Enquanto Marco ficava sabendo que Alberto Priego havia falecido, Caterina caminhava para seu quarto com a urna que continha as cinzas daquele que foi seu último amor. Pietro estava deitado na cama, acariciando o cabelo de Guadalupe. Havia percebido que isso permitiu que ela relaxasse e finalmente dormisse, por isso não quis se mover nem um centímetro.Finalmente, ambos sucumbiram ao sono e puderam descansar. A avó Caterina entrou em seu quarto e colocou a urna na mesinha de cabeceira, deitou-se e deixou que um silencioso choro fluísse.Na manhã seguinte, Guadalupe acordou ao sentir a vibração do telefone. Pietro estava profundamente adormecido e seu celular estava na cama, por isso, sem pensar, atendeu.— Pietro?— Olá... Não, sou Guadalupe, Pietro está dormindo, mas vou acordá-lo.— Não, não, eu ligo mais tarde. Obrigado!Pietro, ao sentir movimento, começou a acordar. Ainda usava o terno, apenas havia tirado a gravata e desabotoado um pouco a camisa.— Guadalupe... Amor! O que
Massimo chegou a Luceria e imediatamente foi ver Alessia. Sabia que não seria fácil lidar com sua ira, mas não esperava encontrar uma mulher em roupas largas, com olhos e nariz vermelhos. Quando viu o ventre inchado da moça, sentiu-se o ser mais miserável. Ela era a futura mãe de seu filho, havia passado pelo momento mais crítico em sua gravidez sozinha e agora, novamente, encontrava-se assim, sozinha.— Alessia... — Disse o homem abrindo a porta e apertando-a em seus braços.— Vá embora! Deixe-me! Meu bebê e eu não precisamos de você! — Disse a moça enquanto era abraçada por Massimo.— Lamento muito não ter voltado com você! De verdade, lamento! Prometo não deixá-la novamente! Por favor, não chore mais! — Disse Massimo com culpa.— Massimo, sei que você não nos quer. Se está aqui é por compromisso. Este bebê não merece uma família assim. Eu posso criá-lo sozinha, não precisamos de você! — Disse Alessia, deixando sair o que por muito tempo havia guardado.— Alessia, não é o que vo
--- Porto Vento ---Pietro e Guadalupe voltaram para casa. Ela ainda estava delicada, por isso ele havia dado instruções para que a apoiassem em tudo o que fosse humanamente possível, assim que chegassem em casa. Angostina havia preparado uma comida requintada; a futura mamãe devia manter-se bem alimentada, e hoje mais do que nunca ela se sentia na obrigação de cuidar da senhora Pellegrini e seu bebê.— Senhor, senhora... Lamento muito o ocorrido. Terminem de chegar em casa, em um momento levarei o jantar ao quarto. Senhora, procure não fazer esforços e tudo o que precisar, é só pedir. Faremos o possível para apoiá-la.— Obrigada, Angostina! De verdade, muito obrigada pelo apoio...! — Disse Guadalupe enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas; suas mãos carregavam a urna com as cinzas de seu avô.— Não, senhora! Chega de lágrimas, o bebê vai ressentir e está muito pequeno para suportar tanta dor. Tome um banho, relaxe, já está em casa e aqui nada de ruim pode acontecer. Dê-me a urn
--- La Valderosa ---Logo haviam se passado dois meses desde a morte de Alberto. Embora tivesse sido difícil para o Agente Conti, ele conseguiu encontrar informações relacionadas à prisão de Alberto Priego.— Senhora Caterina, podemos nos encontrar? Tenho algo que acredito que vai interessá-la. Uma parte enviei para seu e-mail, mas é imperativo que eu a veja.— Agente Conti, diga-me onde posso vê-lo e estarei lá.— Nos vemos no...— Agente Conti? Ainda está aí?Depois dessa ligação abrupta, não voltou a receber outra informação do agente. Ele havia desaparecido do mapa e os arquivos que enviou por e-mail não deixavam claro para Caterina o que ele havia descoberto.--- Luceria ---Em uma semana seria o casamento do ano. Massimo Pellegrini e Alessia Amato se uniriam em santo matrimônio na Catedral de Milão. O casamento seria celebrado entre o mais alto escalão; a nata da sociedade compareceria ao evento.As revistas sociais não paravam de publicar artigos sobre a união deste cas
