Maria riu de forma gélida: - É mesmo? Então, vamos esperar ansiosamente!Depois que Viviane se afastou, o sorriso frio no rosto de Maria desapareceu instantaneamente. Fábio se desculpou:- Desculpe, eu... Eu realmente não sabia o que fazer. Quase caímos na armadilha delas.- Não se preocupe, Viviane é astuta. É normal não saber como lidar com ela. Mas daqui para frente, se você não quiser fazer algo, simplesmente recuse. Não tenha medo de desapontá-las.Fábio assentiu com determinação.Depois de um momento, ele olhou nos olhos frios e profundos de Maria, hesitou e disse: - A propósito... O que Viviane disse agora, você não deve levar a sério.Maria o olhou sem entender. Fábio ficou com as orelhas vermelhas:- Quero dizer... As coisas que ela disse sobre eu gostar de você...- Certo, entendi... - Maria riu de repente. - Fique tranquilo, eu não vou levar isso a sério. Qualquer pessoa pode ver que você me trata com o mesmo respeito que trata uma irmã. Elas estão apenas falando bobagens.
Eduardo baixou os olhos, encarando o telefone que permanecia em silêncio, e uma preocupação tomou conta de seu semblante.Ele havia tentado ligar para aquela mulher várias vezes, mas ela não atendia suas ligações. Ninguém sabia se ela ainda estava no set de filmagens.O som da chuva lá fora aumentava, e sua inquietação crescia a cada momento.Ana correu até ele e perguntou: - Papai, podemos ir procurar a tia?- Sim, papai, lá fora está tão escuro, e a chuva está forte demais. Estamos realmente preocupados com a tia. - José também expressou sua preocupação.Enquanto isso, Pedro observava a situação com calma, parecendo um pequeno adulto.Eduardo olhou para o relógio, já eram quase nove horas.Ele ponderou por um momento e disse: - Vou preparar algo para vocês comerem primeiro. Se ela ainda não tiver voltado até às nove, então iremos procurá-la.As crianças concordaram unanimemente.No set de filmagens.O diretor gritou "Corta" mais uma vez, e o coração de Maria deu um salto.Felizmen
O estúdio de cinema era grande, com oito portões de entrada e saída.Maria seguiu a rota indicada pelo GPS, optando pelo atalho que a levaria mais rapidamente à estrada principal.No entanto, o caminho era estreito e pouco usado, especialmente à noite e em dias chuvosos, quando não havia ninguém à vista.Mas era a rota mais próxima da saída, e o GPS mostrava que estava a apenas quinze minutos a pé da estrada principal, onde poderia pegar um táxi.Após alguns minutos de caminhada, a chuva finalmente cessou, mas ela estava completamente encharcada, seus cabelos gotejavam água.Se não fosse pelo compromisso de cuidar das três crianças, ela teria pensado em passar a noite no carro.Porém, uma vez que havia concordado com Cláudio em cuidar de Pedro, ela sabia que precisava retornar.As luzes da rua brilhavam intensamente, refletindo nas poças d’água.A luz das lâmpadas iluminava Maria, realçando sua figura magra e solitária.Ela espirrou algumas vezes seguidas e sentiu-se extremamente fria.
