- Mariinha... - Ele a chamou de repente. Maria levantou os olhos instintivamente: - O que foi?- Neste mundo, coincidências realmente acontecem com frequência. - Maria a olhou sem entender, apenas ouvindo-a dizer com um tom sugestivo. - Veja, minha perna acabou de sofrer um acidente de carro, e seu pé torceu. Diga-me, quem Cláudio cuidaria melhor, hein?Ela parecia estar interpretando que Maria torceu o pé de propósito, para que Cláudio cuidasse dela.Maria olhou seriamente para Isabela, tentando explicar: - Eu não torci o pé de propósito. Eu bebi demais ontem à noite e acabei caindo de uma pedra por acidente.Cláudio não conseguiu mais conter sua irritação e olhou para Isabela: - Isso é suficiente!Isabela riu, recostando-se um pouco para trás, seus movimentos eram elegantemente graciosos, mesmo dentro do quarto hospitalar. Ela riu suavemente, com um traço de tristeza em seus olhos. - Ontem quase morri, mas você nunca foi tão gentil comigo.Ela não suportava mais. Ela pensou qu
Fernando queria xingar, mas as palavras não saíram. Ele rapidamente se calou, olhando chocado para a pessoa na cadeira de rodas.- Se... Se... Senhora?Ele arregalou os olhos por um bom tempo, confirmando que a pessoa na cadeira de rodas era realmente Maria. Rapidamente, ele se virou para Eduardo: - Presidente Alves, veja só, como pode ser a Senhora? Por que ela está sentada na cadeira de rodas?Mesmo a freada brusca não fez Eduardo erguer os olhos.Ouvindo as palavras de Fernando, Eduardo finalmente levantou os olhos para dar uma olhada na frente do carro.Não havia expressão em seu rosto. Ele olhou para a mulher na cadeira de rodas como se estivesse olhando para um estranho, seus olhos sem uma ondulação de emoção.Fernando olhou cautelosamente para ele, não conseguindo conter a curiosidade em seu coração, perguntando: - Presidente Alves, a Srta. Maria não estava com o senhor ontem à noite? O que aconteceu? Como ela acabou em uma cadeira de rodas?- Oh? Você suspeita que eu quebr
Diante de Eduardo, um jornal de entretenimento estava aberto. Desde que ele conheceu Maria, o jornal diante dele permaneceu imóvel, e não se sabe se realmente o leu.Fernando queria ir às fontes termais, mas o Presidente Alves não ia, e ele, como assistente, não se sentia à vontade para ir.Depois de esperar por um longo tempo sem obter resposta de Eduardo, Fernando encolheu os ombros e disse: - De agora em diante, está ficando mais frio, as fontes termais fazem bem para o corpo.Eduardo recostou-se na cadeira e, perdido em pensamentos, olhou para fora da janela: - Se quiser, vá sozinho.Olha só a resposta.O Sr. Jacarias convidou o Presidente Alves, e um assistente como ele se atreveria a ir?- Ah, sim, o Sr. Jacarias também convidou a senhora idosa.Eduardo franziu o cenho: - Ele ainda convidou a avó?- A senhora idosa me contou sobre isso de manhã. Ela planeja levar aquela sua última pretendente, Bruna, junto.Eduardo apertou os lábios, com uma expressão não muito boa.Fernando
Na sala, estava sentada uma senhora da mesma idade aproximada da vovó Diana, além de um casal de meia-idade.Viviane saía da cozinha com os pratos.Todos na sala eram pessoas que ele não desejava encontrar.Eduardo virou-se para sair, mas a vovó Diana bloqueou instantaneamente seu caminho: - Já que voltou, sente-se e compartilhe uma refeição conosco.- Duba, você voltou! Preparei esta refeição especialmente para você. - Viviane disse, se aproximando de Eduardo.Eduardo nem levantou as pálpebras, sentando-se silenciosamente no sofá.Fernando, que estava do lado de fora, olhou rapidamente para a cena dentro da casa e pensou consigo mesmo.“Por que esse jantar parece tão cheio de intenções suspeitas?”Assim que pensou nisso, Antônio saiu: - Fernando, o jovem mestre pediu para você ficar e jantar.Fernando balançou rapidamente a cabeça: - Não, tenho algo a fazer. Já estou indo, por favor, avise o Presidente Alves.Enquanto falava, ele entrou rapidamente no carro.Antônio olhou para o ve
