Já nos caminhos de flores para a trilha que levava eles até o mar, Ryan se alongava para acordar melhor e raciocinar mais rápido para qualquer coisa. Ryan não pode esconder a empolgação quando avistou o lugar onde costumava se sentar com seu pai e por instinto agarrou a mão da menor e a puxou em direção ao lugar.Os dois não demoraram muito para ajeitar as coisas em cima da toalha que a garota de cabelos roxos havia comprado. Faltava um tempo para o tão esperado sol se pôr, então Nicolle começou a abrir o suco enquanto Ryan abria as caixinhas de frutas cortadas. Fazer aquele longo percurso tinha lhes dado um pouco de fome. E então resolveram conversar um pouco sobre a vida.— Talvez seja um pouco rude da minha parte perguntar isso, mas... o que aconteceu entre você e o Alec? — Ryan observou Nicolle se levantar tensa e ir caminhar próximo ao mar, Ryan fez o mesmo para a acompanhar.— O Alec... — Sua voz morreu enquanto o medo transbordava em seus olhos, uma lágrima solitária teimou em
Ryan acompanhou Nicolle em silêncio até a entrada do dormitório feminino assim que chegaram na escola. Eram oito e meia da noite, ainda estava consideravelmente cedo, então Nick o convidou para ficar ali pelo seu quarto mesmo até dar o toque de recolher. Tiveram que dar uma volta muito maior do que o normal para despistar os monitores, a única sorte era que o quarto de Nicolle era um dos últimos do corredor feminino. Muito fácil de um garoto entrar lá sem um monitor ver, por ser um corredor aberto direto para um pequeno bosque. Ryan riu ao pensar quantas meninas levavam companheiros ali sem os monitores verem. Ryan entrou no quarto com certo receio e trancou a porta, o que quer que fossem fazer ali dentro, não queria ter surpresas, não que fossem transar no quarto do colégio. Não, espera. O que Ryan estava pensando? Eles só tinham se beijado, por que iriam transar? Aquilo estava longe de ser uma opção no momento, mas ainda assim não queria ter surpresas. Céus, Ryan estava pensando
— Huh? — Ryan a olhou e voltou a se levantar. — Estou morrendo de preguiça de ir para o quarto, deixa eu ficar mais um pouquinho só anjo. Nicolle riu com o biquinho fofo que se formou nos lábios do "namorado" e então sorriu, cedendo aos encantos do mesmo. — Bom, Victoria não vai simplesmente deduzir que dormimos juntos, certo? — Ryan sorriu e abraçou Nick a puxando para a cama. — Vamos deitar mais um pouquinho antes de sairmos para comer. E então pegaram no sono, quando acordaram já era hora do almoço, o colégio continuava meio vazio na ala feminina. Ryan saiu do quarto da roxinha para que pudesse tomar um banho e então encontrar a sua quase namorada para almoçar com os outros amigos. O que não sabiam era que um par de olhos o observava de longe, ninguém havia reparado naquele serzinho que tirava foto de tudo desde o momento em que tinham chegado no colégio na noite anterior. Na hora do almoço, Ryan, Ethan e Victoria estavam sentados e esperando por Nicolle. Logo que Nick se sento
Dois anos atrás, Nicolle lavava os legumes para preparar a sopa junto a sua mãe enquanto a mesma preparava o arroz. Os cabelos da senhora Evans estavam perfeitamente amarrados em um coque, a cor escura era um contraste com a sua pele muito bem cuidada e clara, a senhora Evans era uma mulher muito bonita e bem jovem, com seus vinte e nove anos. Qualquer pessoa suspiraria hipnotizado com sua beleza. Ela poderia ser facilmente confundida com uma modelo, na verdade, já tinham a chamado para debutar como modelo ou atriz, mas toda vez que ela dizia que tinha uma filha faziam cara de desgosto e diziam que entrariam em contato, mas é lógico que nunca entravam. Charlotte Evans havia parido Nicolle em sua adolescência, aos seus quinze anos. Não tinha sido fácil para uma mulher adolescente e solteira ter uma filha, mas sua boa vontade e carisma evitavam que ela desistisse, além disso, ela teve Charles ao seu lado, um bom amigo que ajudou em tudo o que pode, mesmo tendo um filho que estava pres
