— Bom... fazer, fazer não... O desenho é dela, a construção se deu a algum funcionário da grife.
— Grife? — a cada instante Alana parecia mais surpresa, mais confusa e mais contente. Contente porque usar algo que Yara criou fez com sentisse mais próxima da cunhada que muito pouco se sabia.
— É. — Ian disse, olhando brevemente para o relógio em seu pulso. — Olhe, não tenho para explicar tudo agora. Basicamente, Yara sempre desenhou roupas e acessórios, embora nunca tenha tido coragem de lançar uma linha própria...
— Deixe-me adivinhar: você está fazendo isso por ela, não está? — indagou Alana, Ian sorriu travesso.
— Só estou dando um empurrãozinho no sonho que ela sempre teve medo de realizar. — ele piscou. — Sint
— O prazer é meu. — Alana respondeu, apertando-lhe a mão brevemente, feliz consigo mesma por não ter gaguejado, mas não desligando-se por um momento do clima desconfortável, tenso que pairava sobre aqueles dois e que agora a tragava também.Fez-se um silencio constrangedor até que Ian pigarreou, respirando fundo em seguida e colocando um sorriso nos olhos.— Jolie estava comigo no palco. Apresentou o artista revelação... — disse ele.— Oh, é mesmo. — Alana bateu na própria testa, fingindo lembrar de tê-la visto, de ter prestado atenção na premiação da categoria. — Você estava incrível lá em cima. Vocês dois.— Obrigada. — Jolie agradeceu, e Alana estreitou os olhos pois não era um agradecimento falso. Era
Sentia sua respiração presa, sufocada na garganta. Sentia o coração doido, espremido no peito a cada passo, a cada curto e lento passo que dava. Podia sentir alguns olhares em suas costas, mas ignorava a todos, apertando mais e mais o material contra o peito. Em sua mente pensamentos embaralhados, perguntas sem respostas, dúvidas sem fim.— Boo!Assustada, Alana deixou todos os livros caírem ao chão enquanto à suas costas podia ouvir a risada divertida e melodiosa da amiga.— Eu não acredito que você se assustou! — exclamou Lisandra ainda meio risonha, abaixando-se para ajudá-la a recolher o material. — Está com a cabeça no mundo da lua é, Alana? — sorriu para amiga, lhe entregando os livros recém apanhados.— Obrigada. — disse a Steawart, nov
Meio tonta, com uma mão sob o lado esquerdo do peito, apertando o tecido da camisa como se apertasse o próprio coração, Alana cambaleou para trás, esbarrando em alguns instrumentos musicais. Só percebeu que chorava quando seus soluços se tornaram altos demais, e sua visão turva demais para que pudesse ver a expressão de dor na face de Ian ao vê-la chorar.— Acabou... — não passou de um murmúrio, baixo, mas que não escapou aos ouvidos do rapaz que imediatamente empalideceu...— Alana...— Não. — ela o interrompeu, balançando a cabeça negativamente. — Não diga mais nada... — pediu numa suplica baixa, enquanto erguia os olhos cheios de lágrimas para encará-lo. — Acabou...Apertou com mais força o lado esquerdo do peito.
— Yara é minha irmã! — o loiro rebateu, apertando com mais força as mãos em torna do pescoço do amigo quando este fez o mesmo consigo.Vincent estreitou os olhos. O que havia dado naquele dobe? Algo não estava certo com ele, sabia, mas não podia preocupar-se com aquilo agora. No momento estava mais preocupado em como arrancar fora a cabeça daquele dobe maldito. Se Ian queria briga, definitivamente, tinha vindo procurar a pessoa certa para brigar. A única pessoa no mundo inteiro que sempre o revidaria, não importando quão amigos fossem.O Bennie sorriu. Um sorriso oblíquo, cruel no canto dos lábios.— Sua irmã... Está morta. Naquela cama? Acha que ela está respirando? Pois ela não está... São os aparelhos que respiram por ela. — Vincent sentiu o aperto em seu pesco&cc
Sentado na maior cadeira da sala, aquela que naturalmente pertencia ao presidente da companhia, ele observava com atenção o debate que se estendia a algum tempo naquela sala de reuniões entre os sócios minoritários.Sorriu internamente ao pensar o quão tolo eles eram, debatendo ali de maneira quase agressiva entre si como se fossem os donos da empresa, como se as grandes decisões coubessem a eles. Não cabiam.— O que você acha, Frederick? — perguntou um dos sócios, formalmente vestido em um traje social, tentando – inutilmente – ostentar uma aura tão poderosa quando o homem loiro.O Norton suspirou, seus olhos azuis fitaram cada um dos rostos presentes, posicionados ao longo da grande mesa, sorrindo internamente ao ver os brilhos de cautela, inveja, e orgulho nos olhos deles.— Acho que ess
“ Não faça eu me arrepender disso...” murmurou contra gosto, e Yara sorriu, dando-lhe um grande abraço de agradecimento antes de entrar no carro. Ian olhou para os amigos que assentiram e cada um entrou em seu carro.O loiro ainda ficou alguns segundos parado onde estava, pensando, antes de dar a volta no Skyline e entrar no lado do motorista, agarrando o volante com força antes de voltar os olhos para a irmã ao seu lado.“ Preste atenção Yara, preste muita atenção...” começou ele, tentando deixar a voz o mais calma possível. A verdade é que a presença da irmã ali o incomodava, algo dentro de si estava gritando que não era uma boa ideia levá-la. “... Você vai comigo até lá, então, quando chegarmos você vai descer do carro e vai ficar com o Vincent e com David, entendeu?
A declaração repentina não surpreendeu apenas David, como todos os outros no local. Os olhos do Deeper arregalaram-se levemente, e sua boca ameaçou-se abrir-se um pouco. Lisandra riu consigo mesma, fungando enquanto deslizava as mãos pelo cabelo sedoso.— É estranho. — comentou a Sheroman, parecendo falar mais consigo mesma do que com ele. — Eu venho guardando isso a tanto tempo, essas palavras a tanto tempo comigo que é estranho demais dizê-la em voz alta. Dizê-las para você. Lembra da última vez que eu fiz isso? Lembra o que você me disse naquela época?“Não vamos estragar o que temos com um sentimento que machuca.” – a lembrança veio rápida na mente do Deeper, e parecendo notar isso Lisandra sorriu.— Depois do que você me disse, me convenci de que estava cer
Ficaram em silencio, deixando a música tocada no rádio ser tudo o que preenchia seus ouvidos por alguns minutos. A noite aos poucos foi se fazendo mais e mais presente e logo o céu estava escuro com várias estrelas nele, como se fosse uma pintura de uma tela escura com vários pontinhos brancos e brilhantes espalhados pelo quadro. Era uma visão linda, ainda mais em junção com as luzes da cidade. Alana sorriu, deixando a brisa leve tocar seu rosto, mas não pode deixar de sentir um pouco de frio com isso. Notando isso Ian buscou uma jaqueta escura no banco detrás, entregando-a para Alana que sorriu em agradecimento.— Melhor te levar para casa, já escureceu. — ele disse e estava pronto para girar a chave na ignição quando a mão de Alana alcançou a sua fazendo-o parar e fitá-la. — O que?— Podemos ficar ma