Um gemido baixo, quase sussurrante escapou dos lábios de Alana, quando Ian fez um trajeto com a boca de seu pescoço até os ombros, em distribuições de molhados, beijos a leves mordidas no local. Ela arfou, o coração batia tão frenético em seu peito, mas ficou feliz em constar que o de Ian também. Sim, ela podia ouvi-lo devido à proximidade de seu corpo.
Tímidas, trêmulas, as delicadas mãos de Alana foram para o final da camisa dele, e vendo o que ela queria, Ian afastou-se minimamente, apenas para ajudá-la a retirar-lhe a blusa. Ela prendeu o fôlego diante da visão do peitoral esculpido dele ali, nu, a sua frente; e para Ian foi impossível não sorrir diante da coloração vermelha que tingiu as bochechas dela.
As mãos firmes dele pousaram em sua cintura, os corpos tão próximos qua
Seus olhos estavam envoltos de pequenas olheiras, e mantê-los abertos estava sendo um trabalho muito difícil. Ainda sim, não os fecharia. Não se permitiria dormir ainda. Não queria perder nada; queria continuar a observá-lo. Observar o ressonar suave, o jeito como o tórax dele subia e descia ou como alguns fios ruivos de seu cabelo lhe caiam a testa. Suspirou baixo, havia tantos pensamentos passando por sua cabeça naquele momento que nem mesmo ela conseguia ouvi-los com clareza.Permaneceu sentada na poltrona confortável, local de onde não saiu durante toda a longa noite que se passou. Os olhos que, devido ao cansaço e sono estavam pequenos, permaneceram grudados no corpo do irmão caçula todo o tempo. E, embora o rosto de David estivesse sereno, Antonia sabia que ele estava tendo um pesadelo. Soube no instante em que ele comprimiu os lábios numa linha reta; uma rea&c
Havia errado feio ao pensar que as palavras gentis de Simon no intervalo serviriam de consolo pelo resto do dia. A verdade era que assim que voltou a classe, as dúvidas e inseguranças voltaram junto, fazendo assim companhia a ela até que o sinal de término das aulas tocou. Ela poderia ter dito algo a Cassandra ou a Lisandra sobre o ocorrido, sobre suas incertezas, medos e sobre aquela sensação de coração prestes a ser partido. Ainda sim, sabia ser inútil. Quando perguntou a Cassandra pela manhã de Ian, a rosada apenas franziu o cenho, visivelmente confusa com a pergunta, dizendo que só o havia visto no ponto de corridas na noite anterior; para logo em seguida bufar e começar a murmurar resmungos e reclamações por Vincent a tê-la feito esperar por ele por um longo período, para depois ligar e avisá-la que não poderia encontrá-la naquela mesma noite. E Li
Seus olhos desviaram-se dos dele apenas para fitar a boca tentadora, e vê-la então esticar-se levemente para o lado naquele sorriso maroto e convencido que só Ian sabia dar e tornar ainda mais tentador do que já era. Um leve suspiro escapou pelos lábios de Alana quando estes foram cobertos pelos de Ian.O corpo inteiro relaxou, e sentiu como se só existissem os dois ali, tanto que sequer ouviu os sons de protestos e burburinhos que ecoaram pelo estacionamento com a cena. Tudo no qual ela conseguia se concentrar era na sensação que lhe acercava por estar nos braços de Ian, em como a boca dele movia-se sobre a sua de uma maneira lenta e sedutora; provando-lhe o sabor de seus lábios como se fossem o mais doce mel existente.Nas escadas, uma única pessoa soltou um leve som de comemoração ao tempo que sorria animada. Cassandra. Vincent que se aproximava nova
