Mylo fechou os olhos suavemente, Kelly estava voltando....No restaurante, dentro do banheiro. Stella mencionou Flávio para Mylo, e mesmo depois de tanto tempo, Stella ainda se sentia triste por dentro. Não apenas por causa de Kelly, na verdade, Stella e Flávio também eram bons amigos. Flávio era generoso e gentil com seus amigos... quando Stella recebeu a notícia de seu acidente aéreo, ela relutou em acreditar por muito tempo.Stella estava triste, seu nariz estava vermelho e seus olhos estavam úmidos com lágrimas. Coincidentemente, Carlos ligou, dizendo que estava esperando por ela no estacionamento em frente à porta.Carlos casualmente perguntou sobre o encontro. Stella disse em voz baixa: - Apenas trocamos algumas palavras. Parece que ele ainda não superou a Kelly, mas eu deixei claro para ele... Vamos nos encontrar e conversar mais tarde.Eles trocaram mais algumas palavras e desligaram o telefone. Stella lavou o rosto e, ao enxugar com um lenço de papel, notou casualmente a pes
Luíza estava prestes a falar, quando de repente viu Matheus sentado numa cadeira de rodas no final do corredor, olhando fixamente em sua direção, seus olhos azuis profundos e insondáveis. Luíza não ousava se aproximar, nem queria dizer mais nada. Afinal, ela temia a retaliação de Matheus. E, ainda assim, ela ainda tinha sentimentos por ele, e não queria que ele se reconciliasse com Stella.Com o coração cheio de emoções complexas, Luíza apenas sorriu para Stella:- Eu ouvi Hana dizer que você amava muito o Sr. Matheus, e eu acreditei! Agora eu sei que você nunca realmente o entendeu... O seu suposto amor não é diferente do meu de anos atrás, é muito superficial! Recomeça a sua vida! Se apaixone por outros homens! Eu estarei esperando você se arrepender!...Depois de um momento, Stella respondeu sem emoção:- Srta. Luíza, você sabe quantos dos meus passados com Matheus você conhece?Stella então se partiu. No momento em que ela se virou, a cadeira de rodas e o Matheus no final do corre
Carlos e Stella não tinham nenhuma barreira entre si, depois de atravessar uma esquina, Carlos parou o carro na beira da rua. Ele se virou de lado e olhou silenciosamente para Stella, perguntando diretamente:- Estava pensando em Matheus.Stella não queria admitir. Ela respondeu rapidamente:- Não!De repente, houve um pequeno ruído, Carlos desfez o cinto de segurança e se inclinou em sua direção, como se fosse beijá-la, o instinto humano mais verdadeiro, mas quando estava prestes a tocar seus lábios, Stella usou a mão para bloqueá-lo, evitando.A própria Stella ficou atônita, afinal, beijar o namorado era algo muito normal, mas ela instintivamente evitou a intimidade com Carlos... Ela ficou um pouco perdida.Carlos ficou muito perto dela, próximo o suficiente para sentir a respiração um do outro, teoricamente deveria ser um momento apaixonado, mas não foi... Seu olhar era profundo:- Ainda diz que não estava pensando nele!Stella queria falar, mas ele delicadamente cobriu seus lábios,
- Srta. Stella, aquele contrato era apenas uma brincadeira! Eu não te amo!Aquelas memórias a sufocavam. Stella ergueu um pouco a cabeça para conter as lágrimas. O céu, começava a chover suavemente, molhando suas roupas, mas Stella não se importava. Eça precisava da chuva para apagar a inquietação em seu coração. Ela caminhava na chuva, repetindo incessantemente as palavras de Luíza em sua mente.- Você realmente acha que o Sr. Matheus se apaixonaria por outra pessoa? Você acha mesmo que ele abandonaria o filho para ficar com alguém?Stella parou. Havia uma luxuosa loja de vestidos de noiva na rua, e através da vitrine ela viu uma bela mulher experimentando um vestido, acompanhada por um homem. Eles pareciam ser noivos.Stella ficou paralisada. Ela fitava fixamente o casal, pois aquela mulher não era qualquer uma... era Daiane! Daiane ia se casar! Daiane não havia aparecido em Vila Candando anos atrás como a dona da casa, não estava com Matheus? Por que agora ela ia se casar com outro?