Seu coração ficou atordoado. “Não poderia ser sua esposa novamente, poderia?”Enquanto pensava nisso, o carro já havia ultrapassado a cadeira de rodas.Ele virou a cabeça rapidamente para dar uma olhada.Era realmente a esposa.Ele estacionou rapidamente o carro à beira da estrada e desceu, indo apressadamente em direção à cadeira de rodas.- Senhora...Ao ouvir uma voz familiar, Maria instintivamente virou a cabeça para olhar e viu Fernando correndo em sua direção.Ela não só viu Fernando, mas também o carro prateado atrás dele.Ela franziu a testa com força.Sim, este era o carro de Fernando. Ela o havia visto dirigindo algumas vezes antes, então era familiar.Se era o carro de Fernando, Eduardo estaria no carro quando quase a atropelou na estrada?Ela apertou os lábios, se consolando silenciosamente. Não poderia ser tão coincidência.Não poderia ser que toda vez que ela estivesse em uma situação embaraçosa, encontraria aquele homem.Enquanto pensava nisso, Fernando já havia chega
Fernando ficou tenso, sorrindo ironicamente: - Eu não a atropelei, certo? Agora estou te levando de volta, consideramos como uma compensação, está bem?- Eduardo estava no carro naquele momento? - Maria perguntou novamente.Fernando acenou inconscientemente com a cabeça: - Estava. Se o Presidente Alves não tivesse interferido, eu teria descido para cumprimentá-la e depois a levaria para um passeio.“Presidente Alves interferiu?”Maria riu ironicamente. Ela olhou para a paisagem urbana que rapidamente recuava pela janela e ficou em silêncio.Fernando continuou sem se importar: - O Presidente Alves disse que você só escorregou e usou a cadeira de rodas, é um exagero. Mas eu acho que você não parece tão leve quanto ele diz, Senhora. Você se machucou gravemente? Já consultou um médico?Maria recostou-se no encosto da cadeira, rindo preguiçosamente:- Consultei, o médico disse que meu pé não está ferido, só preciso descansar por dois dias. Já disse, usar a cadeira de rodas é para mostra
- Onde você foi à tarde? Por que o celular estava desligado? Você não sabe que as pessoas ficariam preocupadas?O homem diante dela nunca tinha ficado com raiva antes; esta era a primeira vez.Sob a luz fraca do poste, ele estava parado à sua frente com a luz às costas, seus olhos escuros como um redemoinho, causando uma sensação de ansiedade e opressão.Parece que as pessoas realmente têm muitas facetas, muitas emoções.Mesmo homens gentis e refinados como Cláudio podem ter esse lado sombrio e assustador.Maria apertou os apoios da cadeira de rodas, dizendo: - Eu não fui a lugar nenhum, apenas dei uma volta no parque perto do hospital. Fernando me viu passando pelo parque e me trouxe de volta. Quanto ao celular...Ela rapidamente tirou o celular da bolsa, que estava desligado.Ela sorriu ironicamente: - Não sei quando a bateria acabou.Cláudio estava com raiva porque estava preocupado demais.Ele sempre foi bom em controlar suas emoções, nunca mostrando raiva ou felicidade no rosto.
Refletindo dessa maneira, ela mergulhou mais profundamente nos olhos de José e Ana. Claro, ela não ousava esperar que essas duas crianças fossem suas. No entanto, as pessoas inevitavelmente fantasiam, especialmente ao descobrir que essas duas crianças também foram concebidas na noite de Réveillon daquele ano, alimentando essa fantasia cada vez mais intensamente. Esse tipo de fantasia, eventualmente, precisa ser confirmado para que ela possa desistir.- Por que está olhando assim para o José e a Ana? - Cláudio de repente falou, trazendo-a instantaneamente de volta à realidade. Surpresa, ela riu nervosamente: - Nada... Não é nada. Cláudio acariciou seus cabelos densos e macios, dizendo: - Você primeiro converse com as crianças, vou preparar o jantar. Maria assentiu, movendo-se com a cadeira de rodas em direção ao sofá. Pensando em fazer o teste de paternidade com José e Ana, ela estava um pouco distraída. Cláudio a observou com um olhar complexo e deu alguns passos em direção à