Capítulo 39

Não há muito que fazer quando se está em queda livre... Primeiro você pensa na possibilidade de segurar em algo durante o caminho e quando percebe que não há nada em que se segurar você simplesmente se deixa cair. É preciso lidar com as conseqüências da queda, e se não houve morte, é possível se arrastar. Então como a queda não me matou, eu me arrastei catando caco por caco de meu ser e fui juntando-os.

Um mês se passou como se fosse um dia de tão rápido. Eu estava tão imersa em minha rotina que em algum momento – não sei qual – acabei perdendo a noção do tempo. O Adam passou a ser parte da coisa toda. Ele estava onde eu estava, se não do meu lado, ao lado de fora me esperando. O peguei algumas vezes em ligação com o Ary e me esforcei para me convencer de que não queria ouvir a voz dele, de que aquele aperto no peito não era saudade. Mas era. Eu sabia que era. Uma saudade indescritível. Forcei-me a focar apenas no bem estar da minha mãe. Levantava mais cedo que todos, preparava o café
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