O atendente trouxe dois cafés quentes. Mas Stella nem tocou no dela, seus olhos fixos em Daiane.Daiane tomou um fôlego, o olhar perdido nas lembranças do passado, e então começou, a voz carregada de emoção contida:- Foi a Lucinda quem me procurou naquela época. Ela disse que o Matheus queria fazer um negócio comigo.Ela levou a xícara aos lábios, a mão fina tremendo levemente. Continuou, um sorriso amargo cruzando seu rosto:- Naquele tempo, eu ainda guardava rancor do Matheus. Como eu iria querer? Mas a Lucinda falou em um valor que eu não podia recusar. Era um projeto bilionário. Eu simplesmente não pude dizer não!Daiane fez uma pausa, o tom de voz carregado de pesar:- Depois, a Lucinda me levou ao hospital pra assinar o contrato. Lá eu vi o Matheus, num estado muito pior do que quando você o conheceu. Deitado, quase sem se mexer. Sabe, Stella, o olhar dele era tão sereno, tão tranquilo em aceitar tudo aquilo!A voz de Daiane era embargada. Já os olhos de Stella brilhavam úmidos,
Galvão acabou de sair. Ele disse que o novo medicamento ainda estava em desenvolvimento contínuo e que Matheus não deveria desistir. Matheus, claro, não iria desistir. Mas ele não sabia quanto tempo levaria para poder usar a mão direita e levantar-se da cadeira de rodas... Ninguém podia lhe dar essa resposta.Matheus estava de mau humor, e os empregados, em geral, não ousavam incomodá-lo, mas essa noite era uma exceção. Um som de carro vindo do jardim e, em seguida, passos apressados ecoaram, e Amanda bateu na porta com urgência:- Senhor, a senhora voltou!Matheus achou que fosse Gisele. Ele disse casualmente:- Peça que ela espere no refeitório, logo estarei lá em baixo.Amanda não respondeu. Matheus franziu a testa, prestes a empurrar a cadeira de rodas para ver o que era. A porta se abriu devagar... Stella estava na entrada, completamente encharcada pela chuva. Normalmente tão elegante e bela, agora ela estava em uma desordem desalinhada, mas não parecia se importar com sua aparên
Matheus não a recusou. Mas também não a aceitou. À luz da lâmpada, ele observava a mulher em seus braços, suas roupas completamente molhadas, revelando suas curvas sedutoras e tentadoras.Claro que Matheus sentia algo. Mas ele não se permitia sentir. Quando Stella o abraçou com carinho, ele agarrou seus delicados pulsos, pressionando-a contra si, e começou a manipulá-la com uma das mãos, sem qualquer delicadeza.Ele não foi gentil! Sua maneira de tratá-la não tinha traço de ternura, era quase como se ela fosse uma barata qualquer. Ele, de propósito, sussurrou em seu ouvido coisas desagradáveis, quando sabia que ela estava começando a se excitar:- Então você também pode sentir algo? Sabe como é fazer sexo com um inválido? Você terá que tomar a iniciativa o tempo todo, e ainda vai ter que me ajudar a me limpar depois, porque sou um inválido e não posso cuidar de você!... Quer continuar?Stella sabia que ele a estava humilhando, que ele apenas queria afugentá-la. Afinal, ela tinha sido s
Stella não parava de murmurar:- Matheus não, eu não!Amanda, segurando o copo d'água, não conseguiu se conter e comentou:- Olha só em que situação a colocaram! Desmaiando e ainda tendo que jurar lealdade ao marido!Matheus olhou na direção da porta e ordenou:- Desce e pede pra Lucinda trazer o médico aqui.Amanda finalmente se calou. Cerca de meia hora depois, Lucinda chegou acompanhada de uma médica, que havia enfrentado a chuva. Ela não tinha ousado perguntar nada por telefone, mas ao ver Stella, ficou visivelmente chocada, embora não tenha dito nada.A médica, num relance, entendeu a situação. Ela aplicou uma injeção para baixar a febre de Stella e falou, sem emoção:- A paciente está com febre alta, não pode ter atividade sexual! Daqui pra frente, precisa tomar mais cuidado nesse aspecto, senão pode até morrer.Matheus odiava ouvir aquelas palavras, mas as suportou calado. Logo a médica se retirou, mas Lucinda não saiu. Ela enxugou o suor de Stella e, hesitante, perguntou a Math