorrido.Com o passar dos dias, ele não havia chegado, e isso lhe gerava uma sensação estranha no peito. Algo lhe dizia que isso não era normal em seu amado.Numa manhã qualquer, levantou-se com uma leve sensação de vertigem, sentiu vontade de vomitar e correu para seu banheiro. Isso que acabava de acontecer já havia sentido dias antes, o que chamou sua atenção.Correu para seu celular e abriu um aplicativo para ver seu período. Tinha duas semanas que deveria ter chegado.— Diabos! Diabos! Isso não pode me acontecer agora! Não, não! — repetia a garota enquanto colocava um casaco para sair correndo para a farmácia.Saiu rapidamente do apartamento e subiu em seu carro. Ia como alma que o diabo carr