Você vai à balada

~~CAPÍTULO 5~~

BAILEY ROSS

Estendi uma mão e segurei o vestido azul longo, não tinha muitas opções de vestido para noitada, no entanto eu estava feliz e entusiasmada por ter conseguido a permissão para frequentar uma boate. Bom, não que eu tenha muito interesse em conhecer, talvez pela adrenalina que todos comentam. Saio do closet em direção ao quarto, Chloe está entretida no seu telefone enquanto que corpo está jogado no sofá.

— O que acha deste vestido?

Questionei.

— Você vai a balada não a igreja.

Respondeu Chloe sem tirar sua atenção do telefone, nossa família não é cristã, nos domingos estamos em família assistindo um filme ou desfrutando de algum programa preparado durante a semana.

— Vai me ajudar ou não?

Ela levantou rapidamente do meu sofá e desceu, caminhou até o closet e abriu meu guarda roupa e escolheu um vestido que mamãe comprou para me quando estávamos na Itália, ele era brilhante da cor violeta escuro, curto sem decote. Eu olhei para ele depois para Chloe. Nem pensar.

— Papai não vai me deixar sair disso.

Deus, ele era minúsculo.

— Então fique em casa.

Não, eu não vou ficar em casa, peguei o vestido das suas mãos e, fui ao meu closet vestir, ele não era tão curto como aparentava, é muito lindo, perfeito, quando calcei sapatos altos fechados, estilo princesa, gostei do que via no espelho.

— Faça uma combinação de coque poderoso e batom vermelho.

Chloe sugeriu.

Fiz coque poderoso e passei maquilhagem.

— Perfeito.

Chloe disse, peguei uma bolsinha de mão da cor branca e nós descemos para o térreo.

— Você está muito bonita.

Mamãe disse enquanto segurava uma tigela de pipoca, papai brinca com Lucas no tapete da sala principal.

— Obrigada mãe.

— Não é muito curto?

Papai questionou e eu olhei para mamãe, eu sabia que ele ia notar.

— Ela está bem, vá se divertir.

Mamãe respondeu a pergunta do papai.

— Eu te levo.

Papai disse ficando de pé.

— Tristen.

Mamãe levantou a voz um pouco mais que o normal repreendo-o.

— Quem quer jogar xadrez?

Chloe questionou, Lucas gritou entusiasmado, abro a porta principal e encontro Matteo esperando-me.

— Boa noite senhorita.

Ele desejou.

— Boa noite, Matteo.

Ele me guiou em direção ao BMW estacionado, a locomotiva dos BMW é do papai, apesar da mamãe usar o mesmo modelo do carro um mais recente que o outro, papai investe muito nos presentes que oferece a sua amada esposa. Os seguranças usam SUV ou JEEP que são carros grandes para escolta. Possivelmente Chloe ganhe um JEEP como primeiro carro, o meu depois da formação é um Mercedes Benz como pedi.

— Senhorita, vai parar para comer alguma coisa?

Levantei os olhos para encarrar Matteo pelo retrovisor. Meus antigos seguranças eram a cara do papai, velhos, sérios, então Matteo chegou a pedido do meu irmão, Marcos, ele é discreto em todas vezes que estou nos lugares públicos, não era visível que eu tinha um segurança cuidando da minha proteção que possivelmente ande armando que muitos policiais.

— Não.

Ele parou em um estabelecimento, depois de alguns minutos ele voltou com uma sacola e me entregou.

— Não pode beber sem comer, será uma experiência mais horrível do mundo.

Eu sorri e respondo.

— Obrigada.

Eu abri o plástico e encontrei uma porção de panado de frango, batata frite e hambúrguer. O cheiro estava ótimo, dei uma mordida rápida, delicioso.

— Quer um pedaço?

Eu questionei a ele.

— Não, senhorita, estou satisfeito.

Quando terminei de comer, o carro estava fedendo frango e hambúrguer, quando quis abrir as janelas do carro Matteo impediu-me.

— Não senhorita, esse é o ponto fraco do carro, um tiro a senhorita morre.

Eu olhei para ele sem entender o que uma janela semiaberta tem a ver com um tiro.

— Os vidros do carro ficam vulneráveis a qualquer tipo de ataca, a uma diferença de proteção quando a porta está fechada e aberta.

Fechei o vidro da janela totalmente.

— O carro é brindando?

Eu questionei.

— Todos os carros estão blindando para resistir a um possível ataque de balas ou uma colisão.

— Meu carro...

Como eu nunca percebi?

— Eles possuem rastreadores?

— Sim senhorita, todos os carros, incluído do seu pai.

— A locomotiva de segurança não é suficiente?

