- Comida. - Helena falou, abrindo a bolsa para mostrar seu conteúdo.Dentro havia pão, leite e alguns petiscos.Maria riu:- Parece que estamos nos preparando para um piquenique.- Como saímos cedo, certamente ficaremos com fome, então levar algo para comer é sempre uma boa ideia. - Helena comentou de forma descompromissada, sem mostrar nenhuma expressão fora do comum.Ao descerem, dos bêbados da noite anterior, apenas Fernando continuava dormindo profundamente na cadeira, enquanto os outros já haviam desaparecido, provavelmente acordaram no meio da noite e voltaram para os seus quartos.Maria, se apoiando em sua bengala, caminhou em direção à porta com Helena.O piso era de azulejos e a bengala ecoava com um som particularmente alto, mas Fernando não mostrou nenhuma reação.Ao sair, Maria pediu a Helena que fechasse a porta para evitar a entrada do ar frio.A alvorada já se anunciava, tornando visíveis os objetos ao redor.Helena se dirigiu rapidamente à entrada do pátio e observou a
O topo da montanha estava coberto de neve branca, tão bela que parecia uma pintura. Maria se apoiou no poste de concreto, olhando fixamente para a frente, sem querer piscar. Já amanhecendo, o céu refletido pela neve parecia especialmente azul. Uma brisa fresca soprava, e Maria respirou fundo, sentindo o ar incrivelmente puro. A beleza diante de seus olhos já justificava a viagem.Helena rapidamente pegou seu celular e tirou várias fotos da paisagem nevada. Após admirar as fotos, ela disse a Maria:- Eu te disse que a paisagem nevada nas montanhas era linda. Agora você acredita, não é?Maria concordou, continuando a fixar o olhar na paisagem nevada, alternando entre os picos distantes e as grandes árvores próximas, sem se cansar.Helena estava ocupada tirando fotos quando seu celular tocou, indicando uma mensagem recebida. Seu rosto mudou ligeiramente e ela lançou um olhar instintivo para Maria, que permanecia absorta na beleza ao redorEla mordeu o lábio, leu a mensagem rapidamente
- Hel?Ela chamava enquanto andava, avançando lentamente devido à espessa camada de neve.Atrás da grande árvore, Helena estava presa nos braços de um homem alto, com a boca firmemente coberta por ele.Ela balançava a cabeça vigorosamente, uma expressão de urgência em sua testa.- Hel...O chamado se aproximava lentamente, e ela levantou os olhos para o queixo frio do homem, com um lampejo de súplica em seu olhar.A um pouco mais de um metro da grande árvore, Maria de repente se lembrou do aviso de Eduardo e do comportamento estranho de Helena na noite anterior.Ela apertou as mãos, hesitante.- Hel, você está brincando de esconde-esconde comigo?Ela perguntou, mas não obteve resposta.Seus olhos se aprofundaram, e ela elevou a voz: - Se você não sair agora, eu vou embora, viu?Silêncio, um silêncio mortal.Tudo que ela podia ouvir era o som dos flocos de neve caindo das árvores.A situação estava ficando cada vez mais estranha, e ela não ousava mais avançar.Justo quando estava prest
Bruna soltou uma risada sinistra e, de repente, tirou uma faca do bolso:- Eu quero que você desapareça!Maria empalideceu na hora, mas tentou manter a calma:- Se você me matar, não vai conseguir escapar.- Estamos num lugar deserto, e você está além da linha de fronteira. Mesmo que encontrem seu corpo, vão pensar que foi um acidente, como... Cair deste penhasco. - Bruna sorriu triunfante.O coração de Maria disparou.Se não fosse seu pé machucado, ou se essa mulher não tivesse uma faca, talvez pudesse lutar.Mas agora, a mulher não só tinha uma faca, como também era mais forte que ela. Maria estava em clara desvantagem.Tensa, ela avaliava a situação, pensando em como fugir.Atrás dela, a floresta profunda escondia perigos sob a bela paisagem nevada.Sua única opção era correr para frente, tentando passar por Bruna e chegar à área VIP das termas.Se chegasse lá, Bruna não se atreveria a fazer nada.Maria respirou fundo e, de repente, jogou um punhado de neve no rosto de Bruna.Aprov
