minha irmã problemática

Eu subi as escadas deixando-os lá na sala. Eu estava lendo meu manual enquanto tento fugir do jantar quando ouço duas batidas.

— Não pode fugir do jantar.

Papai disse entrando no meu quarto, ele aproximou na minha cama e sentou ao meu lado, eu agradeço imensamente por ele dar-me seu apelido, mamãe não gosta do seu apelido real, Bellucci, ela sempre diz que é uma maldição ser uma mulher Bellucci. Eu entendo sua raiva, dói em me também saber que fui fruto de um estupro, pior, que fui jogada em uma lixeira para morrer no inverno da Itália, se não fossem meus outros pais, eu estaria morta. Mamãe nunca permitiria que aquele apelido estivesse na minha certidão de nascimento, era insano, eu não sou uma Bellucci e nunca seria. Até que este homem deu-me seu apelido evitando que eu use Torres, um apelido desconhecido inventado por minha mãe como um escape da sua dura realidade.

— Se for para falar do mesmo assunto, eu não quero.

Fechei o livro.

— Sua mãe está preocupada, com toda a razão, Bailey, desde que terminou com aquele cara você está assim, triste e nós tentando enquadrar você ao normal.

— Os términos são difícil pai.

— Primeiro pare de se culpar, Bailey, você é uma mulher inteligente, as coisas são como deveriam acontecer, antes cedo do que tarde, aquele cara fingia muito bem, um homem descarado e mal-educado. É esse tipo de homem que queria para sua vida? Um homem sem valor moral, um homem sem dignidade, um homem que não respeita uma mulher, um homem sem escrúpulos?

Papai suspirou. Ele tem razão, estou me lamentando por um homem que me faria infeliz.

— Nós somos sua família, errados ou não, sempre estaremos aqui, cuidando de você.

Eu assenti.

— Eu sinto muito, pai.

Papai acolheu-me em seus braços, eu me agarrei nele fortemente.

— Não sinta, filha.

Descruzando os pés, eu me afastei dele.

— Vem, antes que sua mãe grite.

Eu sorri. Nós descemos as para sala de jantar, avó Michi estava terminando de colocar os pratos na mesa. Quando a campainha tocou, quem será a está hora? Sentei-me à mesa, Chloe invadiu a sala vindo da direção do jardim, e Lucas a seguindo como sempre.

— Tia Simona, partilhou a foto da Mica no grupo do w******p.

Chloe afirmou, meu telefone está no quarto, porém posso imaginar o cenário, Mica no barco ou naquela piscina enorme que Tio Alex fez na sua nova casa em Berlim. Lucas, subiu na mesa de jantar sentando ficando na mesma altura que Chloe, ele quase quebrou um prato quando passou para pegar o telefone da sua irmã com urgência, Chloe fechou o ecrã imediatamente impossibilitando-o de aceder as funções do telefone caso ele tente. Esse é o seu quinto telefone que mamãe comprou neste ano, porque Lucas j**a no chão ou atira na piscina. Parece que Chloe não se importa, pois sempre o entrega quando ele pede.

— Aquela cachorra da sua filha, quebrou o braço do meu filho.

Viramos o rosto para olhar quem pronunciou essas palavras, quando olhei, vi a mãe do Jonathan encarando mamãe não muito contente com o estrago da minha irmã. Papai que estava entretido conversando com avô Victor, olhou para trás.

— Em primeiro lugar, baixe o tom de voz quando estiver na minha casa, segundo, nunca mais chame minha filha de cachorro.

Mamãe disse o mais calma que ela pode.

— Ela é um cachorro raivoso, você não controla adolescentes? É professora por algum motivo.

Chloe não é um cachorro raivoso, ela age por emoções e convicção que está certa do que faz.

— Você não ensina modos ao seu filho, é uma dama por algum motivo.

Essa doeu. Aquela mulher ficou constrangida mais ergueu sua cabeça como aquelas senhoras arrogantes que não baixam a cabeça para nada.

— É diferente.

Ela murmurou.

— Ter filho mal caráter, não é diferente.

