As duas comeram animadas e saíram, acompanhei as duas até o píer onde entraram no iate. Quando a lancha foi embora vi minha mãe acenando animada ao longe e logo voltei para a dentro. Paz. Calmaria. Tranquilidade. E uma ilha inteira só pra mim. Peguei o kindle na bolsa e logo fui para a área de trás. Deitei na espreguiçadeira de frente para a piscina e colocando os fones de ouvido fui parar em meu mundo literário. Li um pouco e depois decidi mergulhar. Saí da piscina me sentindo a dona da casa. Imagina: Eu, dona de uma ilha em Angra. Que chique! Fui até a cozinha, abri a geladeira e peguei uma garrafa de Uísque e uma taça. Se elas iriam ficar fora, eu iria aproveitar minha própria companhia, tenho certeza que quando elas chegassem eu já estaria bêbada e dormindo. Liguei o som da casa em Henrique e Juliano e voltei para a piscina. Tomei uma taça de Uisque me sentindo a velha da casa na ilha, já que tenho pavor de lanchas. E depois da segunda taça me joguei na piscina. Mas como alegria d
Chegamos ao outro lado da mata. Que lugar incrível. A água neste ponto era mais cristalina, tinha uma piscina natural rodeada por rochas. Eu estava encantada. Ele segurou minha mão e me guiou até o alto de uma das pedras. Onde dava para a vista do oceano e algumas ilhas ao longe.— Então essa será a primeira foto. — Ele apontou para o oceano a nossa frente.— Ok. — Assenti sorrindo, liguei a câmera tirando do meu pescoço.Primeira foto: Vista do oceano de cima de uma rocha alta.Segunda foto: A casa ao longe por entre as folhagens da mata.Terceira foto: A casa vista da ponta do Pier.Quarta foto: Um pássaro voando na praia.— Essa foto é mais especial. — Ele disse me puxando pela mão até o terceiro andar da casa.Eu subi sendo guiada por ele, o dia já estava em seu final tanto quanto a terceira garrafa de Uísque na outra mão dele.— Uau... — Falei ao ver o pôr do sol da mureta do terceiro andar. — Que lindo!— Eu desenhei este pôr do sol. — Ele falou se sentando ao meu lado com um so
Acordei sem ao menos saber onde eu estava, abri os olhos encarando o quarto ao meu redor até me dar conta de que eu estava na casa da ilha da família Meyer. Não havia sido um sonho. Sentei-me na cama me espreguiçando, peguei meu celular e olhei a hora. Eram dez da manhã. Dez! Levantei-me ainda repleta de preguiça, tomei um banho e escovei os dentes. Coloquei um short jeans e um maiô, eu também não sou obrigada a usar a mesma roupa né. E desci para achar o pessoal. Não tinha ninguém dentro da casa. Peguei um pouco do café fresco na cafeteira e vi que minha mãe havia feito cuscuz. Melhor café da manhã. Quando terminei fui para o lado de fora. Avistei as duas mulheres tomando o sol na espreguiçadeira da parte dos fundos. Entrei novamente e fui até a biblioteca. Quando passei de frente para a academia meu coração quase pulou do peito. Parei para observá-lo malhando. Quem é que malha às dez da manhã? Em Angras? Pelo amor. Não é possível. Eu estava de frente para o boy das minhas fanfics, s
MEYERDesde o primeiro momento em que coloquei os pés nesta ilha, ao vê-la naquela piscina algo mudou dentro de mim. Foi como se todo o peso da responsabilidade que carrego comigo houvesse simplesmente sumido. Ela tinha este poder. E de repente eu nem sequer estava tentando continuar sendo o Meyer, porque ao lado dela eu queria ser o Ary. Vê-la chamando meu nome derretia toda a barreira que eu havia tido anos para criar. Tudo desde o primeiro momento ali havia sido incrível. O beijo, poder tocar seu corpo livremente sabendo que ela me quer tanto quanto a quero, o sorriso, a diversão ao seu lado. Tudo estava fora de controle, meus sentimentos estavam fora de controle e eu não estava me importando com isso. Eu só queria morar naquele final de semana. Mesmo sabendo que em dois dias eu voltaria para a minha realidade. Quando ela me chamou pelo meu nome na frente da minha mãe foi como um golpe em meu coração, por um momento eu quis ficar desapontado porque eu sabia o que aquilo significava
