KevinEstou no bar, e duas garotas se aproximam, tentando atrair minha atenção. Eu as recuso sem nem pensar. A única mulher que quero, que preciso, é Hanna. As outras parecem insignificantes agora.Davis chega logo em seguida. Nos cumprimentamos, e ele já vem com piada.— Porra, sou seu amigo, mas parece que sou o último a saber das novidades — ele diz, rindo.Antes que eu pudesse perguntar do que ele estava falando, meus olhos a encontram. Hanna. Do outro lado do bar. Meu corpo inteiro reage. Ela está com um bombado... Desta vez, não é uma miragem. Não estou bêbado. É ela. Levantei num salto, o banco quase caiu no processo. Assustei Davis, que resmungou, mas eu já estava andando e não prestei atenção.Estava puto, como minha Hanna estava com outro homem? Cheguei nela cobrando, exigindo respostas, como se ela tivesse obrigação de me dar satisfações. O ciúme queimava como ácido nas minhas veias.Discutimos, e ela mencionou uma "noiva" duas vezes. Que porra de noiva ela está falando? De
HannaQuando Kevin me pegou no colo, o choque me deixou sem reação. Meu corpo congelou entre o impulso de gritar e a vontade de socá-lo. “Quem ele pensa que é para me tratar como um objeto, me jogando sobre o ombro como se eu fosse um saco de batata, e ainda por cima na frente de todo mundo?” A humilhação e a raiva pulsavam nas minhas veias enquanto as pessoas olhavam, mas o pior foi quando ele me colocou no chão. Tentei escapar, mas ele me segurou com ainda mais força, como se soubesse que eu lutaria para fugir.As palavras de ódio já estavam saindo da minha boca, pronta para xingá-lo de todas as formas possíveis, mas ele me calou do jeito mais inesperado: com um beijo. E que beijo! Um beijo arrebatador, feroz, como se todo o desejo que ele reprimia explodisse de uma vez.Eu não posso admitir, nem para ele, nem para mim mesma, mas ansiava por esse beijo. O calor, a intensidade... tudo me fez fraquejar, mesmo que por um segundo. Mas a realidade logo voltou, com a fúria que me dominav
HannaAssim que chegamos ao hotel, fomos direto para o quarto dele. Kevin, sempre o cavalheiro, abriu a porta, permitindo que eu entrasse primeiro. Ao cruzar o limiar, percebo de imediato que aquele não é apenas um quarto comum de hotel. Tudo ali tem o toque de quem o habita há um tempo. O ambiente é impregnado com sua rotina, com vestígios de sua vida cotidiana.— Por que está morando em um hotel? — A pergunta escapou antes mesmo que eu pudesse pensar melhor.Kevin coçou a cabeça e soltou um sorriso constrangido, como se estivesse se preparando para uma confissão que preferia evitar.— Quer beber alguma coisa? — Ele desviou da minha pergunta, caminhando até o frigobar.— Uma água, por favor. Já bebi drinks demais por hoje — respondi, enquanto me dirigia à varanda, tentando acalmar os pensamentos que começavam a se acumular.Kevin voltou com a água e se sentou ao meu lado, numa pequena mesa de ferro branco. O ar na varanda parecia ter ficado mais denso, como se algo estivesse prestes
Hanna— Expliquei a ela, mas Ashley estava irredutível, chorava muito, e derrubou o lenço no chão. Gentilmente me abaixei para pegar, e foi quando provavelmente o pai dela viu a oportunidade, com a foto perfeita para um manchete de mentira…— Quando ela viu que eu não cederia, me ameaçou. Disse que, se eu não ficasse com ela, nenhuma outra mulher me teria. As ameaças dela foram vagas, mas o fato de nossas famílias serem tão próximas me preocupa. Eles sabem segredos que, se revelados, poderiam causar um escândalo e destruir a reputação do meu pai... e talvez até a minha.Ele conta tudo, o que diz que aconteceu, e pelo jeito que ele falava, a raiva e frustrava era evidente em cada palavra, não tinha como não acreditar.KevinNem acredito que Hanna aceitou conversar comigo. Meu coração está acelerado, e eu sei que esta pode ser minha única chance. Olho para ela, tentando esconder o quanto estou desesperado por sua compreensão. Respiro fundo, decidido a não perder tempo com rodeios. Ela m
