A gente sempre sabe aonde os nossos caminhos vão nos levar, mas nunca sabe quando alguém aparecerá como nossa salvação. Foi isso que a Jass representou para a família Meyer, e para mim. A salvação de toda a escuridão que me rondava. Quando deixei a mulher que eu amava para servir aos Meyer, eu nunca imaginei aonde chegaria, quando ultrapassei os limites de volta, nunca imaginei que um dia eu poderia ter uma família novamente. Ary Meyer foi a minha família quando fui designado por seu pai para protegê-lo com a minha vida, Jasmim Ribeiro foi a minha família quando a prometi na sala de estar de sua casa com um teste positivo em mãos que eu protegeria ela e o seu bebê com a minha vida. Dália se tornou minha família quando fui eu quem deu a noticia pra sua mãe, e quando mais tarde escolhi seu nome, e quando passei a ser seu guarda costas. Faz sete anos que essa linda menina veio ao mundo. Sete anos que Portugal ficou pequena para tanto amor, para um sorriso tão radiante como o dela.Há um
Olá, para todos que estão lendo uma obra pela primeira vez, provavelmente já devem ter percebido que tenho um gosto peculiar por nomes de livros com nomes de flores, bem, não foi o primeiro e não será o último, este é ou o segundo Livro da série: Doze Tentações! Devo dizer que a obra não é uma continuação, pois contém um emaranhado independente... Por isso, aconselho a leitura do primeiro livro, chamado: Cattleya, pois é uma leitura e tanto!Muito obrigada por estar pronta para fazer um pouco de trabalho, sou grata a você por fazer meus devaneios mais malvados eles se tornarão tão reais... Vivo dizendo pelo meu marido – mesmo, obrigado amor por me sustentar tanto quanto meu mundo paralelo – Vivo em muitos mundos ao mesmo tempo e às vezes torna-se insuportável. Caixa mais precisa; Eu foda coviver a Jass e o Ary, eu amo essa mulher com todas as minhas forças, e embora minhas femininas personagens con nome de flor sejam sempre fodas, isso foi muito especial. Foi enlouquecedor, e inacredi
— Seja bem vinda de volta, meu amor. — Minha mãe falou ao me ver passar pela porta carregando uma mala.— Obrigada, minha vida. Estava com tanta saudade! — Falei a abraçando de lado e passando para dentro.— Sei que você vai se acostumar com as coisas, o restaurante está lindo! Eu sonhei com o dia em que você passaria por essa porta novamente. — Minha mãe disse com os olhos marejados.— Eu também minha mãe, eu também! — Falei sorrindo.— Vamos, vamos até o seu quarto. Está do jeito que você deixou! — Ela disse fungando e me guiando até o andar de cima. — Minha doce Jasmim, meu raio de Sol. Seu pai ficaria orgulhoso de você.— Ele ficaria... — Falei ao entrar em meu quarto e vê-lo literalmente da mesma forma que deixei. Há sete anos. Eu estava feliz em voltar para casa.***Eu tinha tudo para ser feliz, tudo e mais um pouco... Mas aos cinco anos deixei de ser como essas garotas que acreditam em meros contos de fadas. Eu acreditava nos livros e nessa coisa de ter um amor da sua vida, ma
O alarme do meu celular tocou me mostrando que já eram seis e meia. Ainda de olhos fechados enfiei a mão debaixo do travesseiro pegando-o. Mais cinco minutos. Apertei em dispensar umas três vezes até não ter mais a opção de cinco minutos e eu ser obrigada a levantar. Eram seis e quarenta e cinco. Me sentei na cama ainda de olhos fechados e bocejei. Minha mãe costuma abrir o restaurante as oito e como ainda falta um mês para eu iniciar a faculdade, estou a ajudando. Abri os olhos me acostumando com a claridade; observei todo o quarto esperando minha alma voltar para o corpo e me levantei. Fui até o banheiro, mesmo sabendo que minha mente continuava na cama e me olhei no espelho. Eu parecia uma selvagem, minha juba cacheada deixava claro que eu precisava lavar e finalizar o cabelo. Sim. Eu tinha que acordar cedo para dar tempo de finalizar a juba cacheada que pendia sobre minhas costas, e isso já me deixava exausta só de pensar. Respirei fundo pronta para iniciar minhas obrigações matin
