PRÓLOGO

MATTEO CONTI

Criado sob a proteção da máfia desde pequeno, eu vi meu pai cuidar da proteção de homens importantes, até que ele foi escalado para cuidar da senhorita Bellucci, esposa do meu Capo, Marcos Bellucci. Quando meu treinamento terminou, regressei a casa onde minha família morava sob o mesmo teto que a família mais importante do país. Papai estava feliz com essa função, o salário era bom e tínhamos diversos benefícios por trabalhar para o senhor Bellucci. Nossa família estava unida, e sempre jantávamos em família no final do dia, todos que trabalhavam para o senhor Bellucci diretamente, tinha suas alas perto da mansão.

Fui escalado para auxiliar meu pai com a segurança da senhorita Bellucci, com o nascimento do seu filho, toda a segurança foi adicionada por precaução e os visitantes ainda mais monitorados. Nas horas vagas, trabalhava com Diogo, executando ordens sem questionar. Essa era a nossa tarefa, nunca questionar as ordens superiores por isso que, fomos iniciados.

— Matteo, estava esperando por você.

Afinei os olhos, olhando para raridade em minha volta, meu senhor, estava sentado no chão dando banho ao menino Salvatore Bellucci, no meio da sala em plena luz do dia.

— Senhor.

Ele levou sabonete calmamente e passou cuidadosamente em torno da sua pequena cabeça, menino Salvatore estava entretido com objetos na sua banheira plástica que não dava trabalho.

— Você irá cuidar da minha irmã, Bailey Ross, finalmente consegui que Tristen Ross aceitasse meu pedido.

Bailey Cooper Ross, filha da senhorita Bernadette Torres com o pedófilo do pai do meu Capo. Meu Capo e sua família foram diversas vezes em Califórnia visitar, vice-versa. Estava surpreso que fui escalado para ir tão longe e cuidar de uma Bellucci em meio ao tipo diferente de máfia.

— Sim senhor, quando viajo, senhor?

Meu senhor, enxugou o menino Salvatore com uma toalha, colocando-o sobre suas pernas, ele terminou de limpar a criança, pegou fralda descartável e vestiu-o com uma habilidade nata.

— Amanhã.

Amanhã. O senhor Bellucci vestiu-o uma calça azul, suas mãos seguram a camiseta branca, quando finalizou calçando-o as meias, colocou-o na posição sentada. Menino Salvatore era forte como um touro, não me surpreenderia se ele começar a caminhar antes de completar seu primeiro ano de vida.

— Matteo.

— Senhorita Bellucci.

Ela sorriu. Suas mãos estavam carregando uma bandeja com a comida do menino Salvatore.

— Senhor, eu estarei sob as regras do Tristen Ross, a quem devo me reportar?

— A mim. Você cuidará da segurança da minha irmã, reportará a me como ela tem passado seus dias.

Ele levou o menino para seu colo e começou a dar de comer.

— Se, o senhor Tristen Ross quiser que eu reporte a ele?

— Faça, ele é pai dela, claro que desejará informações adicionais, acredito que ele colocará alguém para ficar de olho em você. Não bisbilhote as coisas dele, não quero ter problemas com o Ross, foi difícil ele concordar em mandar você.

— Eu serei discreto, senhor.

~~CAPÍTULO 1~~

BAILEY ROSS

Olhei-me no espelho, recentemente pintei meus cabelos para loiro platinado, eles combinavam com a cor dos meus olhos e o tom branco pálido da minha pele, apesar de inúmeros esforços para bronzear, sempre eram inúteis. A maior parte do meu tempo, passava em lugares fechados e com pouco índice de pegar sol.

Uma luta inútil.

Depois de certificar-me que todos os meus materiais didáticos estão organizados de acordo com agenda de hoje, retirei-me do meu quarto em direção ao do pequeno Lucas. Lucas tem apenas dois aninhos de vida, como todos estamos ocupados, ele vai a creche para não se sentir só sob os cuidados da avó Michi, pelo menos ele está lidando bem com a escolinha e sempre animado, divertido em ir à pré-escola.

Quando abri a porta do seu quarto, ele estava vazio, desviei meus sapatos altos e caminhei até o quarto da Chloe, dei duas batidas antes de virar a maçaneta e entrar.

— Bom dia mana.

Chloe estava finalizando-o de vestir seu uniforme, eu sorri e respondo:

— Bom dia príncipe.