HannaEu acredito nele, então agora tenho que tomar a decisão: se o quero de volta em minha vida ou se termino com tudo antes de recomeçar. Meu coração dói só de imaginar a segunda opção. Quem quero enganar? Sempre foi ele em meu coração!— O que tem em mente agora? — Pergunto, sem jeito.— A verdade? — Ele pergunta, me encarando.— Sim. — Respondo sincera, pronta para qualquer resposta.— Estou morrendo de vontade de te jogar naquela cama e te amar até o amanhecer. Estou morrendo de saudades de você, do seu toque, do seu cheiro, do seu gosto… — Ele fala, caminhando em minha direção, com os olhos cheios de desejo.Meu corpo responde de imediato. Sinto como se uma corrente elétrica passasse por mim, apenas com o seu olhar.— Posso te beijar? Não estou mais conseguindo me segurar… — Kevin me beija antes que eu pudesse responder.Nos beijamos como se não houvesse amanhã. A saudade em nós dois se manifesta em toques desesperados. Quando ficamos sem fôlego, nossas testas se juntam, com res
HannaKevin atendeu o telefone com a voz fria, completamente diferente de como ele falava comigo minutos antes.— O que você quer? — Ele pergunta, sem qualquer vestígio de paciência.Do outro lado, uma voz estridente e fina, de Ashley, ecoa, com seu tom manhoso, que me irritou.— Não fale assim comigo, Kevin! Você tem que me respeitar, sou sua noiva! — Ela insiste, como se realmente acreditasse nisso.Kevin soltou uma risada seca, carregada de desprezo.— Noiva? De onde você tirou essa ideia ridícula? Na última vez que te vi, deixei bem claro que não queria nada com você. Meu coração já tem dona, e advinha? Nunca foi você.— Eu te perdoo, Kevin. Sei que estava nervoso, meu pai te encurralou naquela situação horrível, você não estava pensando com clareza… — A voz dela tentava soar compreensiva, mas era apenas irritante.Kevin perdeu o pouco de controle que ainda tinha.— Cala a porra da boca, Ashley! — Ele rosna, o desprezo em cada palavra. — Vou dizer isso pela última vez: eu NÃO gost
KevinHanna e eu somos como fogo e gasolina. E, com toda certeza, incendiamos este quarto.Ela me puxa pela nuca, colando nossos lábios em um beijo intenso, carregado de desejo puro e cru. Suas mãos ágeis e desesperadas começam a levantar minha camisa. Nos separamos por alguns segundos, apenas o suficiente para eu tirar a camisa e voltar a beijá-la. Amo beijar essa mulher. Paramos o beijo mais uma vez, e eu falo com a voz rouca de desejo:— Tire sua roupa, princesa.Ela se levanta devagar, tirando cada peça com um toque de sensualidade que me faz perder o ar. Fico ali, apenas observando cada movimento. Quando ela volta a deitar na cama, seus olhos azuis estão brilhando de desejo, me encarando. Olho para o corpo perfeito à minha frente, suas curvas maravilhosas, e ela começa a ficar envergonhada. Tenta esconder as cicatrizes na parte inferior da barriga, provavelmente da cesariana que trouxe nossa filha ao mundo. Mas, para mim, essas marcas só a tornam ainda mais preciosa, só me fazem
KevinFazer amor com a Hanna é sempre incrível, mas o que aconteceu hoje foi além de tudo que já vivemos. Exaustos, jogados na cama, olho para ela com um sorriso que vai de orelha a orelha e pergunto:— Que tal um banho de banheira?— Seria maravilhoso — ela responde com a voz baixa, quase um sussurro.Levanto, vou até o banheiro e começo a preparar a água quente, coloco os sais. Quando tudo está pronto, volto ao quarto, pego Hanna no colo e sussurro em seu ouvido:— Preciso cuidar da minha princesa.Ela sorri sonolenta, e juntos tomamos um banho rápido. Logo depois, nos enroscamos de volta na cama, tão próximos como sempre sonhei. Estava quase adormecendo quando o som da campainha ecoa pelo quarto. Minha tranquilidade desaparece, e eu olho para a porta, intrigado.— Quem será, amor? — Hanna pergunta, ainda sonolenta.— Não faço ideia. Vou colocar uma roupa e ver quem é, pode voltar a dormir amor.Visto rapidamente uma bermuda e abro a porta, encontrando o gerente do hotel com uma exp