- Daqui a alguns dias, vou trazer José e Ana de volta para a Mansão dos Alves.Maria ficou rígida, pausou por um momento antes de dizer suavemente: - Está bem.Essas duas crianças deveriam ter retornado à Mansão dos Alves há muito tempo, mas as lembranças do tempo que passaram juntas a deixavam relutante. Maria respirou fundo, suportando a dor intensa em seus pés, movendo-se lentamente em direção à saída.Eduardo a observou enquanto ela se movia lentamente e de maneira desajeitada, sentindo uma irritação inexplicável. Ele deu uma tragada forte em seu cigarro e disse friamente: - O que foi, está andando tão devagar? Está com pena de ir embora?Um amargor surgiu no coração de Maria. Ela apertou os lábios e acelerou secretamente seus passos, suportando a dor em seus pés, recusando-se a emitir um único gemido. A mulher andando mais rápido só deixou Eduardo mais irritado. Ele desviou o olhar, não a encarando mais.De repente, o som abrupto de pneus freando ecoou no pátio. Eduardo es
- Fica de olho nela, não a deixes enlouquecer com álcool diante de mim no futuro.Maria baixou o olhar, apertando as mãos com firmeza.Uma sensação desconfortável e uma emoção indefinida se espalharam em seu coração, deixando-a sem fôlego.Se ela tivesse qualquer resquício de consciência clara na noite anterior, nunca teria causado problemas para esse homem.Cláudio a olhou com uma expressão complexa, depois virou-se para Eduardo e sorriu levemente: - Está bem.O carro partiu.Eduardo encarou sem expressão o carro até que desaparecesse de sua linha de visão, esmagou o cigarro com força e virou-se para entrar na casa.Dentro do carro.Cláudio segurou o volante com uma mão e puxou a gravata com a outra.Maria o observou de lado.Seus lábios estavam apertados, e havia um toque de cansaço em seu rosto.Maria notou que ele ainda estava usando as mesmas roupas da noite passada e de repente se lembrou do acidente de Isabela.Ela se endireitou rapidamente e perguntou: - A Srta. Isabela está
Claudio desviou o olhar para fora da janela, sentindo-se um tanto oprimido. Movendo os lábios, tentou dizer algo, mas as palavras foram reprimidas pela razão antes mesmo de atingirem sua boca. Ele ligou novamente o carro.- Vou te levar ao hospital.Maria concordou com a cabeça, segurando o cinto de segurança em silêncio. Internamente, ela realmente esperava que o assassino não fosse Eduardo. Não apenas por José e Ana, mesmo que não fossem seus filhos, ela os apreciava profundamente. Não queria que as coisas chegassem a uma conclusão tão drástica com Eduardo, seria cruel demais para aquelas duas crianças.No hospital, Claudio não a levou diretamente para ver Isabela, mas a encaminhou para a clínica ortopédica para examinar o tornozelo. O médico ortopedista era um senhor de idade. Ele apertou o tornozelo inchado de Maria e balançou a cabeça. Claudio franziu a testa imediatamente, perguntando gravemente: - O que aconteceu? É grave?O médico disse:- Não é apenas sério, se não fo
O experiente médico idoso massageava o tornozelo de Maria com sua técnica única, causando-lhe tanta dor que lágrimas quase escapavam de seus olhos. Cláudio, ao lado, observava ansioso, com uma preocupação profunda em seu coração. Embora desejasse pedir ao médico para ser mais delicado, temia que menos pressão não fosse eficaz.Após uma experiência quase torturante, Maria estava suando profusamente devido à dor. O médico explicou: - A ferida em seu tornozelo precisa ser massageada para dispersar o sangue. Quando o inchaço diminuir, preciso verificar se há algum osso machucado por dentro.Ele virou-se para preparar medicamentos.Enquanto Cláudio gentilmente enxugava o suor da testa de Maria com um lenço, expressou sua ansiedade: - Você está bem? Maria assentiu: - Consigo suportar.Cláudio acariciou sua cabeça com compaixão: - Você precisa ser mais cautelosa no futuro, não pode ser tão impulsiva.Maria se sentiu um pouco constrangida. Ele pensou que ela agiu impulsivamente como u