Lucas é muito apegado a Chloe, do mesmo jeito que Chloe era quando criança. Mamãe justifica que os irmãos mais velhos são o espelho de admiração para os mais novos. Por isso Lucas é muito grudento a Chloe, eles dormem praticamente juntos, por mais que ele seja colocado na sua cama, ele sempre acorda de madrugada para dividir a cama com minha irmã.

— Aonde vai tão organizada?

Eu olhei para seu uniforme perfeitamente vestido em seu corpo, não havia um traço daquele uniforme composto com extravagâncias e a m*****a tinta falsa nos seus cabelos loiros. Mamãe aprendeu a lidar com seus gostos de rebeldia. Era mais fácil assim para todos, uma hora ela mesma colocaria um fim a sua fase adolescente.

— Eu vou a faculdade de Medicina para passar por uma avaliação.

Ela está concorrendo para entrar na faculdade como uma pequena NERD. Mamãe contratou diversos professores para dar-lhe aulas avançadas e contribuir para sua aceitação na universidade.

— Boa sorte.

Desejei. Levei Lucas no colo e saímos do seu quarto, entrei no quarto dele para levar sua mochila, depois entrar no meu para levar minhas coisas.

— Eu quero carona.

Não. Ela vai me atrasar. Descemos degraus das escadas até área térrea, o cheio de café da manhã chamou minha atenção.

— Não vai negar isso.

Chloe.

— Você tem sua locomotiva de seguranças, porque gosta de dificultar minha vida?

Deixei nossas coisas no sofá da sala comum.

— Eu gosto de me sentir livre, bom dia, avó Michi.

Deixei Lucas na sua cadeirinha.

— Bom dia, avó Michi.

— Bom dia meninos.

Segurei o copo de leite para Lucas, ele comia lentamente e demora um século para ele terminar de comer, nós nos ajustamos com a chegada dele. Ele é nossa alegria, veio para completar nossa família.

— Bom dia crianças.

Mamãe disse desfilando sua classe, com vestido azul marinho que desenham todas as suas curvas, por mais que papai tente disfarçar, ele não conseguia tirar os olhos da sua bunda. Eles possuem um casamento estável e tranquilo, nós nunca os vimos brigando, mesmo quando mamãe está chateada ou não concorda com o papai, eles nunca demostram inquietações entre eles. Eles nos proporcionam viagens de luxos, joias e tudo que precisamos. Eles nunca deixaram faltar nada. São pais maravilhosos e está tudo bem.

— Bom dia princesas.

Papai disse desejando um bom dia. Ele sentou-se no seu lugar no topo da mesa da sala de jantar principal.

— Bom dia.

Nós respondemos em uniforme.

— Bom dia.

Avô Victor disse, nós nos sentamos para comer.

— Eu vou levar você ao exame da faculdade.

Mamãe anunciou auxiliando Lucas a comer, ele é muito teimoso, as vezes não deixa ninguém tocar no seu prato, ele quer fazer isso. Mesmo que termine sujo de comida.

— Minha irmã prometeu levar-me.

Eu prometi? Onde? Quando? Chloe fuzilou-me com os olhos ameaçando-me para não contrariar sua versão.

— Coisas de garotas, mãe.

Ela justificou rapidamente.

— Consegue chegar a tempo?

Mamãe ignorou Chloe e olhou para mim.

— Sim, coisas de garotas.

Dei um gole no meu suco, tomamos o café da manhã o mais rápido que o normal, eu precisava deixar a louca da minha irmã antes de prosseguir para escola onde decorre meu estagio.

— Eu não gosto quando muda meu curso.

Eu murmurei quando nos direcionávamos até o estacionamento livre, o estacionamento privado está um pouco distante da casa principal onde coleciona alguns carros de luxos do papai e a super maquina que mamãe ganhou de presente de aniversário de casamento de 8anos, papai presenteou-a com uma Ferrari da cor azul e uma casa de 4 andares de praia pronta para as férias de verão, ela está situada no bairro nobre dos famosos Hollywood. Ela é tão linda quanto grande, foi o melhor presente que a mamãe ganhou até então.

— Para, para, para, você é muito séria, pior que mamãe.

Virei meu corpo me deparando com ela revirando os olhos, essa conversa não vai dar em nada.

— Eu traço minhas atividades, algo que você não sabe fazer.

Eu tenho minha própria rotina, meus planos e minha agenda.

— Bailey, você é uma vaca solteira.

— Sua filha da p...

Eu travei na hora, Chloe riu da minha cara, ela sabe muito bem que eu tenho dificuldades para formular insultos.

— Filha da puta, puta.

Ela concluiu, abrindo a porta do meu carro, eu entrei, esperando que minha irmã entre e pare de me irritar.