Bruna soltou uma risada sinistra e, de repente, tirou uma faca do bolso:- Eu quero que você desapareça!Maria empalideceu na hora, mas tentou manter a calma:- Se você me matar, não vai conseguir escapar.- Estamos num lugar deserto, e você está além da linha de fronteira. Mesmo que encontrem seu corpo, vão pensar que foi um acidente, como... Cair deste penhasco. - Bruna sorriu triunfante.O coração de Maria disparou.Se não fosse seu pé machucado, ou se essa mulher não tivesse uma faca, talvez pudesse lutar.Mas agora, a mulher não só tinha uma faca, como também era mais forte que ela. Maria estava em clara desvantagem.Tensa, ela avaliava a situação, pensando em como fugir.Atrás dela, a floresta profunda escondia perigos sob a bela paisagem nevada.Sua única opção era correr para frente, tentando passar por Bruna e chegar à área VIP das termas.Se chegasse lá, Bruna não se atreveria a fazer nada.Maria respirou fundo e, de repente, jogou um punhado de neve no rosto de Bruna.Aprov
Ela arregalou os olhos, espantada, ao observar o corpo daquele homem rolando morro abaixo rapidamente.Ele estava disposto a sacrificar até mesmo sua própria vida para salvar aquela mulher desafortunada.Eduardo amava tanto aquela mulher que ela se tornou uma palhaça, pensando unilateralmente que aquele homem tinha sido apenas enganado por ela.Mas não era assim.Ele realmente amava aquela mulher, a amava com sua própria vida.Ela ria tola e incessantemente, até que, de repente, percebendo a gravidade da situação, jogou a faca e correu na direção em que os dois haviam desaparecido, murmurando para si mesma:- Não é minha culpa, foram vocês que rolaram, foram vocês que foram descuidados, o problema é de vocês, são vocês que...Ela murmurava ininterruptamente, tremendo enquanto corria rapidamente em direção à área do resort.Só depois que Bruna foi embora, Michael finalmente soltou Helena.Helena parecia ter perdido as forças, caindo sentada no chão, olhando para o lugar onde Maria rolar
- Essa encosta de neve é realmente longa; quando uma pessoa rola para baixo, desaparece num instante. Não se sabe se aqueles dois ainda têm vida.- É difícil dizer! - Jacarias falou com um tom casual e despreocupado.Michael riu levemente:- Parece que o Sr. Jacarias não deseja realmente a morte deles. Afinal, se morrerem, nosso jogo de vingança não será tão divertido, não é?Helena, chocada, se encolhia num canto.Por que Jacarias também queria se vingar de Eduardo e Mariinha? Que rancor ele tinha contra Eduardo e Mariinha?Além disso, a viagem às termas foi organizada por Jacarias. Será que o verdadeiro propósito era se vingar de Eduardo e Mariinha?Eles acabaram de falar sobre algum tipo de teste. O que significava isso?Pelo diálogo deles, parecia que Jacarias queria testar a profundidade dos sentimentos de Eduardo por Mariinha.Mas qual era a intenção desse teste?Jacarias, com as mãos nos bolsos, riu levemente:- Cada um tem seu destino. Se eles tiverem sorte, certamente não m
- Essas duas pessoas, devemos mandar alguém para slas salvá-las?Jacarias olhou para a encosta nevada e disse desinteressadamente:- Não precisa. Se eles morrerem, mandar alguém para los salvá-los é inútil e ainda expõe nossa verdadeira identidade. Se estiverem vivos, os deixe sozinhos por alguns dias, para fortalecerem seus sentimentos.- Fortalecer sentimentos?Michael riu:- Sr. Jacarias, desde quando você virou um Cupido? Você não tem rixa com eles? Como pode ser tão bondoso em promoverajudar o relacionamento deles?Jacarias sacudiu a cinza do cigarro, com um tom disperso:- Eu tenho meus planos. Quanto mais profundo for o amor deles, mais interessante será este jogo de vingança.Michael, sem entender, olhou para a silhueta dele se afastando, murmurando com desdém:- Espertalhão!Helena estava chocada demais para reagir, ainda sentada sem forças na neve.Michael, irritado, a levantou e advertiu friamente:- Você ouviu o que o Sr. Jacarias disse agora há pouco. Se você ousar falar u