- Mariinha... - Ele a chamou de repente. Maria levantou os olhos instintivamente: - O que foi?- Neste mundo, coincidências realmente acontecem com frequência. - Maria a olhou sem entender, apenas ouvindo-a dizer com um tom sugestivo. - Veja, minha perna acabou de sofrer um acidente de carro, e seu pé torceu. Diga-me, quem Cláudio cuidaria melhor, hein?Ela parecia estar interpretando que Maria torceu o pé de propósito, para que Cláudio cuidasse dela.Maria olhou seriamente para Isabela, tentando explicar: - Eu não torci o pé de propósito. Eu bebi demais ontem à noite e acabei caindo de uma pedra por acidente.Cláudio não conseguiu mais conter sua irritação e olhou para Isabela: - Isso é suficiente!Isabela riu, recostando-se um pouco para trás, seus movimentos eram elegantemente graciosos, mesmo dentro do quarto hospitalar. Ela riu suavemente, com um traço de tristeza em seus olhos. - Ontem quase morri, mas você nunca foi tão gentil comigo.Ela não suportava mais. Ela pensou qu
Fernando queria xingar, mas as palavras não saíram. Ele rapidamente se calou, olhando chocado para a pessoa na cadeira de rodas.- Se... Se... Senhora?Ele arregalou os olhos por um bom tempo, confirmando que a pessoa na cadeira de rodas era realmente Maria. Rapidamente, ele se virou para Eduardo: - Presidente Alves, veja só, como pode ser a Senhora? Por que ela está sentada na cadeira de rodas?Mesmo a freada brusca não fez Eduardo erguer os olhos.Ouvindo as palavras de Fernando, Eduardo finalmente levantou os olhos para dar uma olhada na frente do carro.Não havia expressão em seu rosto. Ele olhou para a mulher na cadeira de rodas como se estivesse olhando para um estranho, seus olhos sem uma ondulação de emoção.Fernando olhou cautelosamente para ele, não conseguindo conter a curiosidade em seu coração, perguntando: - Presidente Alves, a Srta. Maria não estava com o senhor ontem à noite? O que aconteceu? Como ela acabou em uma cadeira de rodas?- Oh? Você suspeita que eu quebr
Diante de Eduardo, um jornal de entretenimento estava aberto. Desde que ele conheceu Maria, o jornal diante dele permaneceu imóvel, e não se sabe se realmente o leu.Fernando queria ir às fontes termais, mas o Presidente Alves não ia, e ele, como assistente, não se sentia à vontade para ir.Depois de esperar por um longo tempo sem obter resposta de Eduardo, Fernando encolheu os ombros e disse: - De agora em diante, está ficando mais frio, as fontes termais fazem bem para o corpo.Eduardo recostou-se na cadeira e, perdido em pensamentos, olhou para fora da janela: - Se quiser, vá sozinho.Olha só a resposta.O Sr. Jacarias convidou o Presidente Alves, e um assistente como ele se atreveria a ir?- Ah, sim, o Sr. Jacarias também convidou a senhora idosa.Eduardo franziu o cenho: - Ele ainda convidou a avó?- A senhora idosa me contou sobre isso de manhã. Ela planeja levar aquela sua última pretendente, Bruna, junto.Eduardo apertou os lábios, com uma expressão não muito boa.Fernando
Na sala, estava sentada uma senhora da mesma idade aproximada da vovó Diana, além de um casal de meia-idade.Viviane saía da cozinha com os pratos.Todos na sala eram pessoas que ele não desejava encontrar.Eduardo virou-se para sair, mas a vovó Diana bloqueou instantaneamente seu caminho: - Já que voltou, sente-se e compartilhe uma refeição conosco.- Duba, você voltou! Preparei esta refeição especialmente para você. - Viviane disse, se aproximando de Eduardo.Eduardo nem levantou as pálpebras, sentando-se silenciosamente no sofá.Fernando, que estava do lado de fora, olhou rapidamente para a cena dentro da casa e pensou consigo mesmo.“Por que esse jantar parece tão cheio de intenções suspeitas?”Assim que pensou nisso, Antônio saiu: - Fernando, o jovem mestre pediu para você ficar e jantar.Fernando balançou rapidamente a cabeça: - Não, tenho algo a fazer. Já estou indo, por favor, avise o Presidente Alves.Enquanto falava, ele entrou rapidamente no carro.Antônio olhou para o ve