Os passos do homem pararam abruptamente. Ele reprimiu sua surpresa interior e, com uma expressão serena, questionou: - Você disse... Que se lembra do meu número?- Claro que me lembro. Tem algum problema?- Desde quando você se lembra? - A voz do homem já estava ficando tensa.- Não sei. - Maria sentiu que essa pergunta não era relevante e respondeu casualmente. - Lembro-me do seu número há muito tempo, provavelmente... Desde que nos casamos, acho.Ela sempre soube de cor o número dele. No ano do casamento deles que ela olhou para o número dele por um longo tempo, mas nunca teve a coragem de ligar.Com o tempo, o número dele ficou gravado em sua memória. Olhando para trás, aquilo era um tanto irônico.Eduardo virou o rosto, mas um leve sorriso passou furtivamente pelo seu rosto. Ele falou animadamente:- Há uma loja de roupas infantis ali na frente, vamos dar uma olhada, já que essas roupas não serão suficientes para as crianças. - Enquanto falava, o homem se dirigiu à loja de roupas
- Olhe ali! Aquele homem está segurando um conjunto de jaqueta de couro. Eu realmente não entendo o gosto do meu marido. Ele comprou aquele conjunto de jaqueta de couro para casa, mesmo depois de eu dizer que não achava bonito. Ele insistiu, e adivinha o que aconteceu?- O que aconteceu depois?- Bem, o meu filho chegou em casa depois da escola, viu aquele casaco de couro e a primeira coisa que ele disse foi: "Para quem é essa roupa, que feia! A coitada da criança que vai vestir isso, vai ficar horrível!" Meu marido ficou petrificado no lugar, nem ousou dizer que era para ele, e eu ri muito.- O gosto do seu marido realmente não tem igual.- Olha, aquele homem também escolheu o conjunto de jaqueta de couro. Ele é tão bonito, como pode ter um gosto tão ruim...Enquanto as duas mulheres conversavam, seguiram para outras áreas da loja.Maria não conseguiu mais segurar o riso e riu em voz alta. Ela olhou para o atendente e disse:- Me diga, novamente, você acha que o conjunto de jaqueta de
Assim que adentraram a loja, Eduardo solicitou imediatamente que trouxessem o smartphone mais sofisticado e recente para que Maria pudesse experimentá-lo. Sua presença era imponente; desde o momento em que ele entrou na loja, os funcionários se apressaram para atendê-lo, ansiosos para interagir com ele.Maria foi deixada de lado, ignorada pela multidão. Ela realmente não apreciava a companhia dele nas compras. Ele sequer se preocupava em usar uma máscara ou um boné, como se receasse que as pessoas não reconhecessem o imponente presidente do Grupo GK.Ela não se preocupou em testar os telefones; em vez disso, ela o encarou através de várias pessoas e disse: - Não vou experimentar, vou levar este.- A senhorita deveria considerar experimentar outros modelos; temos os mais recentes de outras marcas. Dê uma olhada, caso goste, pode levar todos juntos.Maria sacudiu a cabeça com pressa: - Só preciso de um.Então, ela olhou para Eduardo com um olhar que indicava que ele deveria efetuar o
- Maria, tudo bem, não fique com raiva. Podemos parar de brigar, está bem? Eduardo raramente adotava um tom suave ao tentar acalmar alguém, mas naquele dia, de alguma forma, ele estava gostando de se sentir como parte de um casal normal, como se fossem um homem e uma mulher comuns. Desde que não estragasse o clima, ele estava disposto a se desculpar com ela em voz baixa. Maria respondeu com um tom aborrecido:- Você acha que eu queria brigar com você? Você sempre fala de uma maneira tão desagradável!Eduardo baixou a cabeça e não retrucou. Vendo isso, Maria finalmente liberou toda a frustração que vinha guardando há tanto tempo.- Você é sempre tão autoritário, imprevisível, temperamental, insensível, implacável, sarcástico e cruel. Você está muito longe de Cláudio.Quando o homem ouviu a primeira metade da frase, seu rosto já começou a escurecer. Depois de ouvir o restante da frase, seu rosto ficou completamente sombrio.Ele cerrou os dentes, olhando furiosamente para a mulher à sua
