“Deixa pra lá, desde que a encontrei está tudo bem, o resto a gente resolve aos poucos.”Pensando assim, ele se deitou de costas, sentindo uma dor aguda em todo o corpo.Quando Helena acordou, já estava na mansão, cercada por muitas pessoas.Fernando perguntava ansiosamente:- Onde está o nosso Presidente Alves? Você viu o nosso Presidente Alves?Vovó Diana também se aproximou, com um olhar severo, e gritou para ela:- Aquela desgraçada da Maria levou meu neto para onde? Fale logo, fale!Enquanto falava, vovó Diana agitava os ombros de Helena.Helena, que havia acabado de acordar e ainda estava fraca, quase desmaiou novamente com o sacudir.Felizmente, Cláudio interveio rapidamente para impedir vovó Diana:- A deixe descansar um pouco, depois perguntamos.- Já se passou um dia inteiro, o telefone não atende, e ainda está nevando lá fora, como você quer que eu espere?Helena olhou chocada para fora da janela:- Está nevando de novo?Cláudio respondeu:- Está nevando há algumas horas, ag
- Presidente Alves? - Helena parecia confusa. - Eu não sei, não o vi. Será que ele desceu a montanha com Bruna?- Impossível! - Vovó Diana negou categoricamente. - Meu neto não tem nenhum interesse na Bruna. Ele não iria descer a montanha com ela.Helena balançou a cabeça:- Então eu não sei. Fui nocauteada pela Bruna e não sei de mais nada. Mariinha...Ela olhou para Cláudio, chorando apressadamente:- Sr. Cláudio, você tem que salvar Mariinha. Estávamos fazendo um boneco de neve naquele lugar, então ela deve estar por perto. Você tem que mandar alguém para salvá-la.Jacarias, com um cigarro nos lábios, observava o rosto angustiado de Helena, com um sorriso sutil nos lábios.Fernando não conseguiu se segurar e disse:- Nós já procuramos por toda a área e não encontramos a Srta. Maria. Além disso, a nevasca estava muito forte, não dava para ver nada. Se não fosse pela cor chamativa da sua roupa, você provavelmente estaria congelada na neve agora.Helena sentiu outra onda de dor no cora
Sempre que encontrava o olhar agudo e implacável de Jacarias, ela desviava os olhos rapidamente, tremendo incontrolavelmente. Cláudio observava atentamente suas expressões e olhares, fixando o olhar em Jacarias e apertando a mão ao seu lado com força.Lá fora, a nevasca era intensa, e grandes flocos de neve, como penas de ganso, eram levados pelo vento frio para dentro da caverna. Eduardo levou Maria para dentro da caverna, se sentou encostado na parede de pedra, colocando Maria em seu colo e a abraçando firmemente por trás.A caverna era grande, e havia uma pequena lagoa perto da parede do lado oposto, rodeada por muitas flores desconhecidas. Entre as flores baixas, várias pequenas esferas vermelhas pareciam frutas comestíveis. Felizmente, não havia animais selvagens naquela estação, e a caverna estava relativamente limpa.Eduardo olhava fixamente para os flocos de neve voando na entrada da caverna, segurando firmemente a mão pequena dela. Não se sabia quando a tempestade de neve
Um som de louças quebrando ecoou pelo quarto, e Jacarias olhava furiosamente para o homem à sua frente. Sempre inexpressivo em suas emoções, ele só perdia o controle na presença daquele homem.- Repita o que você acabou de dizer! - Ele rosnou, com os dentes cerrados, sua fúria tão palpável que parecia prestes a dar um soco a qualquer momento.Cláudio olhou para ele indiferentemente, sua voz ainda mais fria que seu olhar:- Se algo acontecer a Eduardo e Maria, eu não vou te perdoar.- Não vai me perdoar? - Jacarias riu, se aproximando e agarrando o colarinho de Cláudio, seu riso era frio e sarcástico. - Não esqueça, quem te ajudou a se estabelecer na Cidade R? Sem mim, você já estaria morto há muito tempo!Cláudio olhou para ele, uma tristeza profunda em seus olhos. Ele sorriu levemente:- Você disse que queria se vingar, que queria desabafar sobre o passado, mas você nunca disse que iria tirar suas vidas. Você acha que essa vingança ainda faz sentido? Com eles mortos, você acha que v
