- Fábio, não tenho mais cenas para você, será que poderia me dar uma mão?Maria folheou sua lista de contatos, mas não encontrou ninguém de confiança para buscar as crianças. No fim das contas, precisou recorrer a Fábio. Ele era uma pessoa de temperamento excelente e sempre disposto a ajudar os outros.Ele respondeu prontamente: - Claro, do que se trata?- Bom, é o seguinte: uma amiga minha deixou três crianças comigo ontem. Tenho algumas cenas para filmar em seguida, e essas três crianças ainda estão na escola, esperando que eu as busque. Então, estava pensando se você poderia pegá-las para mim e trazê-las aqui.- Claro, em que escola elas estudam? - Fábio concordou de bom grado.Maria pegou o telefone para passar o nome da escola e o endereço.Mas, de repente, o telefone começou a tocar.Maria franziu o cenho, hesitou por alguns segundos antes de finalmente atender a ligação.- O que você quer?A voz do homem era indiferente e fria, criando um clima desagradável.Maria suspirou e
Eduardo ponderou por alguns instantes antes de balançar a cabeça: - Não, obrigado.Fernando sentiu um alívio intenso, quase derramando lágrimas de alegria. Nos últimos dias, o Presidente Alves estava trabalhando incansavelmente na empresa, realizando horas extras até às onze ou doze da noite e, por fim, dormindo no próprio local de trabalho. Isso o forçou a passar vários dias morando na empresa também. Se o Presidente Alves continuasse trabalhando tão arduamente, Fernando provavelmente enlouqueceria antes dele.Enquanto isso, Fábio lançou um olhar expectante a Maria: - Maria, você ainda precisa que eu busque as crianças?Ela balançou a cabeça em negação: - Não, o pai das crianças vai buscá-las. Mas, de qualquer forma, sou muito grata a você.Os olhos de Fábio se entristeceram um pouco, mas ele sorriu calorosamente: - Não há problema. Se precisar de ajuda no futuro, basta me dizer.- Sr. Fábio, você é realmente uma pessoa maravilhosa.Nesse momento, uma risada sarcástica e afiada
Viviane soltou uma risada sarcástica e provocadora: - O que é isso, Sr. Fábio querendo fazer uma boa ação e você tentando impedi-lo? Quem você acha que é para mandar nele assim? A namorada dele?Maria abaixou o olhar, esboçando um sorriso discreto, e respondeu tranquilamente: - Fábio é uma das maiores estrelas do momento. Por que ele se preocuparia em ajudar uma assistente até o carro? E se os repórteres o flagrassem fazendo isso, poderiam inventar todo tipo de histórias. Ou será que vocês estão planejando tudo isso de propósito, na esperança de se aproveitar do status dele?Viviane riu como se tivesse ouvido a piada mais engraçada do mundo: - Você está brincando, né? Mesmo que ele grande estrela, eu sou uma superstar internacional. Eu não preciso dele para subir na vida.- Você pode não precisar, mas isso não significa que sua assistente não esteja pensando assim. Olhe para ela, com pernas tão saudáveis, não parece que torceu o pé, não é?Maia ouviu isso e ficou furiosa, seus olhos
Maria riu de forma gélida: - É mesmo? Então, vamos esperar ansiosamente!Depois que Viviane se afastou, o sorriso frio no rosto de Maria desapareceu instantaneamente. Fábio se desculpou:- Desculpe, eu... Eu realmente não sabia o que fazer. Quase caímos na armadilha delas.- Não se preocupe, Viviane é astuta. É normal não saber como lidar com ela. Mas daqui para frente, se você não quiser fazer algo, simplesmente recuse. Não tenha medo de desapontá-las.Fábio assentiu com determinação.Depois de um momento, ele olhou nos olhos frios e profundos de Maria, hesitou e disse: - A propósito... O que Viviane disse agora, você não deve levar a sério.Maria o olhou sem entender. Fábio ficou com as orelhas vermelhas:- Quero dizer... As coisas que ela disse sobre eu gostar de você...- Certo, entendi... - Maria riu de repente. - Fique tranquilo, eu não vou levar isso a sério. Qualquer pessoa pode ver que você me trata com o mesmo respeito que trata uma irmã. Elas estão apenas falando bobagens.