JASMIMEra impossível acreditar que não fosse um sonho, havíamos acabado de voltar do passeio de iate e pela primeira vez em muito tempo eu não tive medo de estar em um. Olhar para aquele iate e estar perto de entrar nele me despertou gatilhos que eu queria ser capaz de esconder de tudo e todos. Lembranças se desenrolaram em minha mente, mas logo se apaziguaram quando o Ary me fez encarar o azul dos seus olhos, aquele havia sido meu ponto de equilíbrio. Quando nos colocamos no meio do oceano eu ainda conseguia ver nitidamente o motivo do meu trauma, o numero da missão, a ordem para deixar recuar... Eu conseguia ouvir nitidamente o barulho do barco explodindo e naufragando. Mas o aperto da mão do Ary na minha me fez se sentir segura, me trouxe de volta para o presente, não havia chance disso acontecer agora, não aconteceria novamente. Eu estava em casa. Ele havia rompido as barreiras do meu medo, e tentado me distrair falando sobre um animal que eu conhecia muito bem, eu conhecia muito
MEYEREu não conseguia me concentrar na visão abaixo do jatinho, tudo que eu conseguia era fechar os olhos e me ver transando loucamente com a mulher mais sexy que eu já conheci em toda a minha vida. Foi o sexo mais quente, ousado e intenso que eu já tive! Não por falta de experiência, quando você está vazio, empoçado por sujeira e obscuridão, tudo que você se enfia é sexo, bebida e drogas... Eu tive essa fase. Todo Meyer passa por isso, e eu passei até estar no controle de mim mesmo e de minhas ações! Mas nada se compara em toda a minha vasta experiência com mulheres das mais novas as mais velhas, ao que eu tinha sentido ao ir para cama com Jasmim. Tudo que reinava em mim era vontade, vontade e mais vontade. Ela era o meu ecstasy, a droga que me fazia desejar desesperadamente por mais. E então eu fui arrancado da minha noite de prazer, me forçando a se lembrar de quem eu realmente era e de minhas obrigações. Desci do jatinho furioso, eu queria fazer quem me arrancou daquele momento p
Quando vi já estava envolvida demais, apaixonada demais e viciada em seu toque. Eu não sabia, ou sabia no fundo, mas ele seria a minha perdição. Avisei a sua mãe que ele havia precisado sair mais cedo, embora não tivesse contado que havíamos dormido juntos. Quando voltamos para casa eu estava disposta a vê-lo de novo, a ter mais do seu toque, mais do seu beijo. A semana passou rápido e quase não nos vimos, trabalho e faculdade. Ele parecia estar muito ocupado, não o via na janela ou em lugar nenhum. E quando me vi já estava se arrumando num dia de sábado a noite as nove e meia para ir á uma certa casa noturna. Convidei a Mari para ir comigo.Quando cheguei na Meyer Haus havia fila, estranhei não ver a Mari nela e me contentei em guardar nossos lugares. Já fazia dez minutos na fila, que hoje não estava tão cheia, quando meu celular apitou. Era mensagem da minha amiga no WhatsApp:Amiga, não vai dar pra eu ir.Depois te conto.Babado.Eu quase surtei porque já estava na fila. Estava pen
Eu e minha vó éramos muito amigas, as melhores viagens que fiz foi para sua casa. Lá sempre foi meu segundo porto seguro. No fundo eu sempre soube que minha mãe sentia pela distância, mas acreditava que ela estava em boas mãos e acabava sempre focando no restaurante. Agora seria duro porque minha mãe sentiria o impacto de ter se afastado por muito tempo. De não ter dado prioridade a sua maior e melhor amiga. Eu sei disso, porque se minha mãe estivesse com câncer eu sofreria demais. E saber que minha vó passaria pelo tratamento agressivo partia meu coração. Nunca é sobre o resultado e sim pelo processo. Ela poderia ficar boa, mas não sem sofrer. Minha vó tinha quase sessenta anos. Teve minha mãe muito cedo, engravidou na adolescência com um moleque que não sabia nem seu próprio nome. Viveu todas as experiências que uma guerreira vive. Se eu pudesse desejar qualquer coisa agora, desejaria que se fosse para morrer tão nova, que fosse de uma forma calma. Sem sofrimento. Não. Eu não queria