Eduardo, de repente, tocou no assunto, e Maria quase não conseguiu reagir a tempo. Ela hesitou por dois segundos antes de assentir:- Há algum problema?Com um olhar lateral e um sorriso cheio de significado, Eduardo respondeu:- Entendi.Esse sorriso tornou Maria ainda mais confusa:- Por que você está rindo?- Não é nada. - Eduardo se levantou e entrou na casa.Maria, apressada, o seguiu e segurou seu braço:- Você precisa me explicar direito. O que quer dizer com tudo isso? Qual a relação do teste de paternidade com a Helena? É uma vergonha falar tão vagamente!Eduardo olhou para a mão dela em seu braço. Depois de um momento, ele a afastou e riu baixo:- Você é ingênua, não entende o significado das minhas palavras e ainda me acusa de ser vago?Maria foi empurrada para trás, se apoiando na moldura da porta para se equilibrar. Ela olhou friamente para o homem à frente, irritada com sua provocação:- Você precisa me explicar isso hoje.Eduardo apagou o cigarro e, com um gesto, jogou
“Eram apenas cinco da manhã. Quem se levantaria tão cedo em pleno inverno?”Maria esfregou os olhos e viu que era Helena ligando. Surpresa, demorou alguns segundos para lembrar que Helena a havia convidado para ver a paisagem de neve. Animada, ela se levantou e abriu a porta, encontrando Helena ali com um sorriso surpreso.- Mariinha, te acordei? - Perguntou Helena.- O que você acha? - Maria bocejou. a convidando a entrar. - Só vamos ver a paisagem de neve. Precisava acordar tão cedo?Elas realmente tinham combinado de ver a paisagem de neve pela manhã, mas parecia cedo demais para Maria, que sentia como se tivesse dormido apenas algumas horas.Helena sorriu sem jeito:- Estava preocupada que a neve derretesse, e leva um tempo até chegarmos lá. Além disso, apesar de ser apenas cinco da manhã, você ainda precisa se vestir e se arrumar... Quando sairmos, já deve ser quase seis horas.Maria revirou os olhos:- Eu sou alguém que demora tanto assim?Enquanto falava, ela já estava escolhe
- Comida. - Helena falou, abrindo a bolsa para mostrar seu conteúdo.Dentro havia pão, leite e alguns petiscos.Maria riu:- Parece que estamos nos preparando para um piquenique.- Como saímos cedo, certamente ficaremos com fome, então levar algo para comer é sempre uma boa ideia. - Helena comentou de forma descompromissada, sem mostrar nenhuma expressão fora do comum.Ao descerem, dos bêbados da noite anterior, apenas Fernando continuava dormindo profundamente na cadeira, enquanto os outros já haviam desaparecido, provavelmente acordaram no meio da noite e voltaram para os seus quartos.Maria, se apoiando em sua bengala, caminhou em direção à porta com Helena.O piso era de azulejos e a bengala ecoava com um som particularmente alto, mas Fernando não mostrou nenhuma reação.Ao sair, Maria pediu a Helena que fechasse a porta para evitar a entrada do ar frio.A alvorada já se anunciava, tornando visíveis os objetos ao redor.Helena se dirigiu rapidamente à entrada do pátio e observou a
O topo da montanha estava coberto de neve branca, tão bela que parecia uma pintura. Maria se apoiou no poste de concreto, olhando fixamente para a frente, sem querer piscar. Já amanhecendo, o céu refletido pela neve parecia especialmente azul. Uma brisa fresca soprava, e Maria respirou fundo, sentindo o ar incrivelmente puro. A beleza diante de seus olhos já justificava a viagem.Helena rapidamente pegou seu celular e tirou várias fotos da paisagem nevada. Após admirar as fotos, ela disse a Maria:- Eu te disse que a paisagem nevada nas montanhas era linda. Agora você acredita, não é?Maria concordou, continuando a fixar o olhar na paisagem nevada, alternando entre os picos distantes e as grandes árvores próximas, sem se cansar.Helena estava ocupada tirando fotos quando seu celular tocou, indicando uma mensagem recebida. Seu rosto mudou ligeiramente e ela lançou um olhar instintivo para Maria, que permanecia absorta na beleza ao redorEla mordeu o lábio, leu a mensagem rapidamente
