- Maria, tudo bem, não fique com raiva. Podemos parar de brigar, está bem? Eduardo raramente adotava um tom suave ao tentar acalmar alguém, mas naquele dia, de alguma forma, ele estava gostando de se sentir como parte de um casal normal, como se fossem um homem e uma mulher comuns. Desde que não estragasse o clima, ele estava disposto a se desculpar com ela em voz baixa. Maria respondeu com um tom aborrecido:- Você acha que eu queria brigar com você? Você sempre fala de uma maneira tão desagradável!Eduardo baixou a cabeça e não retrucou. Vendo isso, Maria finalmente liberou toda a frustração que vinha guardando há tanto tempo.- Você é sempre tão autoritário, imprevisível, temperamental, insensível, implacável, sarcástico e cruel. Você está muito longe de Cláudio.Quando o homem ouviu a primeira metade da frase, seu rosto já começou a escurecer. Depois de ouvir o restante da frase, seu rosto ficou completamente sombrio.Ele cerrou os dentes, olhando furiosamente para a mulher à sua
- Não, minha namorada tem um excelente olho para isso. - Afirmou o homem antes de entrar no provador com aquelas poucas peças de roupa.Maria estava entediada, sentada no sofá, seu humor gradualmente piorando. Escolher roupas para as crianças era algo natural, mas por que ele decidiu se envolver de repente?Pegando uma revista, mal tinha virado duas páginas quando a vendedora a olhou com inveja e disse: - Senhorita, você é realmente sortuda por ter o Presidente Alves como namorado. Mas há um limite para ser mimada, o Presidente Alves é tão bom, você não deve ignorar sua sorte.Maria sorriu sem dizer nada. Ela não era apenas a "namorada" de Eduardo, ela era sua esposa legítima.Mas, isso seria mesmo sorte?Naquele momento, a porta do provador se abriu repentinamente.Eduardo estava vestindo uma camisa cinza claro com calças pretas.Ela só tinha escolhido algumas roupas aleatoriamente e mal tinha verificado os tamanhos.No entanto, Eduardo era naturalmente elegante, e aquelas roupas co
Eduardo assentiu e ligou o carro imediatamente.Maria segurou seu celular recém-adquirido, sentindo que algo estava estranho. Afinal, a relação entre ela e Eduardo havia atingido um ponto tão hostil, mas eles conseguiram passar uma tarde inteira juntos como se estivessem tranquilamente fazendo compras. O mais surpreendente foi que ela tinha escolhido pessoalmente algumas roupas para Eduardo, e ele havia comprado um celular para ela.Ela balançou a cabeça e ponderou sobre os acontecimentos do dia. Ela poderia esquecer todas as suas queixas por um dia, mas no dia seguinte eles voltariam a ser inimigos.Eduardo percebeu que ela estava sentada no carro em silêncio por muito tempo e não pôde evitar perguntar: - O que há de errado? Algum problema ou você está cansada?Maria balançou a cabeça, olhando para o novo celular em suas mãos, e disse a ele: - As roupas que escolhi para as crianças e o dinheiro deste celular que você comprou para mim, vou pagar de volta quando voltarmos.As sobra
Ao adentrar o campus, não demorou muito para que ela ouvisse um choro familiar, um choro cheio de inocência, injustiça e raiva.- Quem disse que eu não tenho mãe? Minha mãe está muito bem. - Disse Ana.- Haha, estou rindo muito. Se sua mãe está bem, por que ela nunca vem te buscar?- Meu pai disse que você e seu irmão são órfãos.- Meu pai também disse que vocês são ilegítimos, talvez nem sejam da família Alves.- Crianças órfãs são como ervas daninhas, Ana, você é realmente coitada. - Ele zombou.Maria seguiu o som e viu Ana sendo cercada por alguns meninos travessos. Ana os dentes e fechou os punhos com força.Ela encarou aqueles meninos com raiva, olhos vermelhos, mas as lágrimas teimosamente se recusaram a cair.Ao ver isso, o coração de Maria se apertou. Ela olhou instintivamente para Eduardo, mas ele estava parado com as mãos nos bolsos.Ela bufou com raiva: - Sua filha está sendo intimidada, e você não vai fazer nada?Eduardo baixou o olhar: - Ela é frequentemente zombada p
