“Mia Bennett”O caminho até a casa de Ethan é silencioso, mas minha mente está uma bagunça. Não importa o quanto eu tente me convencer de que posso manter as coisas sob controle, uma parte de mim sabe que isso é uma péssima ideia.— Ethan, não precisa disso tudo — finalmente quebro o silêncio.— Isso tudo o quê, Mia?— Com… o que quer que seja isso — respondo, gesticulando com a mão. — Sei que você está me poupando de ter que explicar para James, mas não acho que…— Não me importo com o que você acha, Mia — ele me corta, num tom firme. — Você está abalada, e só quero garantir que minha assistente não desmorone novamente no banheiro amanhã.Fecho a boca, surpresa com o tom. Ele não grita, mas há uma autoridade em sua voz que me faz ficar quieta. Afundo no banco do carro e observo as ruas através da janela.Após mais alguns minutos de silêncio, Ethan finalmente desce a rampa de um prédio enorme, com uma fachada tão imponente quanto ele. Quando estaciona na garagem privativa, é impossíve
“Ethan Hayes”Sete passos.É a distância exata entre o banheiro e o quarto de hóspedes, e Mia conseguiu transformar essa curta caminhada em um verdadeiro teste ao meu autocontrole.Meus olhos percorrem involuntariamente suas pernas expostas, e é impossível desviar o olhar. A camisa, minha camisa, parece quase provocativa nela, mal cobrindo o necessário. Por um momento, quase esqueço por que ela está aqui.Quase.Mas a imagem dela, tremendo e chorando no banheiro, surge rapidamente em minha mente. Respiro fundo e me recomponho, afastando qualquer pensamento maldoso. Que tipo de homem eu seria se deixasse o desejo tomar conta quando ela está claramente fragilizada?— A calça não serviu — ela murmura, puxando inutilmente a barra da camisa para baixo.— Percebi — respondo, mantendo meus olhos firmemente em seu rosto. — Volte para o quarto, se alimente e descanse, Mia. É por isso que você está aqui.Ela hesita, mas assente e finalmente vai para o quarto. Só depois de ouvir o clique da por
“Mia Bennett”Sinto os passos de Ethan atrás de mim assim que entro na sala de estar. É impossível ignorar sua presença. Ele tem essa habilidade estranha de tornar qualquer ambiente menor, apenas por estar nele.Sento no sofá e me agarro a uma almofada, fingindo uma tranquilidade que está longe de ser real. Ethan pega o controle da TV e a liga.— Escolha o que quiser — diz, me entregando o controle antes de se sentar na outra ponta do sofá.Mordo o lábio, tentando me concentrar na busca por um filme. É mais fácil do que pensar no fato de que estou seminua, vestindo apenas sua camisa. Ou que essa mesma camisa carrega o perfume dele. Ou que…— Escolha logo, Mia. — O tom autoritário corta meus pensamentos, me fazendo encará-lo.— Só estou pensando… Não dá para assistir um filme sem pipoca — disfarço, largando o controle ao meu lado. — Você tem pipoca?— Claro que não seria tão fácil — ele reclama, revirando os olhos. — Você não pode simplesmente ficar quieta e assistir?— Assistir filme
“Ethan Hayes” Eu deveria estar mais irritado comigo mesmo por quase quebrar essa promessa idiota que fizemos. Mas, neste momento, é a campainha que está ganhando esse título. Solto um suspiro pesado, tirando minha mão da cintura de Mia. Ela se afasta rapidamente, se agarrando a uma das almofadas. Seus olhos estão arregalados, as bochechas vermelhas e ela morde o lábio como se isso fosse resolver algo. Não resolve. Apenas piora. — Vá para o quarto — digo, já me levantando, mas ela permanece imóvel, como se minhas palavras ainda estivessem sendo processadas. A campainha toca novamente, agora mais insistente e irritante. Passo a mão pelos cabelos, tentando manter a paciência. — Agora, Mia. Ou prefere ficar aí, usando minha camisa? — pergunto, irônico. Mia finalmente volta à realidade e revira os olhos antes de se levantar. Mas, é claro, não sem me provocar. Ela faz questão de parar no meio do caminho, levantar os braços para prender o cabelo, e a camisa sobe mais do que deveri
