LunaUma semana se passou desde que fiz a minha horrível visita ao puteiro do pai do Aaron. Ainda não sei como ele chama aquele escroto de pai. Sério, é muito estranho.Agora estou terminando de me arrumar pra ir à uma reunião com o dono do lugar que quero alugar. Decidi que vou alugar mesmo aquele espaço em frente a boate do Aaron. Quero rastrear de perto aquela garota. Eu confio no Aaron. Juro que confio. Mas nela não, e sei que ela vai fazer muita coisa pra que eu deixe seu caminho livre.Pego minha bolsa encima da cama e saio do quarto.Deixei uma garrafa de água descongelando na pia, a seco e guardo dentro da bolsa. Agora posso sair, porque andar sem água ninguém merece.[⭐]Chegando ao espaço, encosto na parede da fachada de braços cruzados.Espero que ele não demore, que chegue a tempo de eu não me segurar e entrar na boate pra ver o Aaron. Quando penso que aquela vadia ousou dizer que é pra eu “aturar ou surtar” me vem uma raiva que meu sangue ferve.Gente, ele é casado! Essa
Uma semana depois...— Sério, ele tirou a roupa toda enquanto eu estava deitada na cama gigante dele. Acho que encontrei o meu amor, Luna. — Jessica conta animada. Essa Amiga minha é doida.— Fico feliz por você. Mas ele mora em Paris. Como vão fazer pra ficar juntos? — corto mais uma fatia de pizza e começo a comê-la.— Eu vou com ele. Acabei de formar, preciso me divertir. E vou trabalhar lá. Se é que ele vai me deixar trabalhar, porque ele é podre de rico.— Humm. Ok. — assinto sorrindo. Eu nunca esperava ver a Jessica casando.— A Lana também já encontrou alguém. Ela te contou?— Não. Nunca mais vi minha irmã. Quem é o cara? — a fito curiosa. Lana não me conta mais nada. Credo.— Foi um cara da Universidade. — ela bebe o refrigerante é depois encara a lata rindo — Nós somos umas merdas de nutricionistas, comendo pizza com refrigerante. — rimos.— Ninguém precisa saber e é só hoje. Domingo, o dia do lixo.— Verdade. — ela concorda sorrindo. — Cadê o Aaron?— Tá na boate. — lembro-m
— Alô, Mileyde? — entro no lugar onde será minha clínica. Os caras dos móveis estão instalando tudo hoje.— Oi. Luna! Cadê você que não voltou mais aqui na boate?!— Ah... — sorrio. — Tô um pouco ocupada esses dias. Ei, queria te pedir uma coisa. Você sabe o número da Camila que trabalha aí? Quero falar com ela. Pedir desculpas por umas bobagens que falei, mas não posso ir aí porque estou organizando meu consultório.— Claro. Posso dizer agora?Pego um bloquinho na minha bolsa e uma caneta rapidamente.— Sim. — encosto o bloquinho na parede.— 759-623— Valeu. — termino de anotar. — A gente se vê depois. Qualquer dia desses apareço na boate.— Tô esperando. Beijos.Um sorriso ganha espaço no meu rosto. Hoje eu vou dar um passeiozinho pela cidade.[⭐]— Aaron? O que faz aqui numa quarta-feira à tarde? — estranho vê-lo sentado em frente a TV.— Hoje as meninas estão ensaiando. Não quis ficar lá, já resolvi tudo o que tinha que fazer.Não me diga?!— Você me empresta o carro?Ele me enca
— Luna?! Você aqui na boate? Que milagre é esse?! — Aaron estranha quando entro no escritório. Sento assim que fecho a porta.— É, eu tava ali no consultório, resolvi passar aqui. Como a gente vai fazer amanhã? Você vai pra inauguração ou vai ficar aqui?— Eu vou pros dois. Vou pra inauguração e quando acabar volto pra cá. A boate só fecha depois das duas, mesmo. — levanta e para atrás de mim segurando meus ombros e depois inicia uma massagem relaxante. — Relaxa, eu não vou te deixar sozinha viu? Vou estar ao seu lado quando cortar a fita de inauguração. — beijou minha testa e sorrio.— Que bom. — seguro sua mão sorrindo.— Aaron? — A voz irritante da Camila chega aos meus ouvidos. Ela tá na porta do escritório.— Sim. — ele respondeu.— Não sabia que você estava acompanhado. Depois eu volto.— Não. Fala o que você queria. Pode falar. — Aaron pede com a voz mansa voltando a sua cadeira.— É que é particular.— Tudo bem. É minha esposa. Nós não temos segredo. — se refere a mim.Acho qu