No Aeroporto de Fiumicino em Antiqua, em um hangar privado, uma bela mulher de cabelos longos e loiros descia de um avião. À sua frente ia um homem atraente e elegante. O rosto dele era bem definido e atraente, uma leve barba cobria parte dele, seus olhos estavam cobertos por óculos escuros de aviador. Este homem de um metro e noventa e tantos possuía uma aura altiva e imponente.Ao descer do avião, virou-se e ofereceu um grande sorriso à moça que descia atrás dele. Ela usava um lindo vestido bege e sapatos combinando. Em suas mãos trazia um chapéu Borsalino e enormes óculos Chanel. Ao descer do avião, colocou o chapéu e cobriu seus olhos com aqueles enormes óculos que carregava nas mãos. Depois disso, ele pegou sua mão e começaram a caminhar juntos em direção à alfândega.Aquele casal ia discretamente escoltado por pelo menos uma dúzia de seguranças. Ele caminhava elegante e seguro. Os olhares de uma ou outra mulher pousavam naquele homem atraente. Diferente da mulher que levava pel
Depois de meia hora de viagem, uma caminhonete escoltada por outras duas chegou à entrada do Cemitério Flaminio. Dela desceu aquele casal que acabava de chegar após um longo, muito longo tempo fora de Valoria.O cavalheiro tomou a mão da moça e a ajudou a descer da caminhonete. Um de seus seguranças lhes entregou o buquê e procedeu a acompanhá-los a uma distância apropriada. Precisavam de privacidade, mas também precisavam de segurança, por isso os seguranças os seguiam por várias frentes.— Vamos, minha amada Valeria! Segundo o que Federico me disse, deve ser por este corredor. — Disse o cavalheiro apontando para um dos tantos corredores do cemitério.— Vamos... — Disse a moça apertando com uma mão o buquê de peônias e com a outra segurando a mão de seu amado esposo.Depois de alguns corredores, encontraram o columbário onde estava a placa com o nome completo, data de nascimento e data de falecimento daquele amado amigo. Adicionalmente, o esposo da moça havia solicitado que gravas
Depois que Valeria esteve alguns minutos diante do lugar onde repousavam as cinzas de Pietro, Marco Barzinni teve que pedir-lhe que fossem embora. Era óbvio que os Pellegrini perceberiam que alguém havia ido visitá-lo.— Minha amada Valeria! Devemos ir, é um pouco perigoso estar aqui. — Disse Marco vendo a equipe de segurança fazer-lhe sinais.Um dos tantos homens que cuidavam das costas de Marco havia lhe feito sinais de que alguém estava rondando por ali. Razão bastante forte para solicitar que se retirassem oportunamente dali.— Valeria, minha vida, haverá tempo para vir novamente. Por agora, devemos partir.— Entendo! Obrigada por permitir que eu viesse vê-lo! Agora posso estar mais tranquila!Valeria e Marco abandonaram o lugar antes que qualquer pessoa ligada aos Pellegrini ou Amato pudesse reagir.Depois de uns 20 minutos de carro, finalmente Valeria e Marco chegaram a Parioli. A caminhonete parou em frente a uma enorme casa branca, que constava de 3 andares com quartos am
Guadalupe estava parada na varanda do quarto onde dormia há 3 anos. Não quis acender as luzes, para que a escuridão da noite cobrisse as lágrimas que rolavam por suas bochechas."Acabou! Não posso continuar assim, não aguento mais." Pensava enquanto olhava para frente.De repente, a luz de um carro a tirou de seus pensamentos, seu amado marido voltava para casa e ela sabia muito bem o que aconteceria. Seu marido Massimo Pellegrini era o presidente do Conglomerado Pellegrini, um dos mais importantes da província de Lazio. Hoje pela manhã, ele havia esquecido uma pasta cheia de documentos que, segundo Emma e Guadalupe pensavam, possivelmente precisaria e teria problemas se não os tivesse.Tentou várias vezes ligar para avisar sobre os documentos, mas sem resposta, saiu da mansão com a missão de levá-los ela mesma, apenas avisando Emma Fiore, sua governanta.— Emma, Massimo não atende. Tem certeza que ele estava com esses documentos hoje de manhã? — Perguntou com voz preocupada.— Si