Eduardo baixou os olhos, encarando o telefone que permanecia em silêncio, e uma preocupação tomou conta de seu semblante.Ele havia tentado ligar para aquela mulher várias vezes, mas ela não atendia suas ligações. Ninguém sabia se ela ainda estava no set de filmagens.O som da chuva lá fora aumentava, e sua inquietação crescia a cada momento.Ana correu até ele e perguntou: - Papai, podemos ir procurar a tia?- Sim, papai, lá fora está tão escuro, e a chuva está forte demais. Estamos realmente preocupados com a tia. - José também expressou sua preocupação.Enquanto isso, Pedro observava a situação com calma, parecendo um pequeno adulto.Eduardo olhou para o relógio, já eram quase nove horas.Ele ponderou por um momento e disse: - Vou preparar algo para vocês comerem primeiro. Se ela ainda não tiver voltado até às nove, então iremos procurá-la.As crianças concordaram unanimemente.No set de filmagens.O diretor gritou "Corta" mais uma vez, e o coração de Maria deu um salto.Felizmen
O estúdio de cinema era grande, com oito portões de entrada e saída.Maria seguiu a rota indicada pelo GPS, optando pelo atalho que a levaria mais rapidamente à estrada principal.No entanto, o caminho era estreito e pouco usado, especialmente à noite e em dias chuvosos, quando não havia ninguém à vista.Mas era a rota mais próxima da saída, e o GPS mostrava que estava a apenas quinze minutos a pé da estrada principal, onde poderia pegar um táxi.Após alguns minutos de caminhada, a chuva finalmente cessou, mas ela estava completamente encharcada, seus cabelos gotejavam água.Se não fosse pelo compromisso de cuidar das três crianças, ela teria pensado em passar a noite no carro.Porém, uma vez que havia concordado com Cláudio em cuidar de Pedro, ela sabia que precisava retornar.As luzes da rua brilhavam intensamente, refletindo nas poças d’água.A luz das lâmpadas iluminava Maria, realçando sua figura magra e solitária.Ela espirrou algumas vezes seguidas e sentiu-se extremamente fria.
Ela fez o seu melhor para usar um tom sedutor ao falar com o homem, reclamando de forma manhosa: - Se estamos apenas brincando, por que estão me segurando assim? Vocês machucaram minhas mãos. Como vamos brincar assim?O homem ficou atordoado ao vê-la sorrir de repente. Os outros homens também ficaram surpresos.Naquele momento, um homem puxava o braço dela, enquanto outro a abraçava pela cintura.Os outros dois a cercavam, como se tivessem medo de que ela fugisse.Maria notou que todos eles estavam confusos e, com um toque de timidez, disse: - Não é que eu não queira brincar com vocês, é só que estamos em um lugar público. Não consigo me soltar aqui...Os quatro homens foram pegos de surpresa pela súbita mudança de comportamento dela.Um deles falou com uma expressão séria: - Então venha embora com a gente.Maria parecia triste e seus olhos estavam cheios de lágrimas.- Mas por que estão puxando assim? Vejam, machucaram meu pulso. - Enquanto falava, ela intencionalmente agarrou o br
Os homens trocaram olhares entre si. De repente, um deles avançou para pegar um pedaço de papel.Os outros três, com medo de ficar para trás, rapidamente se apressaram para pegar também.- O meu é o mais longo, eu vou primeiro. - O mais alto disse com um sorriso no rosto. Os outros três homens zombaram dele:- Olhem para a atitude dele, se achando! - É mesmo!Maria riu baixinho para os três homens e disse: - Então, por favor, fiquem de guarda. Maria foi para o mato com o homem alto e magro. O homem estava visivelmente ansioso.Maria rapidamente afastou os braços dele e fez o possível para parecer sedutora: - O chão está cheio de espinhos, deite-se. - O homem ficou confuso por um momento e então entendeu. - Certo, certo, eu me deito... Ele estava tão ansioso que imediatamente se deitou no chão.Maria fingiu acariciá-lo, com um sorriso malicioso: - Feche os olhos primeiro. O homem relutou e perguntou com cautela: - Por que devo fechar os olhos? Maria se virou, fingindo timidez