— Mamãe. — Nicolle sussurrou ao ver a lápide da sua mãe com uma pequena foto dela sorrindo. — Feliz aniversário. — Nicolle sorriu em meio a lágrimas enquanto abria a caixinha do bolo e acendia a vela. — Eu sinto tanto a sua falta, mamãe, não consigo ser forte como te prometi. Eu... eu acho que não serei capaz de ser tão forte. Há momentos que eu sinto que vou simplesmente desmoronar e perder minha sanidade por completo. Seus olhos ardiam por conta do choro, ela mal conseguia respirar, o nariz já vermelho e entupido, os olhos um pouco inchados e as mãos trêmulas. Sua atenção foi puxada para um pequeno buque de rosas negras, fazendo com que Nicolle só chorasse mais forte e mais dolorosamente. Onde quer que ele estivesse, ele sabia que a amiga havia morrido. Charles sabia! E nem sequer havia ficado para ver Nicolle, não havia a procurado, ele havia simplesmente escolhido se manter afastado e no escuro. Aquilo foi como um soco no estômago da adolescente que ansiava desesperadamente por
Eram por volta das nove e meia da manhã de um domingo quando Ryan caminhou sorrateiramente até o quarto de Nicolle a fim de ver se a mesma estava bem. Ao dar de cara com a porta destrancada, o maior sentiu medo e com as pernas tremendo, entrou no quarto. Nicolle dormia calmamente na cama, seus cabelos estavam bagunçados e seu corpo um pouco encolhido, Ryan respirou aliviado e trancou a porta atrás de si. Caminhou lentamente até a cama da menor e tirou o tênis, se deitando com a namorada e a ajeitando em seus braços. — Nick? — Ryan a chamou com uma voz calma enquanto fazia carinho em seus cabelos, agora negros. — Acorda gatinha. Nicolle se mexeu na cama acabando por abraçar a cintura de White e o apertar, Ryan estava fascinado pela bela imagem que tinha, ele temia tanto por ele, quanto pelo garota aconchegada em seus braços. O mundo era cruel e seria três vezes mais com eles se dependesse da senhora White, mas Ryan estaria disposto a lutar pelo sentimento que tinham um pelo outro.
— O que você quer? — Ryan disse entre dentes a interrompendo. — Tem uma razão para meu pai não querer que saibam da minha existência e acho que você deve saber disso, já que andou bisbilhotando a minha vida. Se quer dinheiro para manter a boca fechada, me diga seu preço e eu pagarei, não tenho tempo para gente assim, preciso encontrar meus amigos. — Não me entenda mal, não foi de propósito, como eu disse, foi mais por curiosidade da minha parte. Antes deixe-me lhe mostrar o que quero, depois digo a minha condição para guardar o seu segredo. — Ryan fechou as mãos em punhos e respirou fundo, evitando se irritar e agredir a garota de cabelos vermelhos à sua frente. A porta do café foi aberta fazendo um barulhinho de sininho. Aurora apontou com a cabeça para o casal que acabava de entrar, Ryan a contragosto olhou, não muito animado. Mas assim que viu Alec e Emma ele entendeu, então era isso que estava acontecendo. Alec e Emma tinham um caso e a forma como estavam muito perto só confirm
Ryan estava sendo arrastado por Andrew e Aurora enquanto Alec observava tudo de longe, dando calafrios nas espinhas dos nerds. Alec sorria minimamente ao olhar as imagens das câmeras da escola pelo celular. Encaminhou a filmagem para o seu e-mail e acenou lentamente na direção dos 3 que sumiam de sua vista aos poucos, precisaria de mais fotos para poder eliminar de uma vez por todas o namorado da sua amada. — Você é muito burro, Ryan. — Aurora parou na frente do seu quarto e com a ajuda de Andrew o empurrou para dentro do quarto antes que alguma monitora visse os dois garotos entrando no quarto de uma garota. — Ele pode ter um gravador, sei lá. Vai que ele grava e usa contra você? Não podemos deixar nenhuma possibilidade passar. — O que tem de riqueza, consegue ter o dobro de burrice. — Andrew revirou os olhos. — Não seja tão impulsivo, grave em algum lugar TODAS as conversas que tiverem. Um dia você pode usar contra ele. Ryan saiu um pouco mais tarde do quarto de Colerman dando d