- Você quer que eu saia agora para procurar? - Perguntou Cláudio.Vovó Diana de repente ficou em silêncio, apenas olhando para o homem à sua frente com lágrimas nos olhos.Cláudio sorriu novamente, um sorriso cada vez mais triste:- Você já pensou que, se eu for agora, há uma grande chance de eu não voltar?- Eu, eu... - Vovó Diana de repente cobriu o rosto com suas mãos envelhecidas, chorando de dor. - Eu também estou desesperada, Duba cresceu com tanta dificuldade, eu realmente tenho medo, medo de que algo ruim aconteça com ele.Isabela, sentada no sofá, de repente ficou inquieta.- Vovó Diana, está nevando lá fora, uma tempestade de neve! Você não sente isso aqui dentro, mas tente ir para além das fronteiras da floresta, acredita que em minutos você pode congelar até a morte? Além disso, é noite agora, está escuro lá fora, como você espera que o Cláudio saia para procurar? E a vida do Eduardo é mais valiosa do que a do Cláudio?- Não é isso que eu quis dizer. - Vovó Diana rapidament
Ela sentia os pelos do corpo arrepiados, tensa da cabeça aos pés, com medo de se mover.A escuridão à sua frente era quase total, apenas os flocos de neve caindo pela abertura acima eram visíveis.O ar estava gelado, mas metade do seu corpo estava pressionado contra algo ardente.Esse calor era tão intenso que só poderia ser sentido com a pele tocando outra pele.Pele com pele?De repente, ao pensar nisso, um calafrio percorreu sua cabeça e sua mente ficou em branco.Com as mãos trêmulas, ela se tocou.Incapaz de controlar o medo, ela gritou e tentou se levantar apressadamente, mas a dor em seu corpo a fez respirar fundo o ar frio.- Se não quiser congelar, fique deitada quietinha. - Disse uma voz familiar ao seu lado.Então, ela foi puxada de volta para aquele abraço ardente.O contraste entre o frio e o calor a fez tremer incontrolavelmente.Mas ao ouvir aquela voz familiar, o medo em seu coração se dissipou um pouco.Ela abraçou seu peito, tremendo, e perguntou: - Eduardo?- Silênc
- O que foi? - Maria perguntou. - O homem demorou um pouco para responder de forma preguiçosa, e Maria chegou a pensar que ele tinha adormecido.- Onde estamos? Por que você também está aqui? - Ela questionou.- Estamos numa caverna, e eu estou aqui para te salvar, - O homem respondeu sem hesitar.Maria ainda estava confusa:- Eu... Não fui forçada pela Bruna a rolar encosta abaixo na neve? E você...?- Eu vi tudo, mas já era tarde demais para te salvar, então decidi pular no mesmo lugar por onde você rolou. Felizmente, caímos no mesmo local, porque, com esta vasta floresta e a tempestade de neve, seria difícil te encontrar.O homem falou de maneira calma, mas Maria ficou chocada e sem palavras. Seu coração, antes tranquilo, agora estava agitado pelas palavras dele.Ele disse que pulou encosta abaixo para salvá-la.Será que ele havia pensado naquele momento que o salto poderia ser fatal?Por que a ideia dele salvá-la parecia tão absurda, mas, naquela situação, ela não podia deixar de
- Você não é a assassina da minha avó. - Ele repetiu, com uma mistura de determinação e remorso.Maria sorriu de forma confusa :- Como assim eu não sou? Não foi você quem me acusou desse crime? Não foi você quem segurou minha mão e me forçou a assinar aquela confissão? Você esqueceu? Eduardo, você não estaria tentando enganar meus sentimentos novamente, dizendo essas coisas de propósito, estaria?- Não. - Eduardo murmurou baixinho. - Eu ouvi a conversa entre a vovó e a Viviane. A verdadeira criminosa que feriu a vovó é a Viviane.Ao ouvir isso, Maria sentiu um choque, mas o que prevaleceu foi o autodesprezo e a tristeza, sem nenhum sinal de felicidade.- Eduardo, eu gritei até perder a voz dizendo que não tinha ferido a vovó. Eu até me ajoelhei diante de você pedindo que acreditasse em mim, mas você não acreditou. Você sempre me viu como uma mulher extremamente malvada. Naquela época, se você tivesse acreditado em mim, talvez não me tivesse mandado para a prisão, e nosso filho não ter