A voz da mãe ressoava aguda e autoritária.Ana, assustada, buscou refúgio atrás de Maria.Maria encarou a mãe com um olhar gélido. - Foi o seu filho quem começou a intimidar a minha filha. Ela apenas se defendeu empurrando-o ele também empurrou.- Sua filha? - A mãe zombou, lançando um olhar desdenhoso a Maria.Maria manteve-se firme, indiferente às críticas, pois estava vestida de maneira modesta.A mãe examinou Maria de cima a baixo e riu: - Todos sabem que os dois filhos do Presidente Alves não têm mãe. De onde surgiu essa mãe fictícia? Ela atreve-se a chamar de mãe daquela criança. Parece que alguém está ansioso para se relacionar com a família Alves.Nesse momento, várias outras mães se aproximaram.A "Primeira-dama" atraiu as demais mães, debochando: - Ei, vejam só, essa mulher afirma ser a mãe da Ana. Vocês acreditam nisso?- Ah, isso também aconteceu? Claro que não acreditamos. Todos na cidade sabem que Ana e José não têm mãe. É improvável que alguém simplesmente invente um
Eduardo sorriu levemente lanç um olhar casual para a "Primeira-dama" à sua frente.A "Primeira-dama" que estava bastante arrogante antes, sentiu-se subitamente intimidada por seu olhar. No entanto, ela era uma pessoa de status e não podia perder a das outras mães. Caso contrário, como poderia manter seu prestígio no grupo de pais e na alta sociedade?Ela sorriu para Eduardo e perguntou: - Presidente Alves, o que você quer dizer com isso?- No sentido literal. Você não entende?A "Primeira-dama" fez de conta que não entendia: - Na verdade, eu realmente não entendi.Eduardo riu suavemente: - É mesmo? Eu não tinha ideia de que a esposa do prefeito de Cidade C era analfabeta e não conseguia entender um significado tão óbvio e literal.A "Primeira-dama" ficou furiosa.As outras mães ao lado seguraram o riso, mas não disseram nada.A "Primeira-dama" sentiu que estava perdendo a e rapidamente mudou o foco para Maria: - Presidente Alves, esqueci de mencionar a você. Essa mulher aparec
- Presidente Alves, por que está levando isso tão a sério? Isso não passou de uma brincadeira entre as crianças, não é nada grave. - Disse a "Primeira-dama".- Se acha que não é sério, então peça desculpas à minha esposa e faça seu filho se desculpar com a minha filha. - Disse Eduardo.A "Primeira-dama" ficou irritada e olhou para Eduardo. - Meu marido é o prefeito desta Cidade C...- Bem, o prefeito desta Cidade C também foi eleito pela nossa associação comercial naquela época. - Eduardo acariciou a cabeça de Ana e disse despreocupadamente. - Já se passaram três anos, parece que está na hora de trocar o prefeito desta Cidade C.A "Primeira-dama" mudou imediatamente de expressão ao ouvir isso.- Você... Não fale bobagem. Meu marido...- Seu marido costumava ficar na porta da minha casa implorando várias vezes. Eu tive pena dele, então mencionei o nome dele na associação comercial. Agora parece que ele costuma zombar de mim pelas costas. Nos últimos três anos, ele tem levado uma vida m
Antes de terminarem a conversa, Ana envolveu imediatamente seus braços ao redor da cintura de Maria e exclamou com alegria: - Mamãe, eu realmente tenho uma mamãe. A tia realmente se tornou minha mamãe. Isso é tão maravilhoso, Ana está tão feliz.Ao ver o rosto radiante d Ana, Maria sentiu uma mistura de emoções. Ela a cabeça de Ana e sussurrou: - A tia disse isso para te apoiar, é por isso que mencion ser sua mamãe. , continue me chamando de tia.O sorriso da menina desapareceu instantaneamente, e ela fez um bico, dizendo com tristeza: - Tia, por que você não quer ser a mamãe d Ana? Você não gosta d Ana?- Claro que gosto. - Maria sorriu e enxugou as lágrimas do rosto da menina. Ela falou suavemente. - A tia gosta muito de você, mas não pode ser sua mamãe de verdade.- Por quê? - Ana franziu a testa, olhando para Maria. Ela estava muito confusa. Se a tia gostava dela, por que não queria ser sua mamãe?Maria, sem alternativa, olhou para Ana e disse: - Porque a tia não é sua mamã