Isabela ficou irritada com aquele tipo de olhar. Quando Helena passou por perto, ela não perdeu a oportunidade e a agarrou:- O que você estava olhando agora, fale!Helena, tentando se soltar, respondeu apressadamente:- Solta, solta minha mão! Eu não estava olhando para nada, só queria te avisar que... Que sua menstruação desceu.O rosto de Isabela mudou de cor, e ela rapidamente olhou para trás, mas, obviamente, não conseguiu ver aquela área. Helena aproveitou a distração para se soltar.Se lembrando de como Isabela observara Mariinha se afogar com um ar de espectadora, Helena se sentiu irritada. Ela disse a Isabela com um sorriso irônico:- Não sei se temos absorventes íntimos aqui na montanha, e mesmo que tenhamos, com você de muletas, não deve ser fácil comprar, não é? E a quem você pediria para comprar? Sua relação com as outras mulheres aqui não é das melhores. Será que você pediria aos homens?Isabela a encarou furiosa:- Você vai ver só!Helena sorriu, triunfante:- Melhor c
Maria se apressou em se abaixar para recolher o que havia caído. Porém, se apoiando em sua bengala, só podia usar uma mão, e essa mão já segurava um pacote de absorventes diurnos. Então, ao pegar o pacote de uso noturno, o diurno caiu novamente. Ao tentar recolher o absorvente diurno, o noturno escapou mais uma vez. Ela ficou tão ansiosa que seu rosto enrubescia.Foi nesse momento que uma mão grande e bem articulada surgiu, agarrando o pacote de absorvente higiênico no chão. O colorido do pacote parecia especialmente fora do lugar naquela mão grande. Maria levantou o olhar, nervosa, e viu Eduardo contemplando pensativamente o objeto em sua mão. Sua vergonha se intensificou, e suas bochechas ficaram ainda mais quentes.- Devolva... Devolva isso para mim - Pediu ela.Eduardo olhou para o objeto em sua mão e depois para ela, seu rosto anguloso mostrando pouca expressão.- Não é muito prudente sair exibindo estes dois pacotes, não acha? - Comentou ele, com voz fria, mas um leve tom
- Cláudio conheceu o Sr. Jacarias durante uma viagem de negócios, certo? E foi nessa época que você também conheceu o Sr. Jacarias, não foi? - Perguntou Maria, franzindo a testa.- Por que está perguntando isso? - Questionou Isabela.Maria sorriu ao ver a expressão defensiva de Isabela.- Não precisa ficar tão nervosa. Eu só queria saber se Cláudio e o Sr. Jacarias têm alguma rixa, pois senti que desta vez a atitude de Cláudio em relação ao Sr. Jacarias não foi muito boa.Ela se lembrou de quando foi ao encontro do Sr. Jacarias. Cláudio havia dito que ele era uma boa pessoa. E, de fato, como Cláudio disse, o Sr. Jacarias era muito amigável e agradável. Mas ela não conseguia entender por que, durante a estadia nas termas, a atitude de Cláudio em relação ao Sr. Jacarias era tão hostil.Isabela a observou por um momento e respondeu friamente:- Cláudio e o Sr. Jacarias não têm desavenças. Eles são parceiros comerciais e se dão muito bem. Você não deveria ficar aqui imaginando coisas. P
Naquele momento, Maria havia acabado de sair do banho, enrolada em uma toalha. Ao ver a porta do quarto aberta, ela se assustou e gritou para Helena: - Fecha a porta, por favor!Helena, rapidamente, fechou a porta. Mas, através da fresta, ela ainda pôde ver o rosto inexpressivo de Eduardo. Eduardo morava bem em frente a ela. Maria, apressadamente, ajustou a toalha e olhou para Helena com irritação: - O que você está fazendo? Por que entrou sem bater?Helena riu, sem graça: - Eu não sabia que você estava no banho. E, além disso, ainda é cedo. Por que estava tomando banho agora?- Eu acidentalmente derramei uma bebida em mim e decidi tomar um banho. Esqueci de trancar a porta. E você, por que não bateu?- Eu esqueci - Disse Helena, coçando a cabeça, envergonhada. Ela se aproximou e abraçou o braço de Maria. - Vamos, não fique brava. Não é como se alguém tivesse visto, né?Maria revirou os olhos. Eduardo não é uma pessoa? Pensando no rosto inexpressivo de Eduardo e no seu olhar i
