V pergunta a um dos guardas onde ficava o banheiro e, com um simples gesto sem dizer uma palavra sequer, o soldado aponta o dedo indicador a direção correta. Dentro do lugar, o prisioneiro lava o rosto na pia, tirando as gotas de sangue que respingaram, já seca desde o ocorrido, o que dificultava um pouco para retira-las. Aproveita também, para dar uma boa mijada e aliviar a bexiga cheia.
Outros prisioneiros também estavam no banheiro. Entretanto, a presença dos nobres cavalheiros era tão inexistente, que V se sentiu isolado um silêncio absoluto, tanto que conversava sozinho sem ser julgado.
Ao terminar de fazer suas necessidades básicas, o homem dirigiu-se ao refeitório a fim de “comer” e recuperar algumas energias. V pega uma das bandejas de metal e começa a esperar a sua vez de receber certa quantidade de comida.
Chegada a su
Um homem acorda, inesperadamente, em um lugar do qual ele nunca havia visto ou estado antes. Um espaço nada convencional, do qual uma pessoa jamais pensaria, ou queria estar em sã consciência, onde sonhos são destruídos e esmagados. Ninguém sabe o que acontece nessa zona... Entretanto, não se importam tanto com esta informação (já que ela pode custar até a sua própria vida). Ainda abrindo seus olhos, piscando forte a fim de terminar essa ação o quanto antes, além de balançar a cabeça com a finalidade de dar uma mexida no cérebro, ele percebe onde ele se encontrava, conseguindo enxergar o seu arredor, cujo ambiente, ainda guardaria coisas que o senhor não receberia de braços abertos. Aquele cenário não lhe agrada nem um pouco... Ele grita, e clama por explicações: — Ei! Onde diabos eu estou?! Por que eu estou aqui?! Alguém me responda! Ninguém atende as suas dúvidas. Os guardas que carrega
— O amor é uma dor... Disso eu sei mesmo sem ter vivido essa sensação com este corpo... O prisioneiro comenta sobre a fala de N. — Fiquei morando dentro de um apartamento velho, bancado pelo salário que recebia quando trabalhava como caixa de mercado. E a história do contador volta ao fluxo normal, com ele ainda ambicioso em narrar seus dizeres. — Mas as contas se acumularam, e o dinheiro não estava mais rendendo tanto como eu gostaria. O emprego já não pagava o mesmo de antes, pois, o mercado estava indo à falência. Sorte pertence aos bem aventurados... Ela nunca me acompanhou muito. O síndico do lugar já se encontrava puto com a minha presença, e disse, que se eu não conseguisse pagar os boletos até o final do mês, eu seria despejado. O desespero me tomou... Poucos dias depois, o lugar onde trabalhava acabou falindo de verdade, fechando as portas de uma vez por todas... Uma súbita pausa é feita pelo “narrador” do conto... F
Seus risos logo foram cortados pelas luzes do corredor principal, cujas iluminações se apagaram uma por uma, chegando cada vez mais perto de ambos. A escuridão deixada por cada luminária em seu rastro, remetiam a uma forte tempestade de trevas, da qual engoliria o ambiente por meio de uma mandíbula de vazio. Nenhuma luz acessa, somente o eterno breu. N desesperado tenta avisar V do perigo eminente, indo aos gritos, de forma alucinada, com toda a vontade que sua voz alcançava: — V! INDEPENDENTE DO QUE ACONTECER, TOME CUIDADO E NÃO SE DEIXE LEVAR. PERMANECA FORTE ATÉ O ÚLTIMO MINUTO! V não consegue expressar nada. O assombro fez a sua boca paralisar mediante a um tormento desgostoso preso entre a ponta da língua e o céu da boca, responsável por arranhar a garganta do senhor, engolindo seco logo em seguida. A reação de seu amigo foi genuína. O mesmo ficou assustado com aquelas luzes se apa
A coisa atrás do homem decidi abrir um enorme sorriso em sua boca deformada e macabra, rasgando a mandíbula daquilo num corte de orelha a orelha, onde também, uma espécie de sangue obscuro e gosmento começa a ser expurgado de dentro da entidade, um refluxo de arrotos aguados prontamente preparados pelas entranhas do monstro foram ouvidos pelo protagonista, cujo líquido escorria até o chão rachado da igreja, responsável por corroer a madeira clareada do mesmo. V se vira, e seus olhos ficam embasbacados ao perceberem a veracidade das hipóteses diante deles. As pupilas dilataram-se de uma forma anormal ao olhar “aquilo”, por completo. Elas procuravam algum esconderijo ao redor dos órgãos do protagonista, apavoradas, ingênuas na análise dos detalhes ameaçadores da criatura. A primeira reação do homem foi começar a berrar e se contorcer por sua vida. A dificuldade era alguém escutar os prantos dele e resolver ajudá-lo. Para o pobre coitado, parecia não
O homem, perplexo, faz uma pergunta à sombra da mulher:— Quem, ou o que, é você?A mulher responde com uma voz feminina normal, levemente mais fina do que o convencional:—Nomes são fúteis quando se vive numa realidade onde as coisas deixarão de existir se medidas drásticas não forem tomadas com certa urgência.Entendendo nada do que ela quis dizer, outra pergunta é posta contra a sombra, por parte do prisioneiro, cuja disposição é motivada pela curiosidade, por consequência, ele indagou:— O que você quer dizer com esse enigma? Realidade? Existir? Medidas drásticas? Vocês falam outra língua, ou minha interpretação dos fatos é péssima?A sombra ignora mais uma vez os dizeres de sua “visita” ... Apenas complementa o que dizia antes:&m
V então diz:— Nunca falei que seria uma história feliz sobre fadas e princesas em um castelo distante.N meio zonzo por causa da náusea e do vomito, responde com a voz rouca e seca.— Caralho V! É pior do que eu pensava!N tosse um pouco por ter se engasgado com o a gosma vomitada e continua:— Tenho que te ajudar o mais rápido possível!V então diz ao amigo:— Entendeu agora o porquê de meu desespero? Enfim, não me pergunte o significado disso tudo ter acontecido, pois eu não faço ideia do objetivo disso.— Deixa eu só te perguntar mais uma coisa.— Diga.— O que o espelho significa?— Já disse, não entendi porra nenhuma do que aconteceu naquele lugar. Quando eu acordei, vi que o espelho tinha se divido ao meio sem