— Só tenho o meu pai, por enquanto. — disse ele por entre os dentes, provavelmente pensando na irmã na cama de hospital. — E bom... Não nos damos muito bem; e eu já deixei de me importar com isso a muito tempo atrás. — sorriu áspero.— Aposto que ele te ama. — Alana disse com certeza e convicção, olhando para ele ternamente, pois a seu ver Ian pensava o total oposto do que acabara de dizer. Ela estava certa a final.— Eu não teria tanta certeza. — disse ele com aquele mesmo brilho nos olhos que ficava quando parecia mergulhado em lembranças. Lembranças que ele definitivamente não compartilharia.Ele aumentou o volume do radio enquanto acelerava, cortando os carros com agilidade e rapidez, e Alana soube então que o assunto havia se encerrado. Quando assunto era a família Norton,
David nada disse. E não porque não se lembrava; se lembrava perfeitamente; mas era embaraçoso dizer em voz alta.— Você disse... “Como eu posso não ficar animado por ter sonhado com a minha futura esposa?” — a, agora senhora Shane Clowfield sorriu largamente para o irmão de olhos fincados nos seus. — Lembra o que eu disse depois de sorrir feito boba pelo o que você dissera?Novamente, Antonia viu David engolir em seco.— Você disse; “Seja merecedor dela”. — repetiu contra vontade.— Exatamente. — Antonia suspirou. — Uma semana depois do ocorrido, você entrou em casa muito irritado, dizendo que odiava Lisandra. O motivo? Ela havia dito que você era o melhor amigo dela quando estavam no playground. Você não gostou daquilo nem um pouco; eu ainda tentei te
O vento suave passava pela janela aberta, balançando levemente a cortina escarlate. Pelo carpete fofo daquele luxuoso quarto de hotel, podia-se ver várias peças de roupa largadas. Camisas brancas de diferentes tamanhos e modelos, uma calça, uma saia, paletó e mesmo uma gravata. Havia também os sapatos, mas estes haviam todos ido parar embaixo da cama king size.Leves risadas seguidas por leves suspiros ecoavam pelo quarto, e mesmo quem passasse apenas pela porta deste, não poderia ouvir os sons, mas poderia sentir que havia uma bolha romântica ali dentro. Uma bolha prestes a ser estourada.— Isso é bom. — murmurou Cassandra com os olhos fechados, sentindo os lábios dele subindo por sua barriga em beijos suaves e lentos. Uma leve risada lhe escapou dos lábios. — Mas faz cócegas. — concluiu.Divertindo-s
— É claro que fui eu. E a ideia maluca? Não é nenhuma idéia maluca. Eu estou tentando ajudá-lo. Coisa que você deveria tentar fazer também! — acusou Antonia, e vendo que o irmão mais velho pretendia erguer o timbre da voz, tratou logo de dizer: — É melhor conversarmos sobre isso lá fora. Há pessoas em tratamento aqui dentro.Karl bufou, assentindo então e caminhando para fora com a irmã. Enquanto caminhavam Antonia não pode deixar de notar que ele não havia mudado tanto assim nos últimos cinco anos, pelo menos não fisicamente. O rosto permanecia o mesmo, branco, quadrado, com olhos que pareciam de águia e lábios finos. O cabelo permanecia castanho, porém diferente de cinco anos atrás onde o corte era mais despojado e com fios soltos para todas as direções, agora ele parecia ter adotado u
Seus olhos seguiam cada um dos movimentos que ela fazia com extrema atenção, quase como olhos de águia sobrevoando uma presa. Crispou as sobrancelhas quando ela o encarou por um curto segundo, para então lhe virar a cara rapidamente. Um suspiro cansado lhe escapou em meio a um sorriso cínico. Quantas vezes ela já havia lhe virado a cara naquela semana; naquela primeira semana em que estavam juntos? Não sabia mais, foram tantas! E o porque dessa atitude dela? Ciúmes. Bom, ou era isso ou era insegurança. Ele preferia acreditar na primeira opção.Preferia pois, se fosse insegurança, iria se irritar, se irritar muito com ela. Que motivos ela teria para ser insegura em relação a ele? Nenhum ao seu ver, pois estava sendo perfeito. Não, perfeito não. Perfeito era uma palavra que não se adequava a si de nenhuma maneira! Continuava um cretino; um bastard