De repente, uma risada desarmoniosa ecoou pela sala de estar.- A Srta. Maria está realmente se destacando hoje, fazendo tantas pessoas aguardarem. - Comentou alguém.Era Bruna falando.Ao seu lado, Viviane exibia um sorriso gélido.Maria, sinceramente, considerava Bruna muito ingênua; sua experiência no exterior parecia ter sido inútil, pois ela sempre acabava sendo manipulada por Viviane.Helena, incapaz de se conter, retrucou:- Você não precisa esperar, por que a inveja?Bruna riu sarcasticamente e respondeu:- Não estou com inveja, só acho que a Srta. Maria está sendo muito indelicada. Ela sabe que todos estão aguardando e ainda assim se atrasa. Todos nós somos pessoas de renome, por que deveríamos esperar por ela?Indignada, Helena começou a falar.Maria segurou o braço de Helena e olhou para Bruna, sorrindo:- Desculpe por fazê-las esperar. Na verdade, vocês poderiam começar o jogo sem mim.- Que comparação é essa? A Srta. Maria foi convidada especialmente pelo Sr. Jacarias, nós
Durval arqueou uma sobrancelha e perguntou:- O que você acha?Maria, preocupada, respondeu com um sorriso:- Não faço ideia.Durval se voltou para Eduardo e questionou:- Sabe de que jogo estou falando?Eduardo, com desinteresse, levou o cigarro aos lábios e inalou, sua voz ecoando junto com a fumaça:- Verdade ou Desafio.Durval soltou uma risada:- Parece que o Presidente Alves é um veterano nesse jogo.Daniel, desinteressado, se recostou na cadeira e olhou para Durval:- Não podemos jogar outra coisa?- Não! - Durval respondeu diretamente. - Qual é o problema, Sr. Daniel? Medo de dizer a verdade?Gisele lançou um olhar sutil para Daniel, mantendo uma expressão calma.Um breve encontro de olhares com Daniel, e ela desviou o olhar suavemente.Daniel deu uma risada sarcástica, se erguendo lentamente na cadeira e sorrindo com arrogância para Durval:- Eu não tenho nada a temer.- Ótimo! - Durval se virou para Cláudio.- Alguma objeção a este jogo?- Nenhuma - Respondeu Cláudio, indifere
Todos os olhos estavam fixos na garrafa, e a atmosfera se tornou subitamente tensa. A garrafa finalmente parou, apontando para Viviane. Viviane, furiosa, rosnou para Bruna:- Você sabe girar isso direito?Bruna balançou a cabeça rapidamente:- Eu também não sabia que ia parar em você, eu... Eu vou girar de novo.- Ah, se vocês não podem jogar, podem desistir - Interrompeu Durval de repente, zombando dela e de Viviane.Viviane, incapaz de manter a compostura, disse irritada:- Quem não pode jogar? Eu aceito as consequências, façam suas perguntas.Durval sorriu e olhou para os outros:- Se estão interessados, perguntem logo.Inês e Gisele, que não conheciam Viviane, por isso não tinham interesse em fazer perguntas. Cláudio parecia desinteressado, e Daniel, ainda mais, recostado na cadeira com um ar de desinteresse, como se nada o despertasse.Ninguém fez perguntas a Viviane por um bom tempo, a deixando visivelmente desconfortável. Ela ajustou a bainha da roupa e disse ao grupo:- Você
Viviane estava sentada ao lado de Eduardo.Se a garrafa fosse girada no sentido anti horário, seria a vez de Eduardo. Mas, no sentido horário, seria a vez de Gisele.Eduardo se adiantou, e Durval, sem objeções, apenas sorriu:- Então, gire você.Eduardo, de estatura alta e braços longos, nem precisou se levantar.Esticou o braço, alcançando a base giratória da garrafa. Com um leve toque de seu dedo, a pequena base começou a girar rapidamente, atraindo todos os olhares novamente.Maria observava a garrafa atentamente desde que Eduardo começou a girá-la, e um pressentimento ruim começou a surgir inexplicavelmente em seu coração. A velocidade da garrafa começava a diminuir, e o mau pressentimento dela aumentava. Ela apertava as mãos, e sua respiração chegou a parar por alguns segundos. Lentamente...A garrafa parou, aparentemente apontando para Helena, cujo rosto mudou de cor. Quando todos acharam que a garrafa havia parado definitivamente, ela se moveu um pouco mais, apontando firm