Eduardo apoiava-se na cabeceira da cama, parecendo ainda pior do no dia anterior. Seu rosto estava mais abatido e seus lábios ainda mais ressecados, emanando uma sensação de fraqueza.Ela ficou parada na porta por um tempo, esperando ansiosamente ouvir a palavra "sai" vinda dele. No entanto, o homem simplesmente abaixou a cabeça e continuou lendo o jornal, criando uma atmosfera desconfortável e tensa.Ela pensou em sair silenciosamente por conta própria, mas isso parecia um tanto abrupto.Então, com os olhos abertos, ela disse casualmente:- Você parece estar em um estado melhor do que ontem, então não deve estar com grandes problemas, né?Somente depois disso, Eduardo ergueu os olhos para olhá-la:- Você veio tão cedo só para ver se eu ainda estava vivo, não é?Esperando ansiosamente que o homem a expulsasse, Maria o provocou de propósito:- Sim, é uma pena que o céu não ouça meus gritos internos e permita que você continue vivo.Os olhos de Eduardo se estreitaram friamente, seu maxil
- Alô, Patríatrô...Assim que cumprimentou, o celular foi tirado pelas mãos de Eduardo.Maria o encarou com raiva, mas ele não teve pressa em falar, esperando pacientemente Patríatrrterminar do outro lado da linha.Quando Patríatrdfinalmente ficou em silêncio, ele falou sem expressão.- Aqui é Eduardo, sua assistente está sendo interrogada por usar o nome do Grupo GK para se promover. Fique tranquila, vou designar um novo assistente para você durante esse período.Patríatroparecia surpresa, ficou em silêncio por um momento antes de responder com uma voz respeitosa e claramente excitada:- Presidente Alves, eu não esperava que fosse o senhor atendendo a ligação. Eu estava... eu...Eduardo desligou o telefone impaciente.Assim que ele desligou, Maria o encarou com raiva e disse:- O que você quer dizer com isso? Se você não me permite sair, tudo bem, mas agora você também quer interferir no meu trabalho? Com que direito você restringe minha liberdade?- Ainda somos casados, Maria. É por
A temperatura da mão dele estava terrivelmente quente, claramente não era a temperatura normal de uma pessoa.- Eduardo...Ela olhou cuidadosamente para o homem na cama e percebeu uma leve vermelhidão em suas bochechas.“Será que ele está com febre?”Pensando nisso, Maria tocou a testa dele com a outra mão.Assim que o fez, assustou-se e rapidamente retirou a mão.O que fazer? Eduardo estava realmente com febre e era uma febre alta.- Não me deixe, por favor...Não sabendo com quem ele estava confundindo-a, ele segurou firmemente a mão dela e repetiu a frase incessantemente.Provavelmente, ele estava confundindo-a com Teresa ou talvez com a mãe das duas crianças.Ela tentou puxar a mão de volta, mas Eduardo a segurou com força, não importava o quanto ela lutasse.Acidentalmente, ela avistou o celular dele na mesa de cabeceira.Ela pegou o celular, discou o número de Miguel e fez a ligação.Ninguém atendeu na primeira tentativa, então ela discou novamente.Era tarde da noite e ela não s
- O que você está fazendo?Exclamou ela, levantando a mão para empurrá-lo.As mulheres são naturalmente mais fracas que os homens. Mesmo doente como ele estava naquele momento, ela não conseguiu movê-lo nem um pouco.Eduardo a prendeu debaixo dele, seus olhos escuros e sombrios fixaram nela. Sua expressão de concentração deixou Maria apreensiva e assustada.- Não me deixe de novo, tudo bem? Sua voz rouca soou com um toque de tristeza e impotência.Maria olhou surpresa para ele, pois nunca o viu tão frágil antes. Estaria ele pensando em Teresa e a confundindo com ela?Enquanto pensava nisso, uma respiração quente e intensa a atingiu. Eduardo a beijou loucamente, com um misto de desejo ardente e... punição.Maria só pensava que ele a confundiu com Teresa, o que a deixa revoltada. Ela lutou desesperadamente, gritando alto:- Eduardo, olhe bem, eu não sou Teresa, sou Maria!No entanto, ele continuava beijando-a como se não tivesse ouvido nada, como uma criança obstinada.Os olhos de Maria