Ela arregalou os olhos, espantada, ao observar o corpo daquele homem rolando morro abaixo rapidamente.Ele estava disposto a sacrificar até mesmo sua própria vida para salvar aquela mulher desafortunada.Eduardo amava tanto aquela mulher que ela se tornou uma palhaça, pensando unilateralmente que aquele homem tinha sido apenas enganado por ela.Mas não era assim.Ele realmente amava aquela mulher, a amava com sua própria vida.Ela ria tola e incessantemente, até que, de repente, percebendo a gravidade da situação, jogou a faca e correu na direção em que os dois haviam desaparecido, murmurando para si mesma:- Não é minha culpa, foram vocês que rolaram, foram vocês que foram descuidados, o problema é de vocês, são vocês que...Ela murmurava ininterruptamente, tremendo enquanto corria rapidamente em direção à área do resort.Só depois que Bruna foi embora, Michael finalmente soltou Helena.Helena parecia ter perdido as forças, caindo sentada no chão, olhando para o lugar onde Maria rolar
- Essa encosta de neve é realmente longa; quando uma pessoa rola para baixo, desaparece num instante. Não se sabe se aqueles dois ainda têm vida.- É difícil dizer! - Jacarias falou com um tom casual e despreocupado.Michael riu levemente:- Parece que o Sr. Jacarias não deseja realmente a morte deles. Afinal, se morrerem, nosso jogo de vingança não será tão divertido, não é?Helena, chocada, se encolhia num canto.Por que Jacarias também queria se vingar de Eduardo e Mariinha? Que rancor ele tinha contra Eduardo e Mariinha?Além disso, a viagem às termas foi organizada por Jacarias. Será que o verdadeiro propósito era se vingar de Eduardo e Mariinha?Eles acabaram de falar sobre algum tipo de teste. O que significava isso?Pelo diálogo deles, parecia que Jacarias queria testar a profundidade dos sentimentos de Eduardo por Mariinha.Mas qual era a intenção desse teste?Jacarias, com as mãos nos bolsos, riu levemente:- Cada um tem seu destino. Se eles tiverem sorte, certamente não m
- Essas duas pessoas, devemos mandar alguém para slas salvá-las?Jacarias olhou para a encosta nevada e disse desinteressadamente:- Não precisa. Se eles morrerem, mandar alguém para los salvá-los é inútil e ainda expõe nossa verdadeira identidade. Se estiverem vivos, os deixe sozinhos por alguns dias, para fortalecerem seus sentimentos.- Fortalecer sentimentos?Michael riu:- Sr. Jacarias, desde quando você virou um Cupido? Você não tem rixa com eles? Como pode ser tão bondoso em promoverajudar o relacionamento deles?Jacarias sacudiu a cinza do cigarro, com um tom disperso:- Eu tenho meus planos. Quanto mais profundo for o amor deles, mais interessante será este jogo de vingança.Michael, sem entender, olhou para a silhueta dele se afastando, murmurando com desdém:- Espertalhão!Helena estava chocada demais para reagir, ainda sentada sem forças na neve.Michael, irritado, a levantou e advertiu friamente:- Você ouviu o que o Sr. Jacarias disse agora há pouco. Se você ousar falar u
“Deixa pra lá, desde que a encontrei está tudo bem, o resto a gente resolve aos poucos.”Pensando assim, ele se deitou de costas, sentindo uma dor aguda em todo o corpo.Quando Helena acordou, já estava na mansão, cercada por muitas pessoas.Fernando perguntava ansiosamente:- Onde está o nosso Presidente Alves? Você viu o nosso Presidente Alves?Vovó Diana também se aproximou, com um olhar severo, e gritou para ela:- Aquela desgraçada da Maria levou meu neto para onde? Fale logo, fale!Enquanto falava, vovó Diana agitava os ombros de Helena.Helena, que havia acabado de acordar e ainda estava fraca, quase desmaiou novamente com o sacudir.Felizmente, Cláudio interveio rapidamente para impedir vovó Diana:- A deixe descansar um pouco, depois perguntamos.- Já se passou um dia inteiro, o telefone não atende, e ainda está nevando lá fora, como você quer que eu espere?Helena olhou chocada para fora da janela:- Está nevando de novo?Cláudio respondeu:- Está nevando há algumas horas, ag