Jonathan
Eu estava tão perdido em pensamentos enquanto Catherine discutia com meu pai e um homem que eu não conhecia — mas que, pelo que entendi da conversa estranha que acontecia, era um feiticeiro e se chamava Jordan —, que apenas notei o fim de tudo quando Marian desapareceu do meu lado ao ser envolta em névoa, levando consigo o homem e o rei.
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CatherineEu não sabia exatamente para onde estava indo, então apenas continuei correndo sem rumo pelos corredores do castelo. Jonathan havia tentado me alcançar, mas, aparentemente, Matthew o impedira de vir até mim. Eu agradeci mentalmente. Não estava pronta para encarar aquela situação como algo real, e, definitivamente, não estava pronta para conversar sobre. Principalmente com ele.Pa
Uma taverna abarrotada de clientes estava à minha frente. As lamparinas acesas faziam um péssimo trabalho para iluminar a estrada de terra que se estendia pela vila e levava a uma rua principal. Não reconheci o lugar onde me encontrava, mas, ao olhar em volta, entendi o porquê de estar ali: aquela era uma visão do passado de Stephen Heronwood.O rei estava a alguns metros d
Coloquei a bolsa de comidas amarrada na nova sela de Maximus, que Luke havia encontrado nos cantos da fazenda e me dera para que cavalgasse de volta ao castelo com mais praticidade. Nós tínhamos também alimentado e deixado o corcel descansar por um dia inteiro antes de ter que passar mais algumas horas andando. Agora, o sol estava tão alto quanto no momento em que chegara ali, quase vinte e quatro horas atrás. Eu tivera de colocar uma calça e uma camisa que eram um pouco justos demais, porque pertenceram a Luke quando era ainda mais novo do
Eu me virei e meu sangue gelou. Jordan estava parado ao lado da fonte, fazendo o que parecia ser sua melhor expressão de nojo. Ou podia ser desprezo. Com ele, tudo era meio parecido. De qualquer jeito, ele nos olhava como se tivéssemos acabado de comer um prato de minhocas.As memórias da visão que tive passaram por minha mente como um flashback macabro. Engoli em seco quando aqueles olhos azuis preenchidos com dor e sofrimento me encararam novamente. Ajude-me
Eu não sei ao certo o que houve depois do caos que se instalou dentro de mim, mas, algumas horas depois, eu me vi acordando no meu quarto da fazenda. Deitada na cama e encarando o teto, meu corpo todo parecia doer como se tivesse sido triturado. Eu fiquei parada, sem forças ou vontade para sequer tentar levantar. Ouvia minha respiração acompanhar as batidas pesadas da chuva na janela — provavelmente a única da casa que não tinha se quebrado.O quarto estava úmido e quente, apesar da tempestade que ainda ca&i
Pela segunda vez naquele dia, eu amarrei uma bolsa com suprimentos para a viagem na sela do corcel mas, diferentemente de antes, eu não montaria em Maximus. Íris havia trazido alguns cavalos até a fazenda consigo e escolhera os mais fáceis de serem domados, o que excluía o grande garanhão branco que se tornara meu amigo.
Encarei aquele sorriso diabólico por muito tempo antes de engolir em seco e focar em seus olhos. O preto em sua íris era tão profundo que despertava em mim um medo surreal. Eu desci o olhar até suas mãos, que seguravam com força os braços da minha melhor amiga.— Era uma manhã fria. O cemitério de Darkot Village, onde os gêmeos moravam antes de se mudarem para o castelo, estava vazio com exceção de nosso grupo. Ean preferira enterrar a irmã aqui, mas sem as cerimônias e os genéricos convidados que nunca foram realmente próximos de Íris. Nós éramos tudo o que ela tinha.— Você não quer dizer nada? — perguntou o príncipe, abraçando-me por trás enquanto eu observava o guarda murmurar palavras que eCapítulo 33