Capitulo 13

Vittorio Bianchi

Não sei onde estou com a cabeça, mas uma vez me deixei levar, Heloisa, mesmo em corpo de mulher, ainda é uma criança.

Lembro o dia em que ela nasceu, quando a segurei pela primeira vez em meus braços, tão inocente, tão pequena, e agora ela nada mais é que um furacão em forma de gente. A forma como ela rebolava em cima do meu pau, tive que me segurar muito para não fuder com ela ali mesmo.

Tento desfasar, para que os empregados não percebam nada, não quero nem imaginar se o Hugo descobre que tive a ousadia de tocar na filhinha dele.

Saio do quarto dela sentindo o corpo tenso, como se minha própria pele fosse uma armadilha da qual não consigo escapar. O ar do corredor parece pesado, carregado com o cheiro doce do perfume dela, uma lembrança insolente do que acabei de fazer — do que nunca deveria ter feito.

Passo a mão pelos cabelos, tentando afastar os pensamentos que insistem em me atormentar. Eu sabia que isso era errado, sabia que não deveria sequer olhar para ela d
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