“Ethan Hayes”Promessas quebradas. Definitivamente, somos especialistas nisso. Mas como posso resistir a algo que me atrai tanto?Minhas mãos seguram firme sua cintura enquanto a fodo cada vez mais rápido. Meu olhar se mantém preso ao reflexo dela no espelho. Seus olhos fechados, a boca entreaberta… ela está entregue, completamente minha.— Abra os olhos — digo, quase como uma ordem, enquanto aumento o ritmo. — Olhe para mim enquanto fodo a sua boceta.Ela obedece, abrindo os olhos e me encarando pelo espelho. É insano. É errado. Mas a maneira como ela me recebe e cumpre meus comandos, faz qualquer tentativa de controle desaparecer completamente.Dou um tapa em sua bunda e desacelero o ritmo. Seguro sua cintura, girando-a para deixá-la de frente para mim. Por um momento, ela me olha, confusa, até que eu a levanto, colocando-a sentada na pia.— Quero você assim — falo, prendendo meus dedos em seus cabelos antes de beijá-la.— Ethan… — ela geme, cravando as unhas nos meus ombros enquant
“Mia Bennett”Enquanto me enxugo, meus olhos se fixam na pia e as lembranças do que aconteceu há pouco me arrancam um suspiro. Quando olho para o lado, vejo meu reflexo no espelho. Me aproximo, passando a toalha no vidro para conseguir enxergar melhor. Mais uma vez, Ethan deixou suas marcas pelo meu corpo. Meus seios, meu pescoço, meus ombros… Um sorriso satisfeito surge em meus lábios. — Está sorrindo para as marcas ou para a bagunça que fizemos? — A voz rouca de Ethan me faz virar. Encontro-o parado na porta do banheiro, com os braços cruzados e um sorriso malicioso no rosto.— Acho que os dois — respondo, sorrindo ainda mais.— Você gosta desse perigo, não é? A possibilidade de alguém ver essas marcas e querer saber como elas foram parar aí…— Não há perguntas se ninguém perceber. — Dou de ombros. — Consigo esconder tudo isso com os cabelos e a blusa, graças ao frio de Chicago.— Então deveria vestir isso antes que eu decida adicionar mais algumas. — Ele se aproxima, com aquele
É estranho como o caos, às vezes, pode trazer uma paz momentânea para a mente. Ontem, enquanto estava com Ethan, senti uma tranquilidade que não fazia sentido. A tensão entre nós, as sensações que ele provoca, os pensamentos que ocupa... tudo isso me distraiu o suficiente para que, por algumas horas, eu esquecesse o verdadeiro motivo que me levou até sua casa. Mas a realidade nunca demora a nos encontrar. Quando me vi sozinha no quarto, ela veio com força, aterrorizante. Mesmo após excluir a mensagem de David, suas palavras continuavam roubando o pouco de controle que eu acreditava ter recuperado. “Nos veremos em breve.” Quatro palavras simples, mas poderosas o suficiente para despertar um medo que pensei ter deixado para trás. Medo de alguém que, um dia, eu considerei meu porto seguro. Afinal, David preencheu o vazio deixado por aquele que nunca esteve presente. E mesmo não sendo meu verdadeiro pai, por muitos anos o considerei assim. — Você está bem? — A voz de James me
“Alguns minutos antes. Ethan Hayes”Observo Mia sair da minha sala, resistindo à vontade de esquecer a razão e relembrar o que fizemos ontem. É impossível ignorar as lembranças de seus cabelos presos entre meus dedos e, ao tocá-los novamente para soltá-los, foi difícil lembrar onde estamos.— Mas que porra! — resmungo ao ouvir o som da porta se fechando. — Só posso estar enlouquecendo.Esfrego o rosto com as mãos, tentando retomar o controle dos meus pensamentos. Afrouxo um pouco a gravata, mas ainda assim me sinto sufocado. Preciso me concentrar. Reuniões, relatórios, qualquer coisa que não envolva o perfume dela impregnado no ar.Levanto para guardar uma pasta na prateleira ao lado quando a porta se abre. Não preciso olhar para saber quem é.— Já estava sentindo falta dessas invasões — digo, voltando ao meu lugar e encarando-o.— Se não tivesse me abandonado ontem, não estaria com saudades — James retruca, num tom tão irônico quanto o meu, sentando-se à minha frente. — Como foi com