- Hel?Ela chamava enquanto andava, avançando lentamente devido à espessa camada de neve.Atrás da grande árvore, Helena estava presa nos braços de um homem alto, com a boca firmemente coberta por ele.Ela balançava a cabeça vigorosamente, uma expressão de urgência em sua testa.- Hel...O chamado se aproximava lentamente, e ela levantou os olhos para o queixo frio do homem, com um lampejo de súplica em seu olhar.A um pouco mais de um metro da grande árvore, Maria de repente se lembrou do aviso de Eduardo e do comportamento estranho de Helena na noite anterior.Ela apertou as mãos, hesitante.- Hel, você está brincando de esconde-esconde comigo?Ela perguntou, mas não obteve resposta.Seus olhos se aprofundaram, e ela elevou a voz: - Se você não sair agora, eu vou embora, viu?Silêncio, um silêncio mortal.Tudo que ela podia ouvir era o som dos flocos de neve caindo das árvores.A situação estava ficando cada vez mais estranha, e ela não ousava mais avançar.Justo quando estava prest
Bruna soltou uma risada sinistra e, de repente, tirou uma faca do bolso:- Eu quero que você desapareça!Maria empalideceu na hora, mas tentou manter a calma:- Se você me matar, não vai conseguir escapar.- Estamos num lugar deserto, e você está além da linha de fronteira. Mesmo que encontrem seu corpo, vão pensar que foi um acidente, como... Cair deste penhasco. - Bruna sorriu triunfante.O coração de Maria disparou.Se não fosse seu pé machucado, ou se essa mulher não tivesse uma faca, talvez pudesse lutar.Mas agora, a mulher não só tinha uma faca, como também era mais forte que ela. Maria estava em clara desvantagem.Tensa, ela avaliava a situação, pensando em como fugir.Atrás dela, a floresta profunda escondia perigos sob a bela paisagem nevada.Sua única opção era correr para frente, tentando passar por Bruna e chegar à área VIP das termas.Se chegasse lá, Bruna não se atreveria a fazer nada.Maria respirou fundo e, de repente, jogou um punhado de neve no rosto de Bruna.Aprov
Ela arregalou os olhos, espantada, ao observar o corpo daquele homem rolando morro abaixo rapidamente.Ele estava disposto a sacrificar até mesmo sua própria vida para salvar aquela mulher desafortunada.Eduardo amava tanto aquela mulher que ela se tornou uma palhaça, pensando unilateralmente que aquele homem tinha sido apenas enganado por ela.Mas não era assim.Ele realmente amava aquela mulher, a amava com sua própria vida.Ela ria tola e incessantemente, até que, de repente, percebendo a gravidade da situação, jogou a faca e correu na direção em que os dois haviam desaparecido, murmurando para si mesma:- Não é minha culpa, foram vocês que rolaram, foram vocês que foram descuidados, o problema é de vocês, são vocês que...Ela murmurava ininterruptamente, tremendo enquanto corria rapidamente em direção à área do resort.Só depois que Bruna foi embora, Michael finalmente soltou Helena.Helena parecia ter perdido as forças, caindo sentada no chão, olhando para o lugar onde Maria rolar
- Essa encosta de neve é realmente longa; quando uma pessoa rola para baixo, desaparece num instante. Não se sabe se aqueles dois ainda têm vida.- É difícil dizer! - Jacarias falou com um tom casual e despreocupado.Michael riu levemente:- Parece que o Sr. Jacarias não deseja realmente a morte deles. Afinal, se morrerem, nosso jogo de vingança não será tão divertido, não é?Helena, chocada, se encolhia num canto.Por que Jacarias também queria se vingar de Eduardo e Mariinha? Que rancor ele tinha contra Eduardo e Mariinha?Além disso, a viagem às termas foi organizada por Jacarias. Será que o verdadeiro propósito era se vingar de Eduardo e Mariinha?Eles acabaram de falar sobre algum tipo de teste. O que significava isso?Pelo diálogo deles, parecia que Jacarias queria testar a profundidade dos sentimentos de Eduardo por Mariinha.Mas qual era a intenção desse teste?Jacarias, com as mãos nos bolsos, riu levemente:- Cada um tem seu destino. Se eles tiverem sorte, certamente não m