O sangue tinha uma cor preto-avermelhada, o que causoudeu um susto em vovó Diana. Ela perguntou a Miguel, apressadamente: - Como está a situação?Miguel franzia a testa com uma expressão séria: - A situação é complicada.Vovó Diana desmaiou, caindo no chão. Fernando agiu rapidamente e a segurou. Vovó Diana, tentando manter a consciência, amaldiçoou: - Eu sabia, aquela mulher não tinha boas intenções. Essas frutas são falsas, falsas... Meu Duba, tudo é culpa deles...Miguel, que não dormia há dias e noites, com barba por fazer e um rosto exausto, ficou irritado ao ouvir vovó Diana chorar e amaldiçoarxingar. Enquanto examinava Eduardo, disse a Fernando: - Leve a avó para fora, eu te chamarei se precisar de algo.Fernando assentiu e rapidamente ajudou vovó Diana a sair.Ao abrir a porta, eles viram Viviane espreitando, parecendo uma ladra. Ao vê-la, vovó Diana ficou ainda mais irritada e gritou: - Quem deixou você subir aqui? - Eu... Só vim ver o Duba.- Vá embora, você não pod
Ela se assustou, abrindo a boca instintivamente para gritar, mas não conseguiu emitir som algum.O que era ainda mais assustador era que ela descobriu que não conseguia se mover de jeito nenhum.“O que estava acontecendo?”Olhava para a sombra ao lado da cama, temerosa, tentando mover os dedos com esforço.Mas parecia que todo o seu corpo estava preso por uma força misteriosa, ela simplesmente não conseguia se mover.De repente, a sombra se inclinou lentamente.Maria não podia ver seu rosto claramente, mas sentia distintamente sua respiração fria em seu rosto.“Mariinha...”A sombra falou de repente, com um tom suave, mas parecia a voz de Eduardo.Ela estremeceu no fundo do coração. “Essa era a sombra de Eduardo?”Mas Eduardo nunca a chamou de “Mariinha” com um tom tão gentil.Ela queria perguntar se era ele, mas por mais que tentasse gritar, não saía nada.Estava completamente imobilizada, não podia fazer nada, apenas observava a sombra com medo e confusão.A sombra parecia não ter m
Fernando franziu a testa com desgosto:- Você é uma figura importante na Cidade C, deveria ao menos manter uma aparência decente enquanto come.- Há dias e noites que não como direito, estou quase morrendo de fome; que diferença faz como eu como agora? - Retrucou Miguel, sem tirar os olhos do prato de macarrão que segurava, com um suspiro. - E esse aí, não é seu segundo prato? Além disso, uma porção tão grande.Fernando, sem desejar discutir, se sentou à sua frente e perguntou, confuso:- Por que você falou daquela maneira com a Srta. Maria agora há pouco? Ela já estava preocupada com o Presidente Alves, e com o que você disse, certamente ficará ainda mais ansiosa.- Esqueça, se ela realmente estivesse preocupada com Duba, não teria saído às pressas. Ela passou a noite aqui, mas acho que foi só para manter as aparências. Você não viu, mas assim que amanheceu, ela saiu correndo, enquanto o pobre Duba, inconsciente, ainda a chamava pelo seu nome. Na minha opinião, essa mulher não tem cor
Ela ficou surpresa. Quem estaria na cozinha dela?Helena? Cláudio?Mas Cláudio não deveria estar de volta ainda?E Helena já havia devolvido a ela as chaves da casa.Com o coração cheio de dúvidas, caminhou em direção à cozinha.Durante o dia, não tinha medo que o intruso fosse um ladrão ou algum outro tipo de malfeitor.Ao chegar à porta da cozinha, olhou diretamente para dentro e viu Cláudio com um avental.- Você...Ao ver Cláudio, sempre se lembrava da imagem dele partindo naquele dia.Era uma lembrança especialmente desoladora e marcante, triste de recordar.Cláudio estava cozinhando e, ao ouvir sua voz, se virou para olhar Maria, com um rosto bonito e um sorriso suave e caloroso.Maria observava-o atentamente.Ele parecia ter recuperado sua gentileza habitual, como se aquele dia tivesse sido apenas uma ilusão em sua memória.Ela caminhou lentamente em sua direção:- Você voltou.- Eu liguei para você ontem, e você não atendeu. Liguei várias vezes e continuei sem resposta, então
