A porta do escritório foi fechada, mas Eduardo permaneceu em silêncio. Ele apenas se apoiou na mesa e começou a fumar intensamente. A chuva fria os encharcou completamente. Maria abraçou a si mesma, sentindo-se gelada. Sua voz tremia enquanto ela falava:- Se você tem algo a dizer, diga logo. Se quer acertar as contas comigo, faça isso depressa.Ela odiava aquele silêncio, especialmente agora que tremia de frio e se sentia extremamente desconfortável. O rosto do homem estava sombrio e assustador, e sua expressão silenciosa mantinha todos distantes.Maria apertou os lábios e lembrou-se da situação de sua avó no dia anterior. Ela não conseguiu evitar:- A avó está bem?- Cale a boca! Você não tem o direito de mencioná-la!Eduardo gritou furiosamente.Com sua explosão de raiva, a ferida em seu peito parecia abrir novamente. O sangue se misturou com a água da chuva em suas roupas, formando uma grande mancha escura.Maria olhou para a mancha de sangue em seu peito por um momento e, finalmen
Miguel ficou chocado ao olhar para Eduardo. Ele se perguntava o quanto Eduardo poderia odiar aquela mulher para humilhá-la daquela maneira.De repente, ele começou a entender por que ela se recusava a contar a Eduardo sobre sua condição de saúde.Maria olhou fixamente para Eduardo, com os olhos vermelhos, sentindo seu coração apertar.Se fosse Teresa ou Viviane no lugar dela, certamente ele sentiria compaixão. Então, por que ele a humilhava daquela maneira?Só com ela, sempre com ela, ele agia com tamanha crueldade.Diante do olhar ressentido e furioso dela, Eduardo apenas riu friamente:- Vá em frente, se você está fingindo ser moribunda, então deve agir como uma moribunda de verdade. O uso desses adereços é insignificante.- Você quer que eu vá embora, mas eu não vou! Maria o encarou e disse cada palavra, lutando para se levantar do chão.Mesmo à beira da morte, ela não queria perder sua dignidade diante de Eduardo.Seu corpo estava encharcado e Miguel sentiu um calafrio percorrer s
Ao acordar novamente, Miguel estava sentado ao lado da cama. Ele fechou a revista e sorriu para ela, dizendo:- Se eu não tivesse te encontrado desmaiada no quarto, você provavelmente já teria encontrado o diabo agora.Maria não disse nada, seu rosto magro estava cheio de frieza e ressentimento.Miguel sabia do que ela estava ressentida, mas apenas suspirou e disse:- Na verdade, você não precisa ficar brava com o Dudu. Mesmo que você saia do estúdio na frente dele, ainda teria uma chance de sobreviver.Maria fez um gesto irônico com os lábios, mas não disse nada.Miguel ignorou o sarcasmo dela e falou seriamente:- Sua condição física está piorando cada vez mais. Se continuar assim, você provavelmente não vai durar por muito tempo. Então, eu te aconselho a engolir seu orgulho e implorar a ele.- Vocês são irmãos, está do lado dele, eu não te culpo.Maria se levantou lentamente, olhando fixamente para ele com um olhar frio.- Mas, mesmo assim, eu nunca irei implorar a ele.As palavras
Maria abaixou os olhos e repassou em sua mente toda a sequência de eventos. Se Eduardo agiu tarde demais, foi por isso que não conseguiu suprimir a notícia, e ao perceber que Rodrigo se beneficiou com ela, ele devolveu o papel a Rodrigo para promover a série sob a bandeira do Grupo GK?No entanto, considerando a personalidade dominante de Eduardo, ele parecia realmente não se importar com esse pequeno benefício. Mas como ele explicaria devolver o papel para Rodrigo? Ela não acreditava que o homem fosse tão benevolente.E o responsável por iniciar essa notícia, poderia ser Viviane? Ela teria intencionalmente dado a informação de que Maria era “a Maria” para um repórter e mandado o repórter ficar de tocaia em frente à casa de sua avó?Mas isso não beneficiaria Viviane de forma alguma. Pelo contrário, sua identidade como presidente do Grupo GK seria exposta e ela não teria chance de se unir com a família Alves.Então, isso não poderia ter sido feito por ela.Ao analisar toda a situação, a