Esta foi a primeira vez que ela abandonou a fachada de força e chorou em questionamento diante dele. Ela chorava como uma criança injustiçada.- Por que você está me tratando assim? O que fiz de errado? Desde que eu era pequena, afinal, o que fiz de errado?Mas ela não era Teresa, mesmo chorando com tanta tristeza, não conseguiu despertar nem um pouco de ternura no homem diante dela. Aos olhos dele, as lágrimas dela eram apenas uma ferramenta para obter compaixão.Realmente, a expressão fria e sombria dele não se alterou nem um pouco, e até seus olhos continham gelo.Maria olhou para o semblante indiferente e frio do homem, de repente percebeu que suas lágrimas eram uma piada para ele. Ela podia chorar na frente de qualquer pessoa, exceto desse homem. Porque ele era mais duro com ela do que com qualquer outra pessoa, ele nunca acreditaria em suas lágrimas.Ela sorriu de repente, com o rosto cheio de lágrimas:- Eu quase esqueci, você nunca acredita em minhas lágrimas. Parece que fingir
- Ontem, investiguei de acordo com suas informações e descobri que há realmente uma estrada perto da mansão da senhora idosa que leva a uma vila chamada 'Vila da Família Lemes'. E nessa vila, há uma garota chamada Sofia que faleceu há dez anos. De acordo com minhas fontes, essa Sofia era realmente a irmã de Rodrigo.Olhando cuidadosamente para o rosto dela e perguntando curioso:- É estranho, a foto de Sofia na lápide se parece um pouco com você, ambas são magras.Maria franziu a testa. Será que tudo que Rodrigo disse era verdade? Ela acusou Rodrigo injustamente?Mas se esse incidente da notícia não foi orquestrado por Rodrigo, então quem poderia ser? Além de Viviane e Rodrigo, ela não conseguia pensar em uma terceira pessoa.Ela olhou para Fernando e perguntou:- Além do que pedi para você investigar, o que mais descobriu sobre esse incidente da notícia?- Fui procurar o jornal que foi o primeiro a publicar a notícia, e eles insistem que você mesma se apresentou como a presidente do G
- Ah, parece que cheguei na hora errada.Os pensamentos inconfessáveis pareciam ter sido descobertos, e Eduardo imediatamente empurrou a mulher na frente dele.Maria estava ocupada aplicando um remédio nele, concentrada em sua tarefa. Mas ao ser empurrada dessa forma, ela caiu desajeitadamente na cama, e ficou completamente confusa.Miguel, que estava parado na porta, viu a cena e apenas sorriu sem dizer nada.Eduardo ficou ainda mais irritado com o sorriso dele e não conseguiu se conter.- Você não sabe bater na porta antes de entrar?Miguel segurava sua maleta de remédios com uma mão e a outra no bolso, entrando de forma pomposa.- Sua porta não estava trancada, então bater seria desnecessário.Eduardo olhou furioso para ele.- Quem te chamou? Eu não te chamei hoje.- Foi ela quem me chamou.Miguel disse enquanto apontava com a boca para Maria, que estava se levantando da cama.- Ela me ligou ontem à noite dizendo que você estava com febre alta e precisava de ajuda urgente. Eu não pu
- Você desceu na hora certa. Preparei um prato de massa de trigo para você. Pode comer no quarto ou na sala de jantar, como preferir.Miguel piscou os olhos e sorriu:- Prefiro comer no quarto.- Tudo bem então, tome aqui, leve você mesmo.Maria entregou a massa de trigo a ele e saiu sem olhar para trás.Mas Miguel de repente a chamou:- Na verdade, tenho uma pergunta para te fazer.Maria olhou para ele:- O que é?- Você não odeia o Dudu? Ontem à noite, ele teve uma infecção no ferimento e começou a ter febre. Você não precisava se importar com ele e deixá-lo se virar sozinho. Seria melhor, então por que você...- Se ele morrer, como vou provar minha inocência para ele? Como vou fazê-lo ajoelhar-se diante de mim e se arrepender? Como vou fazê-lo implorar para que eu aceite o seu tratamento?Maria falou com uma expressão fria, como se seu coração já estivesse morto há muito tempo.Miguel olhou impotente para ela:- Tem certeza de que tem tempo suficiente para fazer todas essas coisas?