Eu peguei a chave e abri a casa tudo de novo, entrei e fui até meu quarto pegar meu celular e fones de ouvido, eu não era ninguém sem esses dois apetrechos. Aproveitei e peguei o kindle também, adoro ler um pouco no meu horário de almoço. Peguei uma bolsa de lado e saí da casa trancando tudo novamente. Já do lado de fora, enfiei o kindle e as chaves dentro da bolsa, coloquei os fones blueetoth no ouvido e joguei os cabelos por cima para disfarçar. Nunca se sabe quando os donos vão aparecer né! A honra de morar no Brasil é saber que você compra e tem a possibilidade de dar de presente pros donos. Eu estava entretida escolhendo a musica que iria escutar – A Thousand Miles – quando o garoto apareceu ao lado de fora conversando com o motorista do caminhão de mudança. Nossa. O encarei de soslaio sem tirar completamente os olhos do celular, ele pareceu ter me notado por alguns instantes, mas logo voltou a prestar atenção na conversa do motorista. Eu coloquei o celular no peito, o esconderij
O celular alarmou mais uma vez me trazendo de volta para a minha realidade, já fazia duas semanas que o bendito e atraente vizinho havia se mudado para a casa da frente. Casa essa que eu costumava entrar algumas vezes quando queria ficar sozinha e que por muitas vezes quando pequena eu tinha brincado com meus amigos, essa casa tinha história até demais para contar! Me levantei da cama ainda sonolenta, andei no automático até o banheiro e ainda bocejando fui tirando a roupa. Hoje iríamos fazer o mercado do mês para o restaurante. Coloquei um short jeans desfiado, um blusão, um sapatenis, finalizei minha juba e pronto. Quem se arruma pra ir ao mercado? Pois é. Passei só um batonzinho e um rímel porque ninguém quer ver assombração de manhã cedo, mas se bem que ao nível das adolescentes brasileiras que acostumam ir ao lê cirque de manhã cedo, eu não assustaria muita gente. Saí do quarto ainda no automático, eu havia ido dormir quase duas da manhã encarando a bendita foto do desconhecido
Tudo seguiu o mais normal possível, pela parte da manhã o movimento foi bastante tranqüilo então arrumamos tudo. Infelizmente a Mari acabou tendo que ir para casa porque não estava muito bem e eu fiquei como ajudante de cozinha. Preparei os temperos pra corte vendo que hoje eu almoçaria tarde. Estávamos a todo vapor quando os pedidos começaram a chegar. Minha mãe continuou fazendo a comida e eu terminei o tempero e fui montar os pratos para o Mario levar quando ele veio meio atordoado.— Dona Marília. É... Estão chamando a Senhora lá fora! — Mario falou sem jeito. Medo de ser despedido, talvez!— O que houve, menino? — Minha mãe perguntou confusa.— Eu não sei. Só pediram pra ver a dona do lugar. — Ele deu de ombros, também confuso.— Se assuste não, meu filho. Mexa aqui que eu vou lá. — Ela falou apontando pra a panela do cozido.Continuei montando os pratos imaginando ser mais um ou uma cliente dramática questionando alguma coisa. Coisa normal quando se trata de restaurantes.— Filh
Fechei a conta da dona Sandra, me despedi com um sorriso e volte sempre e aproveitei para encerrar outras contas no local. O tempo foi passando rápido e logo o Meyer e dona Giovanna foram embora e minha mãe voltou para o expediente. Eu fui almoçar ás quatro da tarde, mas estava me sentindo muito bem por ver minha mãe parada conversando como uma adolescente empolgada.Já eram nove e meia quando finalmente conseguimos encerrar o expediente e se despedir do último cliente, aproveitando o feche do sorriso que minha mãe deu o dia todo, pedi que ela fosse descansar que eu mesma terminaria de limpar e fecharia o restaurante. Ela relutou, mas acabou cedendo. Eu estava carregando todo o lixo até o tonel quando notei uma movimentação ao lado de fora da porta dos fundos da suposta casa noturna. Aquele beco estava movimentado pela primeira vez. Nenhum dos lados do beco tinha saída, apenas uma grade do lado do meu restaurante que ficava sempre de cadeado e só era aberto por nós quando os garis vi