Mamãe pisou bem na ferida.

— Meu filho não é mal caráter, sua filha prostituta seduziu meu menino.

~~CAPÍTULO 3~~

BAILEY ROSS

Eu fiquei em pé em choque, mamãe levantou a mão para aquela mulher, Lucas deu um berro de choro, isso só vai atiçar a raiva da mamãe.

— Homens da casa não choram.

Chloe disse ao Lucas, ele fez bico antes de levar suas mãozinhas para os olhos em seguida ele se jogou no colo dela.

— Saia da minha casa.

Mamãe segurou o braço daquela mulher, porem ela, afastou-se dela rapidamente.

— Eu vou te processar, meu marido é o homem mais importante desta cidade.

Mamãe surpreendeu-a agarrando o pescoço da mãe do Jonathan.

— Seu marido, não é par para mim.

Ela virou o pescoço dela contorcendo-a.

— Não vai querer que as pessoas saibam de alguns segredos da sua família.

Mamãe cochichou.

— Talvez eu deva te apresentar amante do seu querido marido.

Ela riu.

— Ou quer que eu especifique que seu marido, gosta de homens.

Oh meu Deus. Mamãe soltou a mão dela, elas entre olharam-se furiosas. Aquela mulher queria respostas, um segredo de família como essa acabaria com a reputação da família rica e tradicional da cidade.

— Como você sabe disso?

Aquela mulher perguntou.

— Saia da minha casa.

— Eu volto.

Mamãe abriu a porta para aquela mulher e elas trocaram olhares arrepiadores, quando fechou a porta eu me sentei em choque com essa noite especial de surpresas. Nunca imaginei que o pai de Jonathan se interessa por homens, eles pareciam uma família bela e perfeita.

— Vamos comer antes que alguém toque a campainha novamente.

Mamãe disse, ela beijou o topo da cabeça do Lucas quando queria leva-lo, ele se recusou a sair dos braços da Chloe.

— Não o deixe dormir sem comer.

Mamãe disse a Chloe, ela assentiu colocando-o no seu colo, nós jantamos, sem abordar o assunto constrangedor comentado alguns minutos antes.

— Imagino que eles não serão mais um problema.

Vejo Chloe ao lado do Matteo, pelo que dá para perceber, ela está importunando por algum motivo que está deixando-o branco. Seja qual for o motivo, ele não está gostando de receber uma bronca dela.

— Você deve saber.

Chloe disse.

— Senhorita, eu prometo ser mais atento.

Matteo respondeu educadamente.

— Porque está incomodando meu segurança Chloe?

Questionei aproximando-me deles.

— Estávamos trocando algumas ideias, não é Matteo?

— Sim senhorita.

Eu olhei para o dois e destravei as portas do meu carro.

— Hoje eu vou com o papai.

Ela disse vendo papai se despedir de mamãe, ela parece mais pálida hoje que outros dias.

— Chloe, tenho coisas para fazer, você tem sua locomotiva de seguranças.

Ela ignorou o que papai disse e segui-o até seu carro.

— Mãe, papai está negando de me levar.

Ela gritou o suficiente para mamãe ouvir.

— Tristen leve a menina à escola.

— Eu quero conversar com você.

Chloe comentou entrando no carro do papai, eu acho que ele está fugindo da Chloe, ela quer alguma coisa que o papai não quer comprar. Ela só vai fazer um pouco da sua vida um inferno, até que ele cede suas demandas.

— Eu sinto muito por qual seja o motivo que a minha irmã tenha te importunado, fase rebelde irritante.

— Está tudo bem, senhorita, nada que eu não consiga resolver.

Assenti.

Caminhei rapidamente em direção ao carro da mamãe, ela estava colocando Lucas na sua cadeirinha, quando percebi que ela estava ficando tonta.

— Mãe.

Eu murmurei ajudando-a a sentar no carro.

— Está muito quente.

Entrei rapidamente em casa para pegar água, quando voltei papai estava ao seu lado.

— Não é nada.

Entreguei a garrafinha de água.

