— Nunca vou me acostumar com isso. — Sentado no sofá da sala principal do castelo da Casa Bawarrod com os pés em cima de um banquinho de pele de animal, com preguiça, Devon desvia os olhos de Zane aos beijos sangrentos com o Imperador, sentados no tapete felpudo por cima de algumas almofadas.
Também tenho um pouco de dificuldade de lidar com Zane e o Imperador, especialmente com a mão que cresce possessiva nas costas de Zane. É um sentimento ruim que se forma em mim, um sentimento que transita entre a angústia e o zelo.
A lareira está ligada e agradável, os candelabros meio
É como estar no meio do nada escutando sua música favorita. Você pode fazer isso por horas e horas, deixando a música tocar em looping sem nunca se cansar da melodia ou das batidas. Seu coração bate calmo e ao mesmo tempo se enche de nostalgia e todas as sensações únicas que notas musicais podem proporcionar.Sinto como se fosse feliz, uma sensação completa e intensa, minha mente fica em branco, sem pensamentos e sem som.É abruptamente que tudo muda, logo a lufada de ar frio toca meu rosto, os sons enchem meu ouvidos e algo é arrancado de mim. Um choque perc
Uma vez que resolvemos (quase) todas as pontas soltas do passado, senti que estava preparada para seguir em frente em nossa… ahn? Relação?! Era oficial. Eu e Devon estávamos em um relacionamento, assumindo (de certa forma) um compromisso e eu tinha uma enorme responsábilidade dali em diante: transformar aquele apartamento de cinco quartos no alto da geleira em N-D44 em um lar.Não obstante, eu queria fazer daquele apartamento um lar e estava um tanto preocupada em não corresponder às expectativas, já que é praticamente impossível decorar com coerência quando voc&ec
— Essa é sua ideia de levar uma garota para sair? — Provoco.— Confie em mim. — Henri pediu, com a voz baixa.Não conseguia ver por onde esse seria um bom encontro. Estávamos entrando por alguns becos em N-D44, próximos ao local em que ficava a Praça dos Castigos (toda colônia vampírica tem uma) e não havia luzes acesas, nem mesmo barulhos. Talvez Henri estivesse tramando uma armadilha, talvez ele fosse dispersar uma doença forte em mim e me largar perdida por becos fedendo à mijo de humanos. Oh, Céus! Sangue.E eu preciso de sangue.Abraço forte Henri, segurando em suas costas e afundando as unhas na carne perto das escápulas e sugo com vontade, tomando seu sangue. Logo estou mordendo seu pescoço, apertando mais ainda seu corpo macio contra o meu.O gosto de Henri é como sorvete de baunilha, doce, refrescante e prenche toda a língua. E eu aprecio, me deliciando com as goladas que dou. Meu sangue se fortalece, sinto que estou ficando revigorada. Estava começando a me acostumar com aquela vida. Havia um ar de esperança em saber que dali para frente tudo poderia ser exatamente igual, eu só tinha um problema: Celeste. Ainda me aterrorizava a ideia de ficar frente a frente com aquela mulher, ou monstro, depende do ponto de vista. E um jantar no castelo da Casa Bawarrod era uma ideia muito aterrorizante. Sem perceber, acabei me atrasando para ficar pronta, acho que dentro de mim havia uma ideia que queria postergar um pouco o encontro, pois eu sabia que dali para frente Celeste me veria em meu meio-ambiente, fazendo as coisas que eu gostava de fazer, ao redor das pessoas que eu mais amava. Os olhos dourados de Devon desviam de mim, ele abre o botão frontal do sobretudo e caminha em pesado silêncio até o centro da sala, apenas os seus passos fazendo barulho. A mesa de banquete que comprei está lá, ensacada, as cadeiras viradas com os pés para cima enquanto trocam o piso. Devon solta meu sobrepeliz nos pés de uma cadeira e seu sobretudo no outro. Pela primeira vez, fico um pouco triste de estarmos em reforma, por não ter um local decente para conversarmos sobre algo tão delicado para ele.Vou até a cozinha em busca de um copo de uísque e da garrafa. Primeiro Capítulo 14 - Cavalo de Troia
Capítulo 15 - Hostilidades
Capítulo 16 - Sangue ácido
— Motores inoperantes! — Kolton avisa exasperado, apertando diversos botões.Desgovernado, o Aeroflex perde altitude e se bate contra o chão. O planador derrapa para a esquerda, sorte que estamos todos usando cintos de segurança.Gritamos, todos juntos e ao mesmo tempo separados. Um tranco forte no peito quando o Aeroflex se choca contra alguma coisa, o som da batida é de metal e vidros quebrando. Não soa alarme, nada, pelas telas onde normalmente projeta o sistema de GPS e proteção UV, surge uma rachadura. — Ótimo, bem para o meio dos Anjos, Jay! — Zane se diverte rindo.O visor está biruta de tanto detectar ameaças. Onde deveria ser as ruínas de um acampamento militar com um abrigo subterrâneo, está uma pista de pouso de naves alienígenas. Há muito Pó-de-Anjo no ar, os índices estão tão elevados que não sei se um vampiro conseguiria sobreviver a inalar tal perigo.— Já viram naves desse tipo? — Henri pergunta intrigado. — São diferentes. — Último capítuloCapítulo 18 - Sabotagem