- Não há nada para explicar, deixe assim - Falou Cláudio, sem olhar para trás, com extrema leveza.Maria sempre teve a impressão de que ele agia por birra, mas com quem, ela não tinha certeza.Ela soltou a colher,se levantou e deu dois passos em sua direção, dizendo:- Acho necessário esclarecer isso com a vovó, afinal, vocês são uma família e não deveriam ter mal-entendidos.Uma família?Cláudio riu suavemente, sem dizer nada, achando engraçado o termo "uma família" naquela frase.Maria, em silêncio, analisou a situação e disse:- Alguém certamente pegou seu celular e enviou aquela mensagem para a vovó se passando por você. Quem seria essa pessoa, que tem algo contra você e conseguiu pegar seu celular com tanta facilidade?- Chega! - Cláudio, de repente, falou em um tom baixo.Surpresa, Maria perguntou:- O que houve?Cláudio se virou para olhá-la, com o rosto inexpressivo:- Deixe o assunto para lá, não quero mais falar sobre isso.Maria assentiu, apertando os lábios, sem dizer mais
Eduardo franziu a testa, se ergueu repentinamente, mas, devido à fraqueza em seu corpo, caiu pesadamente de volta, arrancando sem querer a agulha de sua mão. Fernando rapidamente o segurou, lançando um olhar impotente para vovó Diana. Vovó Diana, furiosa, batia na bengala: - Meu querido neto, um dia será morto por aquela desgraçada. Eduardo agarrou a mão de Fernando e, com a voz tensa, perguntou: - Como está Maria, afinal? Naquele dia, ele usou toda a sua força, carregando Maria nas costas até o limite do resort. Só quando viu Cláudio, ele desabou, completamente exausto. Ao acordar, já estava de volta à Mansão dos Alves, mas sem saber nada sobre Maria. Seu coração estava em pânico, confuso. Durante o coma, teve muitos sonhos, todos sobre aquela mulher. Sonhou com ela jovem, alegre e vivaz. Sonhou com ela adulta, cheia de preocupações. Depois, sonhou com ela sendo maltratada e gritando na prisão. Por fim, no sonho, surgiu um grande incêndio incessante. Ela
Eduardo, de repente, se lembrou da cena na caverna, se recordando de como ela usou as videiras para puxá-lo para cima. Se ela não se importasse, poderia ter ido embora sozinha. Mas por que voltou para salvá-lo, arriscando a própria vida? Será que não era porque se importava com ele? Ela também havia dito acreditar que ele não era o causador do grande incêndio anos atrás. Finalmente, estava disposta a acreditar nele. Pensando nisso, ele não conseguiu evitar um sorriso nos lábios. A angústia que sentiu nos últimos dias desapareceu instantaneamente. Agora, tudo o que queria era vê-la, ansiava muito por isso.Observando o sorriso repentino nos lábios de Eduardo, Miguel sacudiu a cabeça em desaprovação e disse a Fernando: - O Presidente está delirando. Ele imagina que Maria se importa com ele, que ela gosta dele, que ela o ama.Fernando assentiu com a cabeça seriamente, concordando.Miguel balançou a cabeça e suspirou. - Embora o delírio não seja bom, vê-lo tão feliz assim nos faz
- Nos últimos dias, estive ocupado tentando salvar você e não prestei atenção à situação da família Almeida. Porém, há dois dias, enquanto folheava o jornal, vi acidentalmente uma notícia dizendo que Bruna foi novamente para o exterior. Apenas dei uma olhada rápida, não li em detalhes.- Ir para o exterior? - Eduardo deu um sorriso frio. - Ela acha que, fugindo para o exterior, poderá escapar?Nos olhos do homem brilhava um vislumbre de crueldade sanguinária, assustando as outras duas pessoas na sala....- Mariinha, você viu o jornal de hoje?Naquela manhã, Maria estava aplicando medicamento em seu tornozelo ferido quando Helena entrou repentinamente com um jornal.Para facilitar a entrada de Cláudio a qualquer momento, ela não havia trancado a porta principal.Com um olhar surpreso, Helena correu até ela e abriu o jornal diante de seus olhos.Maria estava curiosa; nada de importante havia acontecido recentemente no mundo do entretenimento.Curiosa, ela baixou os olhos para ler."Pres