Neste momento, Viviane estava cuidadosamente alimentando Eduardo com canja. Coma aparição de Maria, as expressões faciais de ambos se tornaram sombrias.Maria desviou rapidamente o olhar do rosto frio de Eduardo e se dirigiu a Viviane com um sorriso irônico:- Minha irmã realmente prevê tudo, sabendo que eu estava procurando Rodrigo apenas para esclarecer esse incidente da notícia. Parece que minha irmã realmente confia em mim.- Claro, você é minha irmã mais velha.Viviane sorriu hipocritamente.Maria puxou o canto dos lábios friamente:- Os olhos da minha irmã são afiados demais. Eu e Rodrigo estávamos bem cobertos e mesmo assim minha irmã nos reconheceu. Ninguém acreditaria que estávamos sendo seguidos por você.A expressão de Viviane mudou um pouco, mas ela não pôde reagir na frente de Eduardo.Nesse momento, Eduardo riu friamente:- Já que você ousa se encontrar com esse gigolô nessa situação, por que ter medo de ser seguida? Que ridículo!Havia sarcasmo e raiva em sua voz.Soment
Viviane ficou surpresa e franziu a testa, olhando fixamente para ela:- O que você quer dizer com isso?- Você sabe muito bem que o Eduardo está gravemente ferido e não pode se abalar emocionalmente. No entanto, você deliberadamente disse essas palavras provocativas na frente dele. Você deseja que ele morra mais cedo?- Eu não quero.Viviane se apressou em se defender, olhando com urgência para Eduardo.- Dudu, não acredite nela, eu não estou tentando te provocar, eu só sinto pena de você.Eduardo parecia um pouco cansado e beliscou a testa, dizendo friamente:- Saia!Imediatamente, Viviane olhou para Maria com uma expressão orgulhosa:- Você ouviu, Dudu está mandando você sair.- Todos vocês, saiam!Um rugido baixo fez Viviane tremer, seu belo rosto ficou vermelho.Maria sorriu friamente para ela, puxou os lábios e se afastou com elegância. Assim que entrou em seu próprio quarto, os passos a seguiram até a porta.Ela se virou e um tapa foi desferido ferozmente em sua direção.Felizmen
Eduardo apoiava-se na cabeceira da cama, parecendo ainda pior do no dia anterior. Seu rosto estava mais abatido e seus lábios ainda mais ressecados, emanando uma sensação de fraqueza.Ela ficou parada na porta por um tempo, esperando ansiosamente ouvir a palavra "sai" vinda dele. No entanto, o homem simplesmente abaixou a cabeça e continuou lendo o jornal, criando uma atmosfera desconfortável e tensa.Ela pensou em sair silenciosamente por conta própria, mas isso parecia um tanto abrupto.Então, com os olhos abertos, ela disse casualmente:- Você parece estar em um estado melhor do que ontem, então não deve estar com grandes problemas, né?Somente depois disso, Eduardo ergueu os olhos para olhá-la:- Você veio tão cedo só para ver se eu ainda estava vivo, não é?Esperando ansiosamente que o homem a expulsasse, Maria o provocou de propósito:- Sim, é uma pena que o céu não ouça meus gritos internos e permita que você continue vivo.Os olhos de Eduardo se estreitaram friamente, seu maxil
- Alô, Patríatrô...Assim que cumprimentou, o celular foi tirado pelas mãos de Eduardo.Maria o encarou com raiva, mas ele não teve pressa em falar, esperando pacientemente Patríatrrterminar do outro lado da linha.Quando Patríatrdfinalmente ficou em silêncio, ele falou sem expressão.- Aqui é Eduardo, sua assistente está sendo interrogada por usar o nome do Grupo GK para se promover. Fique tranquila, vou designar um novo assistente para você durante esse período.Patríatroparecia surpresa, ficou em silêncio por um momento antes de responder com uma voz respeitosa e claramente excitada:- Presidente Alves, eu não esperava que fosse o senhor atendendo a ligação. Eu estava... eu...Eduardo desligou o telefone impaciente.Assim que ele desligou, Maria o encarou com raiva e disse:- O que você quer dizer com isso? Se você não me permite sair, tudo bem, mas agora você também quer interferir no meu trabalho? Com que direito você restringe minha liberdade?- Ainda somos casados, Maria. É por