— Uma equipe de segurança é morta e tem corpos desaparecidos, um rastreador, mostra o último ponto ativo antes de ser desligado, dependendo do tipo de ataque alguns não fazem noção que o carro possui um localizador.

Claro, faz mais sentido, pensando dessa forma.

— Entendo.

Matteo estaciona o carro no estacionamento e desliga o motor do carro.

— Chegamos senhorita.

Olhei através do espelho do carro para a parede enorme em minha volta, o estacionamento é iluminando, poucas pessoas circulando pelo estacionamento. Abrindo a porta do carro, eu desci nervosa.

— Senhorita, por aqui.

Matteo disse, movimentando os meus sapatos altos, eu caminhei lentamente em direção a entrada lotada da boate, havia seguranças enormes na entrada e uma fila longa de pessoas querendo entrar. Matteo deu uma palavrinha com o segurança e ele olhou para me levantando uma sobrancelha surpresa antes de olhar para Matteo, ele acenou.

— Senhorita Ross.

Matteo disse, eu me aproximei deles.

— Seja muito bem-vinda senhorita Ross.

O segurança disse, apenas acenei levemente para ele, Matteo guiou-me a entrada da boate, o som alto da música eletrônica invadiu meus tímpanos, as luzes mal iluminadas foi uma novidade para meus olhos. Matteo segurou minha mão, guiando-me em direção as escadas de aço para o primeiro andar, daqui de cima é possível ver o quanto a boate está cheia, a chuva de espuma caiu do teto deixando as pessoas mais vibrantes.

— Há uma área mais privada pelos corredores.

Matteo informou.

— Eu vi para me divertir e não me esconder.

Comentei.

— Vou pegar uma Martini.

Assenti, o DJ fez mix da música da Sia titanium, ele é muito bom, as pessoas acompanham e completam a música em boa sincronia, Matteo trouxe o Martini, ele segurava em sua mão um copo de whisky com gelo.

— Quantos anos você tem?

Eu questionei surpresa com a minha pergunta.

— 23anos, senhorita.

— Nossa, porque são tão altos?

Ele riu da minha questão.

— Eu não sei responder essa pergunta, senhorita.

Matteo é alto, aparenta ter seus 19anos, cabelos morenos curtos, aparentemente sem nenhuma tatuagem, bom ele passa a maior parte do seu tempo de terno perfeitamente encaixado em seu corpo, não dá para ver muito além do seu rosto bonito e encantador.

— Você é muito bonito sabia?

Eu questionei rindo, nunca olhei para ele com olhos de uma mulher olhando para um homem, sempre foi quase uma olhada rápida e as vezes não olhava. Ele é meu segurança e estava bem em me livrar daqueles velhos que papai tinha arrumado para mim.

— Obrigado.

Ele respondeu fechando o rosto com todas as suas emoções, eu desviei o olhar e olhei para multidão, dei um gole na minha bebida um pouco ardente. Sem pensar eu disse:

— Eu não quis deixar lhe constrangido.

Eu fiquei sem jeito.

— Não deixou.

Assenti, dei um gole na minha bebida rapidamente, o som da música alta encheu novamente os meus ouvidos, concentrei-me em me divertir, foi por isso que eu vi, mexer o esqueleto. Matteo supervisionou minha bebida para que ela não esteja batizada. Quando finalmente me cansei, eram por volta das 2h da madrugada, Matteo me guiou para o exterior da boate onde o ar frio invadiu meu corpo.

— Senhorita.

Sinto o ar quente sob os meus ombros, o cheiro do seu perfume suave invadiu minhas narinas, o que me fez sorrir. Tinha me esquecido dessa sensação quente em meu peito, havia me esquecido de como era leve a vida e como era bom sonhar.

— Obrigada.

Respondo, Matteo abriu a porta do carro para me e eu entrei, o carro aquecia minhas pequenas pernas.

— Vou ligar o aquecedor, vai ajudar-lhe a se aquecer.

Assenti, colocando minha cabeça no apoio do carro e fechando os olhos, a noite foi agitada, no entanto divertido. Foi uma das melhores noites da minha vida. Suspirando olhei para entrada vazia através do espelho do carro, estava tudo calmo e praticamente as pessoas descansando. Bom os que não estavam descansando permaneciam nos bares se divertindo.

Entrei com Matteo no interior de casa e encontrei meu pai, parado no meio da sala segurando um copo de whisky, vestindo uma calça pijama sem camisa, do outro lado mamãe estava sentada segurando um copo de chocolate quente sonolenta.

— O que estão fazendo acordados?

Eu questionei.

— Esperando você chegar para eu poder dormir, seu pai não parava de rebolar na cama.

Mamãe disse reclamando dele.

— Pai eu não sou uma criança, diga para ele mãe.

