LunaUm ano depois daquela bagunça na minha vida, posso dizer que me sinto realizada amorosamente.Eu e Aaron viajamos pra Inglaterra e passamos um ano lá, em paz. Sem brigas, sem mentiras, sem pessoas querendo nos atrapalhar. Foi maravilhoso.Mas há alguns dias, recebemos a notícia de que o velho tarado do pai do Aaron, tá mais pra lá do que pra cá.Também fumava tanto! (aqui pra nós).Então tivemos que voltar. Arrumei minhas malas tão triste... Voei mais triste ainda. Eu estava adorando morar na Inglaterra. Ter que voltar para aquele canto onde vivia, cheio de gente escrota, é uma regressão.Aaron voltou do estacionamento do aeroporto a passos rápidos. — Encontrei um táxi. Vamos. — arrastou as nossas malas.O que eu mais tenho medo em regressar para essa cidade, é saber que o Aaron pode voltar a ir à boate do pai. É bem o lugar aonde ele gostava de ficar e bem onde havia várias piriguetes atrás dele.O que me tranquiliza é que agora eu tenho uma aliança no dedo e licença pra quebra
LunaFelizmente convenci o Aaron a alugar outra casa pra gente ficar. Um apartamento simples no mesmo prédio que eu morava antes.É bem melhor do que ficar sob o mesmo teto que aquele velho tarado do pai dele.A casa já é toda mobiliada e a única coisa que precisamos comprar foram os produtos de limpeza e suprimentos. Mudamos dois dias depois que chegamos aqui. Agora sou vizinha das meninas, e é só o Aaron sair que elas aparecem.— Quando você vai parar de maratonar grey's anatomy e abrir seu consultório? — Jéssica me encara enquanto continuo olhando pra TV. Estou viciada nessa série.— Não sei. Tô criando coragem.Eu nem pensei sobre isso. Formei e o Aaron me sequestrou pra Europa me fazendo esquecer de tudo. Tá foda.— Aluga um espaço e pronto. Eu vi um numa rua bem movimentada. A gente pode ir lá se você quiser. — sugere.— Pode ser. — assinto ainda concentrada na série. Voltar pra vida real vai ser complicado. Eu só tô tirando um tempo pra esquecer que passei quatro anos e meio en
LunaUma semana se passou desde que fiz a minha horrível visita ao puteiro do pai do Aaron. Ainda não sei como ele chama aquele escroto de pai. Sério, é muito estranho.Agora estou terminando de me arrumar pra ir à uma reunião com o dono do lugar que quero alugar. Decidi que vou alugar mesmo aquele espaço em frente a boate do Aaron. Quero rastrear de perto aquela garota. Eu confio no Aaron. Juro que confio. Mas nela não, e sei que ela vai fazer muita coisa pra que eu deixe seu caminho livre.Pego minha bolsa encima da cama e saio do quarto.Deixei uma garrafa de água descongelando na pia, a seco e guardo dentro da bolsa. Agora posso sair, porque andar sem água ninguém merece.[⭐]Chegando ao espaço, encosto na parede da fachada de braços cruzados.Espero que ele não demore, que chegue a tempo de eu não me segurar e entrar na boate pra ver o Aaron. Quando penso que aquela vadia ousou dizer que é pra eu “aturar ou surtar” me vem uma raiva que meu sangue ferve.Gente, ele é casado! Essa
Uma semana depois...— Sério, ele tirou a roupa toda enquanto eu estava deitada na cama gigante dele. Acho que encontrei o meu amor, Luna. — Jessica conta animada. Essa Amiga minha é doida.— Fico feliz por você. Mas ele mora em Paris. Como vão fazer pra ficar juntos? — corto mais uma fatia de pizza e começo a comê-la.— Eu vou com ele. Acabei de formar, preciso me divertir. E vou trabalhar lá. Se é que ele vai me deixar trabalhar, porque ele é podre de rico.— Humm. Ok. — assinto sorrindo. Eu nunca esperava ver a Jessica casando.— A Lana também já encontrou alguém. Ela te contou?— Não. Nunca mais vi minha irmã. Quem é o cara? — a fito curiosa. Lana não me conta mais nada. Credo.— Foi um cara da Universidade. — ela bebe o refrigerante é depois encara a lata rindo — Nós somos umas merdas de nutricionistas, comendo pizza com refrigerante. — rimos.— Ninguém precisa saber e é só hoje. Domingo, o dia do lixo.— Verdade. — ela concorda sorrindo. — Cadê o Aaron?— Tá na boate. — lembro-m