LUNAComo esperado a vadia apareceu.Eu estava sentada tomando uma das garrafas de champanhe que comprei pra inauguração. Vitória acompanhada de uma boa bebida é outro nível.— O que você quer santinha do pau oco?! — me encara de braços cruzados. Dá pra ver o medo debaixo da capa de arrogância que ela usa.— Sério que você tá dizendo isso irmã?! — digo irônica. — Eu quero que você saia da boate. Peça demissão e nunca mais chegue perto do meu marido, ou... Ainda estou pensando se é pior espalhar sua foto de santinha pela boate ou mostrar sua foto de putinha pra sua família. O que você acha?Ela engole seco.— Eu preciso desse emprego. Minha família é pobre. Se você fizer isso vai prejudicar toda minha família. — me olha com os olhos cheios de lágrimas.Nada de compaixão Luna... Nada de compaixão.— Pensasse isso antes de zombar da minha cara. Você não respeita meu casamento. Porque eu deveria respeitar a sua vida? Porque você não se dá ao respeito e deixa os homens das outras em paz? V
LUNA— SIM PAI, MAS O QUE EU POSSO FAZER?! ELA NÃO DISSE O MOTIVO, SÓ QUE NÃO DAVA MAIS PRA CONTINUAR! — Aaron gritava ao telefone. — Ok. Eu vou falar com ela de novo. Tchau. — desligou o celular e deitou no sofá, deixando sua cabeça sobre meu colo.— O que foi meu amor? — acaricio seus cabelos. Aaron está muito preocupado.— A Camila pediu demissão e agora meu pai tá furioso comigo. Ele acha que a culpa é minha. — explica aborrecido. Que bom que essa vadia fez o que eu pedi. — Eu não tenho culpa se ela se despediu. Eu nem sei porque! A Camila sempre pareceu a garota que mais gostava do que fazia na boate. Não consigo entender o que deu nela.Se ele soubesse a história dela...— Vai ver ela tomou vergonha na cara. — cogito.— Desculpa eu estar falando isso a você. Eu sei o quanto vocês se dão mal. Mas é algo que não tem a ver com gostar ou não. Muitos dos clientes do meu pai iam à boate por causa dela. E agora que estou tendo uma boa ideia pra mudar aquela joça, a Camila vai e faz iss
LUNA— Já está pronta Luna? — Aaron entrou no quarto com a gravata na mão e me encarou de olhos arregalados.— O que foi? — estranho.— Você com essa roupa. Tá perfeita. — se aproximou de mim e me beijou.— Você também tá gostosão. — pego a gravata e passo pelo seu pescoço. Lhe puxo para perto de mim e dou um selinho, depois dou o nó na gravata.Estou feliz pela realização. Mas enquanto eu não resolver a história com a Camila não vou ficar em paz.— Você falou com a Camila?— Sim.— E o que ela disse?— Que iria pensar.O pensar dela foi me ligar pra falar aquilo.— Humm. - solto sua gravata.— Ela tem que voltar. Meu pai não vai me perdoar caso o contrário.— O que essa garota tem heim?!Porque eu não consigo entender. Se eu fosse homem eu não comeria a Camila.— Lábia.Ata.Pego minha bolsa e o pacote com as fotos encima da cama.— Vamos?— Vamos. — o acompanhei.[...]— Aaron, me deixa aqui. — ele parou o carro numa esquina. —Eu tenho que entregar esses documentos e já chego no co
LUNAAcordei sem sentir meus dedos e com o nariz congelando. Estou tremendo.Abro meus olhos e me vejo deitada num colchão velho de uma casa velha de madeira.Parece uma casa abandonada. Tem um fogão velho, uma mesa empoeirada, uma cadeira empoeirada, um chão sujo. É tudo muito frio.É difícil saber aonde é a porta, toda a parede parece ser uma porta. Procuro alguma fresta para ver onde estou. A madeira é tão juntinha e forte que quando bato não faz nenhum efeito. No alto, perto do telhado, encontro uma fresta. Não alcanço, pois é um pouco alta, apesar do teto não ser muito alto, eu sou baixa pra alcançar.Peguei a cadeira e subi. Na ponta dos pés coloco meu olho na fresta.É tudo branco é frio. É neve. Estou num lugar com muita neve!— SOCORRO! SOCORRO! — grito quando a agonia toma conta de mim.Ela me deixou no meio do nada, sozinha.— SOCORRO!!!!Não ouço ninguém além do uivo dos ventos fortes.— Socorro! — deito no colchão me enrolando no cobertor que estava dobrado ao lado dele.