“Deixa pra lá, desde que a encontrei está tudo bem, o resto a gente resolve aos poucos.”Pensando assim, ele se deitou de costas, sentindo uma dor aguda em todo o corpo.Quando Helena acordou, já estava na mansão, cercada por muitas pessoas.Fernando perguntava ansiosamente:- Onde está o nosso Presidente Alves? Você viu o nosso Presidente Alves?Vovó Diana também se aproximou, com um olhar severo, e gritou para ela:- Aquela desgraçada da Maria levou meu neto para onde? Fale logo, fale!Enquanto falava, vovó Diana agitava os ombros de Helena.Helena, que havia acabado de acordar e ainda estava fraca, quase desmaiou novamente com o sacudir.Felizmente, Cláudio interveio rapidamente para impedir vovó Diana:- A deixe descansar um pouco, depois perguntamos.- Já se passou um dia inteiro, o telefone não atende, e ainda está nevando lá fora, como você quer que eu espere?Helena olhou chocada para fora da janela:- Está nevando de novo?Cláudio respondeu:- Está nevando há algumas horas, ag
- Presidente Alves? - Helena parecia confusa. - Eu não sei, não o vi. Será que ele desceu a montanha com Bruna?- Impossível! - Vovó Diana negou categoricamente. - Meu neto não tem nenhum interesse na Bruna. Ele não iria descer a montanha com ela.Helena balançou a cabeça:- Então eu não sei. Fui nocauteada pela Bruna e não sei de mais nada. Mariinha...Ela olhou para Cláudio, chorando apressadamente:- Sr. Cláudio, você tem que salvar Mariinha. Estávamos fazendo um boneco de neve naquele lugar, então ela deve estar por perto. Você tem que mandar alguém para salvá-la.Jacarias, com um cigarro nos lábios, observava o rosto angustiado de Helena, com um sorriso sutil nos lábios.Fernando não conseguiu se segurar e disse:- Nós já procuramos por toda a área e não encontramos a Srta. Maria. Além disso, a nevasca estava muito forte, não dava para ver nada. Se não fosse pela cor chamativa da sua roupa, você provavelmente estaria congelada na neve agora.Helena sentiu outra onda de dor no cora
Sempre que encontrava o olhar agudo e implacável de Jacarias, ela desviava os olhos rapidamente, tremendo incontrolavelmente. Cláudio observava atentamente suas expressões e olhares, fixando o olhar em Jacarias e apertando a mão ao seu lado com força.Lá fora, a nevasca era intensa, e grandes flocos de neve, como penas de ganso, eram levados pelo vento frio para dentro da caverna. Eduardo levou Maria para dentro da caverna, se sentou encostado na parede de pedra, colocando Maria em seu colo e a abraçando firmemente por trás.A caverna era grande, e havia uma pequena lagoa perto da parede do lado oposto, rodeada por muitas flores desconhecidas. Entre as flores baixas, várias pequenas esferas vermelhas pareciam frutas comestíveis. Felizmente, não havia animais selvagens naquela estação, e a caverna estava relativamente limpa.Eduardo olhava fixamente para os flocos de neve voando na entrada da caverna, segurando firmemente a mão pequena dela. Não se sabia quando a tempestade de neve
Um som de louças quebrando ecoou pelo quarto, e Jacarias olhava furiosamente para o homem à sua frente. Sempre inexpressivo em suas emoções, ele só perdia o controle na presença daquele homem.- Repita o que você acabou de dizer! - Ele rosnou, com os dentes cerrados, sua fúria tão palpável que parecia prestes a dar um soco a qualquer momento.Cláudio olhou para ele indiferentemente, sua voz ainda mais fria que seu olhar:- Se algo acontecer a Eduardo e Maria, eu não vou te perdoar.- Não vai me perdoar? - Jacarias riu, se aproximando e agarrando o colarinho de Cláudio, seu riso era frio e sarcástico. - Não esqueça, quem te ajudou a se estabelecer na Cidade R? Sem mim, você já estaria morto há muito tempo!Cláudio olhou para ele, uma tristeza profunda em seus olhos. Ele sorriu levemente:- Você disse que queria se vingar, que queria desabafar sobre o passado, mas você nunca disse que iria tirar suas vidas. Você acha que essa vingança ainda faz sentido? Com eles mortos, você acha que v