— Alô, Mileyde? — entro no lugar onde será minha clínica. Os caras dos móveis estão instalando tudo hoje.— Oi. Luna! Cadê você que não voltou mais aqui na boate?!— Ah... — sorrio. — Tô um pouco ocupada esses dias. Ei, queria te pedir uma coisa. Você sabe o número da Camila que trabalha aí? Quero falar com ela. Pedir desculpas por umas bobagens que falei, mas não posso ir aí porque estou organizando meu consultório.— Claro. Posso dizer agora?Pego um bloquinho na minha bolsa e uma caneta rapidamente.— Sim. — encosto o bloquinho na parede.— 759-623— Valeu. — termino de anotar. — A gente se vê depois. Qualquer dia desses apareço na boate.— Tô esperando. Beijos.Um sorriso ganha espaço no meu rosto. Hoje eu vou dar um passeiozinho pela cidade.[⭐]— Aaron? O que faz aqui numa quarta-feira à tarde? — estranho vê-lo sentado em frente a TV.— Hoje as meninas estão ensaiando. Não quis ficar lá, já resolvi tudo o que tinha que fazer.Não me diga?!— Você me empresta o carro?Ele me enca
— Luna?! Você aqui na boate? Que milagre é esse?! — Aaron estranha quando entro no escritório. Sento assim que fecho a porta.— É, eu tava ali no consultório, resolvi passar aqui. Como a gente vai fazer amanhã? Você vai pra inauguração ou vai ficar aqui?— Eu vou pros dois. Vou pra inauguração e quando acabar volto pra cá. A boate só fecha depois das duas, mesmo. — levanta e para atrás de mim segurando meus ombros e depois inicia uma massagem relaxante. — Relaxa, eu não vou te deixar sozinha viu? Vou estar ao seu lado quando cortar a fita de inauguração. — beijou minha testa e sorrio.— Que bom. — seguro sua mão sorrindo.— Aaron? — A voz irritante da Camila chega aos meus ouvidos. Ela tá na porta do escritório.— Sim. — ele respondeu.— Não sabia que você estava acompanhado. Depois eu volto.— Não. Fala o que você queria. Pode falar. — Aaron pede com a voz mansa voltando a sua cadeira.— É que é particular.— Tudo bem. É minha esposa. Nós não temos segredo. — se refere a mim.Acho qu
LUNAComo esperado a vadia apareceu.Eu estava sentada tomando uma das garrafas de champanhe que comprei pra inauguração. Vitória acompanhada de uma boa bebida é outro nível.— O que você quer santinha do pau oco?! — me encara de braços cruzados. Dá pra ver o medo debaixo da capa de arrogância que ela usa.— Sério que você tá dizendo isso irmã?! — digo irônica. — Eu quero que você saia da boate. Peça demissão e nunca mais chegue perto do meu marido, ou... Ainda estou pensando se é pior espalhar sua foto de santinha pela boate ou mostrar sua foto de putinha pra sua família. O que você acha?Ela engole seco.— Eu preciso desse emprego. Minha família é pobre. Se você fizer isso vai prejudicar toda minha família. — me olha com os olhos cheios de lágrimas.Nada de compaixão Luna... Nada de compaixão.— Pensasse isso antes de zombar da minha cara. Você não respeita meu casamento. Porque eu deveria respeitar a sua vida? Porque você não se dá ao respeito e deixa os homens das outras em paz? V
LUNA— SIM PAI, MAS O QUE EU POSSO FAZER?! ELA NÃO DISSE O MOTIVO, SÓ QUE NÃO DAVA MAIS PRA CONTINUAR! — Aaron gritava ao telefone. — Ok. Eu vou falar com ela de novo. Tchau. — desligou o celular e deitou no sofá, deixando sua cabeça sobre meu colo.— O que foi meu amor? — acaricio seus cabelos. Aaron está muito preocupado.— A Camila pediu demissão e agora meu pai tá furioso comigo. Ele acha que a culpa é minha. — explica aborrecido. Que bom que essa vadia fez o que eu pedi. — Eu não tenho culpa se ela se despediu. Eu nem sei porque! A Camila sempre pareceu a garota que mais gostava do que fazia na boate. Não consigo entender o que deu nela.Se ele soubesse a história dela...— Vai ver ela tomou vergonha na cara. — cogito.— Desculpa eu estar falando isso a você. Eu sei o quanto vocês se dão mal. Mas é algo que não tem a ver com gostar ou não. Muitos dos clientes do meu pai iam à boate por causa dela. E agora que estou tendo uma boa ideia pra mudar aquela joça, a Camila vai e faz iss