— Mamãe está gravida.

Disse Chloe surpreendendo-nos com sua conclusão rápida, nós olhamos para mamãe que estava em choque, se ela realmente estiver gravida, com toda a certeza não estava nos planos dela.

— Isso é loucura, Chloe.

Mamãe comentou, ela tirou seus óculos e fez cálculos mentais.

— Eu vou comprar um teste rápido. Victor leve Lucas à escola, meninas.

Nós nos afastamos, cada uma indo em direção aos seus respectivos carros deixando-os sozinhos.

A saída de dar aulas, cheguei a faculdade, precisava de um livro na biblioteca, depois eu seguiria para comprar novos sapatos, a parte boa de ter dinheiro é essa, gastar sem olhar na conta. A outra parte de me estava preocupada com a mamãe, mas, eu sabia que ela não gostaria que deixássemos nossas vidas para fazer companhia a ela.

— Mana.

Sorri quando vi Lucas me esperando no Hall, ele só tinha dois anos e parecia ter uns 4anos por causa do seu tamanho, alto como papai, uma mistura incrível do papai e da mamãe, seus olhos azuis estava ali, intensos como um Ross que ele é. Os latidos dos cachorros encheram o ambiente, Chichi faleceu no ano passando, vítima de velhice, Chloe ficou extremamente abalada com a perda da sua companheira, todos nós não estávamos preparados a sua reação, foi um golpe duro, a sua primeira perda, ela nunca se esquecera.

Eu me agachei em sua frente e brinquei com seus cabelos, ele odeia ser carregado, desde que começou andar e aprontar ninguém consegue segurar ele.

— Você está bem?

Abro minha mochila e tirei uma barra de chocolate.

— Coma antes de mamãe te ver.

Lucas assentiu e mordeu rapidamente a barra de chocolate, ele é um menino esperto, será um grande homem. Quando ele terminou de comer, segurei sua mãozinha e nós entramos no interior da casa.

— Boa noite.

Mamãe estava finalizando de preparar o jantar, aos seus 38 anos ela tinha um aspecto de invejar, muitas meninas, não estava mais pálida como hoje cedo e ela não demostrava preocupação em seu semblante.

— Boa noite Bailey, como foi seu dia?

Mamãe questionou.

— Cansativo, mãe sobre hoje cedo.

Eu comecei.

— Fiz exames de sangue completo, saíram em alguns dias.

Assenti.

— Aonde está Chloe?

Questionei notando o silencio na casa.

— Ela está tomando banho.

Joguei minha mochila no sofá da sala comum e fui lavar as mãos, abro a geleira e tirei um suco de vitaminas, mamãe sempre foi amorosa com a gente, nos proporcionou melhores momentos, uma mãe carinhosa e habilidosa. Conselheira, paciente e amiga. Ela sempre demonstrou seu amor por nós.

Chloe, ela desceu as escadas vestindo um short jeans curto, blusa barriga fora e cabelos húmidos, ela usava óculos e parecia uma nerd despojada. Ela é muito inteligente, mamãe investiu muito em professores de química, matemática e biologia para dar-lhe aulas particulares assim ela seguiria com seu sonho de se torna uma médica.

Abro a geladeira e procuro pela minha vitamina. Quando dei uma colherada Chloe tirou das minhas mãos minha vitamina.

— Porque toma isso, é horrível?

Ela fez cara feia depois de experimentar.

— Ajuda a me manter concentrada.

— Beba café.

Ela devolveu minha vitamina fazendo cara feia, caminhei até a sala e liguei a TV.

— Papa, papa, papa.

Ele saiu correndo em direção a entrada da casa.

— Papa.

Papai parou no hall e segurou-o nos seus braços, Lucas sorriu exibindo seus dentes completos da frente.

— Cuidou bem das suas irmãs?

— Sim, sim.

Lucas respondeu eletrizante.

— Oi princesa.

— Boa noite pai.

— Você precisa parar de comer essa porcaria.

Qual é o problema da minha vitamina?

— Oi princesa.

Ele disse para Chloe.

— Oi pai.

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