— Você bebeu? — Henri pergunta, enquanto checa meu corpo nu. Não é um olhar lascivo, entretanto, é mais procurando alguma coisa em mim. Meu corpo está totalmente ensaboado, um pouco distante do jato de água. Há uma névoa esbranquiçada subindo, o vapor da água quente e convidativa.
— Se eu tivesse bebido você saberia, não é mesmo?
— Se eu quisesse te infectar, não acha que pegaria alguma coisa desse sabonete? — Henri ergue os olhos, provocativo.
—
Como Devon me pediu, acompanho Zane e seus quatro guarda-costas até o galpão onde Amábile o espera duas horas mais cedo para iniciar os testes mentais. Zane está com uma expressão de saco cheio típica, mas me entrega um papel dobrado e uma florzinha de jardim amarela:— Leva isso pra Lucretia.— Agora virei pombo correio?— Não enche. — Ele entra pela porta de metal, atrás de Amabile. Talvez eu seja mesmo uma bisbilhoteira, mas eu não poderia deixar que Zane e Lucretia conversassem sem ter cem por centro de certeza de que eles fariam as pazes dessa vez. Estou escondida no telhado, enquanto o Casal Real conversa em um pequeno beco entre duas contruções perto do refeitório. O cheiro de comida atiça minha fome e eu tenho vontade de sair correndo e pegar um prato de comida, mas mantenho meus dois olhos e ouvidos bem grudados nesses dois. É um beco sem saída, onde eles estão. Tanto no relacionamento quanto fisicamente, literalmente.— Quando você fica apáticCapítulo 08 - Coração de Pedra
Amabile Taseldgard falou com cada um de nós sobre como deveria ser nossa apresentação. Ela gostaria que fosse um segredo e que não comentássemos com ninguém, mas durante os treinamentos eu seria capaz de ver Zane e Henri.O que significava que Henri também veria nossas apresentações e contaria tudo para Celeste. Nesse aspecto, mesmo que Zane não se apresentasse por qualquer motivo, ela já teria informações o suficiente sobre seus poderes e teria vencido essa batalha. Celeste saberia onde atingir Zane, como como evitar que ele pudesse se defender. Era um pensamento desesperador.
— Nunca vou me acostumar com isso. — Sentado no sofá da sala principal do castelo da Casa Bawarrod com os pés em cima de um banquinho de pele de animal, com preguiça, Devon desvia os olhos de Zane aos beijos sangrentos com o Imperador, sentados no tapete felpudo por cima de algumas almofadas.Também tenho um pouco de dificuldade de lidar com Zane e o Imperador, especialmente com a mão que cresce possessiva nas costas de Zane. É um sentimento ruim que se forma em mim, um sentimento que transita entre a angústia e o zelo.A lareira está ligada e agradável, os candelabros meio
É como estar no meio do nada escutando sua música favorita. Você pode fazer isso por horas e horas, deixando a música tocar em looping sem nunca se cansar da melodia ou das batidas. Seu coração bate calmo e ao mesmo tempo se enche de nostalgia e todas as sensações únicas que notas musicais podem proporcionar.Sinto como se fosse feliz, uma sensação completa e intensa, minha mente fica em branco, sem pensamentos e sem som.É abruptamente que tudo muda, logo a lufada de ar frio toca meu rosto, os sons enchem meu ouvidos e algo é arrancado de mim. Um choque perc
Uma vez que resolvemos (quase) todas as pontas soltas do passado, senti que estava preparada para seguir em frente em nossa… ahn? Relação?! Era oficial. Eu e Devon estávamos em um relacionamento, assumindo (de certa forma) um compromisso e eu tinha uma enorme responsábilidade dali em diante: transformar aquele apartamento de cinco quartos no alto da geleira em N-D44 em um lar.Não obstante, eu queria fazer daquele apartamento um lar e estava um tanto preocupada em não corresponder às expectativas, já que é praticamente impossível decorar com coerência quando voc&ec
— Essa é sua ideia de levar uma garota para sair? — Provoco.— Confie em mim. — Henri pediu, com a voz baixa.Não conseguia ver por onde esse seria um bom encontro. Estávamos entrando por alguns becos em N-D44, próximos ao local em que ficava a Praça dos Castigos (toda colônia vampírica tem uma) e não havia luzes acesas, nem mesmo barulhos. Talvez Henri estivesse tramando uma armadilha, talvez ele fosse dispersar uma doença forte em mim e me largar perdida por becos fedendo à mijo de humanos. Oh, Céus! Sangue.E eu preciso de sangue.Abraço forte Henri, segurando em suas costas e afundando as unhas na carne perto das escápulas e sugo com vontade, tomando seu sangue. Logo estou mordendo seu pescoço, apertando mais ainda seu corpo macio contra o meu.O gosto de Henri é como sorvete de baunilha, doce, refrescante e prenche toda a língua. E eu aprecio, me deliciando com as goladas que dou. Meu sangue se fortalece, sinto que estou ficando revigorada. Último capítuloCapítulo 14 - Cavalo de Troia