- Não, minha namorada tem um excelente olho para isso. - Afirmou o homem antes de entrar no provador com aquelas poucas peças de roupa.Maria estava entediada, sentada no sofá, seu humor gradualmente piorando. Escolher roupas para as crianças era algo natural, mas por que ele decidiu se envolver de repente?Pegando uma revista, mal tinha virado duas páginas quando a vendedora a olhou com inveja e disse: - Senhorita, você é realmente sortuda por ter o Presidente Alves como namorado. Mas há um limite para ser mimada, o Presidente Alves é tão bom, você não deve ignorar sua sorte.Maria sorriu sem dizer nada. Ela não era apenas a "namorada" de Eduardo, ela era sua esposa legítima.Mas, isso seria mesmo sorte?Naquele momento, a porta do provador se abriu repentinamente.Eduardo estava vestindo uma camisa cinza claro com calças pretas.Ela só tinha escolhido algumas roupas aleatoriamente e mal tinha verificado os tamanhos.No entanto, Eduardo era naturalmente elegante, e aquelas roupas co
Eduardo assentiu e ligou o carro imediatamente.Maria segurou seu celular recém-adquirido, sentindo que algo estava estranho. Afinal, a relação entre ela e Eduardo havia atingido um ponto tão hostil, mas eles conseguiram passar uma tarde inteira juntos como se estivessem tranquilamente fazendo compras. O mais surpreendente foi que ela tinha escolhido pessoalmente algumas roupas para Eduardo, e ele havia comprado um celular para ela.Ela balançou a cabeça e ponderou sobre os acontecimentos do dia. Ela poderia esquecer todas as suas queixas por um dia, mas no dia seguinte eles voltariam a ser inimigos.Eduardo percebeu que ela estava sentada no carro em silêncio por muito tempo e não pôde evitar perguntar: - O que há de errado? Algum problema ou você está cansada?Maria balançou a cabeça, olhando para o novo celular em suas mãos, e disse a ele: - As roupas que escolhi para as crianças e o dinheiro deste celular que você comprou para mim, vou pagar de volta quando voltarmos.As sobra
Ao adentrar o campus, não demorou muito para que ela ouvisse um choro familiar, um choro cheio de inocência, injustiça e raiva.- Quem disse que eu não tenho mãe? Minha mãe está muito bem. - Disse Ana.- Haha, estou rindo muito. Se sua mãe está bem, por que ela nunca vem te buscar?- Meu pai disse que você e seu irmão são órfãos.- Meu pai também disse que vocês são ilegítimos, talvez nem sejam da família Alves.- Crianças órfãs são como ervas daninhas, Ana, você é realmente coitada. - Ele zombou.Maria seguiu o som e viu Ana sendo cercada por alguns meninos travessos. Ana os dentes e fechou os punhos com força.Ela encarou aqueles meninos com raiva, olhos vermelhos, mas as lágrimas teimosamente se recusaram a cair.Ao ver isso, o coração de Maria se apertou. Ela olhou instintivamente para Eduardo, mas ele estava parado com as mãos nos bolsos.Ela bufou com raiva: - Sua filha está sendo intimidada, e você não vai fazer nada?Eduardo baixou o olhar: - Ela é frequentemente zombada p
A voz da mãe ressoava aguda e autoritária.Ana, assustada, buscou refúgio atrás de Maria.Maria encarou a mãe com um olhar gélido. - Foi o seu filho quem começou a intimidar a minha filha. Ela apenas se defendeu empurrando-o ele também empurrou.- Sua filha? - A mãe zombou, lançando um olhar desdenhoso a Maria.Maria manteve-se firme, indiferente às críticas, pois estava vestida de maneira modesta.A mãe examinou Maria de cima a baixo e riu: - Todos sabem que os dois filhos do Presidente Alves não têm mãe. De onde surgiu essa mãe fictícia? Ela atreve-se a chamar de mãe daquela criança. Parece que alguém está ansioso para se relacionar com a família Alves.Nesse momento, várias outras mães se aproximaram.A "Primeira-dama" atraiu as demais mães, debochando: - Ei, vejam só, essa mulher afirma ser a mãe da Ana. Vocês acreditam nisso?- Ah, isso também aconteceu? Claro que não acreditamos. Todos na cidade sabem que Ana e José não têm mãe. É improvável que alguém simplesmente invente um