O tempo é realmente relativo. Em alguns momentos, segundos se passam rápido demais; em outros, parecem durar uma eternidade. Especialmente quando uma frase como “não é o que você está pensando” pode ser dita em dois segundos e mudar toda a sua vida.Não posso arriscar que essa frase seja dita agora.“Mantenha o controle”, ordeno mentalmente, dando um passo à frente.— James, vai continuar parado enquanto sua filha está no chão? — pergunto, usando o tom irônico que ele tanto odeia. — E depois eu que sou o insensível.James revira os olhos e finalmente se abaixa para ajudar Mia. Aproveito que ele fica de costas para atrair a atenção dela. “Calma, está tudo bem”, gesticulo com a boca, sem som. Ela pisca algumas vezes, ainda tensa, mas seu rosto um pouco quando entende a mensagem.— Você está bem? — James pergunta, colocando a mão nas costas dela. Mia assente, arrumando os cabelos com as mãos ainda trêmulas.— Sim — ela murmura, olhando para mim antes de começar a juntar os papéis. — Esta
“Mia Bennett” Quando as palavras saem da boca de Ethan, sinto como se todo o ar tivesse sido sugado da sala. Minha garganta aperta, meus olhos queimam, mas me recuso a deixar as lágrimas caírem. Abro a boca para responder, mas a frieza em seu olhar, a certeza em sua voz… tudo me faz desistir de retrucar. Se ele quer agir assim, tudo bem. Também posso ser fria. — Você tem razão — digo, no tom mais indiferente que consigo. — É melhor assim. Quando ele desvia o olhar para os papéis que trouxe, levanto devagar, agindo como se suas palavras não tivessem acabado de destruir algo dentro de mim. Como se eu realmente não me importasse. Como se fosse fácil fingir que nada aconteceu. Mas quando estou prestes a sair, algo em mim trava. Minhas pernas se recusam a continuar, e minhas mãos tremem levemente. Por que ele tem esse poder? Por que, mesmo agora, sinto que ele está tão perto e tão longe ao mesmo tempo? — Pode me responder uma coisa? — pergunto, me virando lentamente para encará-lo. Et
Passo o resto do dia tentando me manter o mais distante possível da sala de Ethan. Ao menos, ele respeitou meu claro distanciamento e evitou me chamar desnecessariamente. Ou talvez quisesse a sala vazia para às vezes em que Miranda passou por lá.Olho para o relógio: 17h40. Vinte minutos e poderei ir embora, me enfiar debaixo do chuveiro e tentar lavar toda essa confusão da minha cabeça.— Mia? — A voz de James me surpreende. Levanto os olhos e o encontro parado ao lado da minha mesa, com as mãos nos bolsos e um sorriso sem jeito. — Você tem algum compromisso hoje à noite?— Não — respondo, franzindo a testa. — Por quê?— Bem… — Ele tira uma das mãos do bolso e coça a nuca, num gesto que me lembra o meu próprio quando estou nervosa. — Ganhei dois ingressos para o jogo dos Bulls hoje. Sei que não conversamos muito sobre isso, mas você gosta de basquete?— Na verdade, sim — digo, sorrindo. — Jogava um pouco no colégio.— Sério? — pergunta, sorrindo enquanto seus olhos brilham. — Eu tamb
“Mia Bennett”Uma semana.Sete dias, dezesseis horas e aproximadamente quarenta minutos desde que Ethan decidiu por nós.Não que eu esteja contando, claro. Só que cada minuto parece durar uma eternidade quando você precisa fingir que alguém é apenas seu chefe. Fingir que essa pessoa nunca te beijou, te tocou ou te fez sentir coisas que você nunca sentiu antes.Mas estou me saindo bem. Melhor do que esperava, na verdade. Descobri que é mais fácil lidar com Ethan quando foco apenas no trabalho. Relatórios, reuniões, e-mails… tudo é simples quando você se ocupa ao ponto de não conseguir pensar.Exceto quando ele está perto demais. Ou quando seu perfume invade meus sentidos. Ou quando preciso entrar em sua sala e encontro Miranda por lá, sempre com aquele sorriso que grita vitória.Ela está se esforçando, claramente. Desde que nos viu no estacionamento, no dia da minha crise, parece ter decidido que sua missão de vida é esfregar na minha cara o quanto é íntima de Ethan. Parece que criou u