— Estava preocupado.

Papai respondeu rapidamente, dei um longo suspiro.

— Matteo estava cuidando de mim.

Eu disse a ele, Matteo cuidou muito bem de mim, nenhum incidente aconteceu e voltei sã e salva.

— Não é mesma coisa.

Papai resmungou.

— Boa noite Matteo.

Eu disse o dispensando e caminhando em direção as escadas.

— Pelo menos você se divertiu?

Papai questionou me seguindo.

— Sim senhor, eu me diverti muito, o DJ da noite tocava muito bem.

— Que bom, eu vou dormir antes que sua mãe me mande dormir no sofá.

— Boa noite pai.

— Boa noite filha.

Abro a porta do meu quarto e jogo minha carteira no sofá, em seguida fui ao banheiro tomar banho quente, rápido.

— Bom dia.

Eu disse em bocejo longo e demorado, esfreguei meus olhos espantando o cansaço e poucas de sono.

— Você está 30 minutos atrasada para o café da manhã.

Chloe murmurou um pouco aborrecida pela minha demora, aos finais de semanas, nós tomamos o café da manhã as 8H da manhã, dando-nos tempo de descansar um pouco mais que habitualmente.

— Eu sinto muito pelo atraso.

Respondo. Sentando-me à mesa, eu sirvo uma caneca de café puro.

— Como foi a noite de ontem?

Mamãe questionou limpando a boca do Lucas que estava coberto de óleo de salada.

— Foi muito divertida, mãe.

Respondi dando uma mordida no ovo malpassado.

— Fico feliz que a sua primeira experiência tenha sido magnífica.

— O que vamos fazer hoje?

Chloe questionou olhando para fatia de bolo na sua frente, havia doce de leite no copo de sobremesa, com certeza estava indecisa no que comer.

— Eu e seu pai vamos passar a tarde e noite fora.

Mamãe respondeu rapidamente nos dispensando.

— Estou cansada.

Resmunguei. Por me ficaríamos em casa curtindo um filme delicioso enquanto comemos pipocas e tomamos chocolate quente. No entanto, algo me diz que esse não é o plano da Chloe.

— Não está para pedir coisas.

Chloe disse surpreendendo-me com a sua declaração.

— O que você quer dizer com isso? Chloe?

— Quando você quer algo, eu faço, mesmo quando estou ocupada.

— Vai jogar na minha cara que eu peço conselhos em você?

— Caralho, não foi isso que eu disse, quer saber? Eu vou com o Lucas, não precisamos de você.

Chloe levantou e retirou-se da mesa, papai e mamãe olharam para mim.

— Eu tenho razão.

Claro que tenho.

— Você não é mais uma criança para buscar razão numa conversa com sua irmã, e cá entre nós, Chloe tem toda a razão, ela faz tudo o que você pede, no entanto, não podemos afirmar o mesmo de você.

Ando ocupada com os estudos, e Chloe é muito mais nova que eu, e as vezes não compartilhamos mesmos gostos, fica difícil conciliar nossas agendas.

Quando terminei de tomar café subo para me preparar para sair entre irmão, estava na sala esperando Chloe e o Lucas ficaram prontos.

— Vai sair senhorita?

Matteo questionou surpreendendo-me, ele quase não entra na casa grande, pelo menos foi o que notei.

— Sim, Chloe quer fazer programa de irmãs.

— Só a locomotiva dela está preparada, senhorita, eu não fui informado.

— Estou te informando agora, nós vamos sair.

Quando ele quis responder, Chloe desceu as escadas segurando Lucas no colo, eles estavam prontos, combinando com roupas xadrez e bonés.

— Você não vai.

Chloe disse encarando-me com raiva.

— Sempre fizemos as coisas juntas.

— Vai se ferrar, Bailey.

Ela passou por me e foi em direção a hall.

— Maninha.

— Não me chama de maninha, se só sirvo quando precisa de algo,

Ela abriu a porta principal e saiu.

— Merda.

Eu suspirei seguindo-a.

— Eu sinto muito Chloe.

— Pelo o que exatamente? Pelas vazes que fui uma boa irmã, ou pelas vezes que você tinha programas e eu não me encaixava neles?

Eu abro a boca procurando por uma resposta, ouvimos a buzina de um carro, é o JEEP da Emily, sua amiga antiga de escola.

— Vamos sua vadia, eu quero me divertir.

Ela bateu a porta do seu carro com uma mão fazendo um barulho irritante, ela é mais louca que Chloe.

— Chloe.

Comecei a falar, no entanto ela estava com tanta raiva que eu sabia que todos os esforços que eu fizesse não daria em nada.

— Você é uma vaca preguiçosa, egoísta, uma péssima vaca irmã.

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