“Mia Bennett”“A mulher do shopping.” Eu tinha que ter dito isso em voz alta? Sinto minhas bochechas queimarem e tudo o que desejo é que o chão me engula.Ethan franze as sobrancelhas, confuso com o que eu disse, enquanto Lauren continua sorrindo para mim.— A mulher do shopping? — ela arqueia uma sobrancelha, obviamente interessada. — Isso é… interessante.— Não foi o que eu quis dizer — falo, rápido demais, apressada para corrigir o erro.— Não? Você disse isso como se tivesse acabado de desvendar um mistério.Abro a boca para responder, mas a vergonha é tanta que as palavras simplesmente não saem. Ethan continua em silêncio, me observando enquanto parece entender ao que me refiro. Por que nunca consigo ficar calada?— Eu só… vi vocês no shopping dias atrás. — confesso, passando a mão no braço, nervosa. — Eu estava procurando um vestido para o evento e vi vocês entrando em uma joalheria. Foi só isso.— Oh, meu Deus, Ethan! — Lauren exclama, arregalando os olhos enquanto agarra o bra
Sinto meu coração acelerar quando os olhos de Lauren se fixam nos meus, sérios. A leveza de segundos atrás desapareceu completamente, dando lugar a um clima estranho e incômodo.Engulo em seco, tentando não parecer tão nervosa quanto estou. Será que sou tão óbvia assim?— Não sei do que você está falando — digo, num tom mais baixo do que eu pretendia, o que só faz sua sobrancelha se levantar ainda mais.— Ah, por favor. — Lauren cruza os braços e se inclina levemente para frente, como se quisesse me intimidar. — Conheço meu irmão o suficiente para perceber quando algo está… diferente.Olho para a entrada da cozinha, na esperança de que Ethan volte e interrompa isso, mas só o silêncio responde.— A gente trabalha juntos, só isso — digo, um pouco mais alto dessa vez. — Não está acontecendo mais nada além do profissional.— Você chegou exatamente onde eu queria. — Ela aponta o dedo na minha direção. — Perguntei porque sei que algumas mulheres, às vezes, veem mais do que uma oportunidade
Seu olhar novamente desce para meus lábios enquanto ele se aproxima ainda mais, eliminando totalmente o espaço entre nós. Ethan levanta a mão e desliza os dedos pela minha bochecha. Um toque calmo que contrasta com a intensidade em seus olhos.— Eu deveria te deixar descansar — ele murmura, sem desviar o olhar por um segundo sequer. — Foi para isso que te trouxe aqui. Não quero que você…— Você acha que sua ideia está funcionando? — interrompo, num tom baixo, mas com uma leve ironia.— Sinceramente? Não pensei que seria isso tão difícil, Mia. — Ele respira fundo, hesitando. — Quando te vi com a minha camisa, quando quase te beijei… percebi que trazer você aqui foi uma péssima ideia.— Então, por que decidiu me trazer?— Porque você não queria contar o que te deixou daquela maneira. Porque achei que precisava de um espaço seguro… e, porque, de algum jeito, achei que conseguiria agir como um idiota racional.— Não tem como nada ser mal interpretado se os dois querem o mesmo — afirmo, de
“Ethan Hayes”Promessas quebradas. Definitivamente, somos especialistas nisso. Mas como posso resistir a algo que me atrai tanto?Minhas mãos seguram firme sua cintura enquanto a fodo cada vez mais rápido. Meu olhar se mantém preso ao reflexo dela no espelho. Seus olhos fechados, a boca entreaberta… ela está entregue, completamente minha.— Abra os olhos — digo, quase como uma ordem, enquanto aumento o ritmo. — Olhe para mim enquanto fodo a sua boceta.Ela obedece, abrindo os olhos e me encarando pelo espelho. É insano. É errado. Mas a maneira como ela me recebe e cumpre meus comandos, faz qualquer tentativa de controle desaparecer completamente.Dou um tapa em sua bunda e desacelero o ritmo. Seguro sua cintura, girando-a para deixá-la de frente para mim. Por um momento, ela me olha, confusa, até que eu a levanto, colocando-a sentada na pia.— Quero você assim — falo, prendendo meus dedos em seus cabelos antes de beijá-la.— Ethan… — ela geme, cravando as unhas nos meus ombros enquant