Ela fez o seu melhor para usar um tom sedutor ao falar com o homem, reclamando de forma manhosa: - Se estamos apenas brincando, por que estão me segurando assim? Vocês machucaram minhas mãos. Como vamos brincar assim?O homem ficou atordoado ao vê-la sorrir de repente. Os outros homens também ficaram surpresos.Naquele momento, um homem puxava o braço dela, enquanto outro a abraçava pela cintura.Os outros dois a cercavam, como se tivessem medo de que ela fugisse.Maria notou que todos eles estavam confusos e, com um toque de timidez, disse: - Não é que eu não queira brincar com vocês, é só que estamos em um lugar público. Não consigo me soltar aqui...Os quatro homens foram pegos de surpresa pela súbita mudança de comportamento dela.Um deles falou com uma expressão séria: - Então venha embora com a gente.Maria parecia triste e seus olhos estavam cheios de lágrimas.- Mas por que estão puxando assim? Vejam, machucaram meu pulso. - Enquanto falava, ela intencionalmente agarrou o br
Os homens trocaram olhares entre si. De repente, um deles avançou para pegar um pedaço de papel.Os outros três, com medo de ficar para trás, rapidamente se apressaram para pegar também.- O meu é o mais longo, eu vou primeiro. - O mais alto disse com um sorriso no rosto. Os outros três homens zombaram dele:- Olhem para a atitude dele, se achando! - É mesmo!Maria riu baixinho para os três homens e disse: - Então, por favor, fiquem de guarda. Maria foi para o mato com o homem alto e magro. O homem estava visivelmente ansioso.Maria rapidamente afastou os braços dele e fez o possível para parecer sedutora: - O chão está cheio de espinhos, deite-se. - O homem ficou confuso por um momento e então entendeu. - Certo, certo, eu me deito... Ele estava tão ansioso que imediatamente se deitou no chão.Maria fingiu acariciá-lo, com um sorriso malicioso: - Feche os olhos primeiro. O homem relutou e perguntou com cautela: - Por que devo fechar os olhos? Maria se virou, fingindo timidez
Maria estava à beira do colapso. Segurava um galho de árvore firmemente em suas mãos.Os passos se aproximavam cada vez mais, como se estivessem ao seu lado. Seu coração pulsava tão intensamente que parecia prestes a saltar pela garganta. Ela mordeu os lábios com força enquanto suas mãos tremiam segurando o galho.Os passos pararam atrás dela. Os nervos de Maria, esticados como cordas de violino, se romperam de repente. Ela gritou, levantou-se e rapidamente espetou o galho na direção dos passos. No entanto, o galho que ela tinha espetado foi interceptado facilmente.Uma voz rouca e familiar soou: - Sou eu!Maria olhou atônita para o homem diante dela. Mesmo na iluminação fraca, podia ver claramente que era Eduardo, com seus olhos sombrios e sobrancelhas franzidas.Naquele momento, toda a força pareceu abandoná-la. Suas pernas cederam, e ela caiu no chão.Eduardo deu um grito de surpresa e, com um movimento rápido, a puxou para seus braços.Sentindo o corpo da mulher tremendo viol
Ele a fitou instintivamente e, ao ver o medo e o pânico em seus olhos, seu coração apertou, acompanhado de uma pontada aguda de dor.Estendeu a mão e afagou seus cabelos molhados e desalinhados, sussurrando suavemente: - Não tenha medo, eu e as crianças estamos aqui, ninguém vai te machucar.Ao dizer isso, tentou soltar a mão dela, mas a mulher segurou sua roupa como se estivesse se agarrando sua chance de salvação.Eduardo suspirou com pesar e então ligou o rádio do carro. Uma música suave começou a tocar, acalmando os nervos de todos no veículo.Pedro de repente inclinou a cabeça para frente e disse a Maria com seriedade: - Tia, não tenha medo, eu e o tio vamos te proteger.Maria piscou os olhos e algumas lágrimas rolaram pelo seu rosto. Embora sua mão tivesse relaxado um pouco, seu corpo ainda tremia.Eduardo gentilmente enxugou as lágrimas do rosto dela e disse suavemente: - Está tudo bem, estamos indo para casa agora, e tudo ficará bem.Depois disso, tentou novamente soltar a
Eduardo despertou abruptamente, se deparando com Maria presa em um pesadelo aterrorizante ao seu lado.Ela balançava a cabeça freneticamente, seu rosto atormentado, enquanto suas mãos se agitavam descontroladamente no ar.Eduardo franziu o cenho e segurou sua mão com delicadeza, envolvendo-a em um gesto reconfortante. Sussurrou: - Não tenha medo, estou aqui, não tenha medo...Maria resistiu por um instante nos braços dele antes de finalmente se acalmar. Eduardo a abraçou com firmeza, seu coração apertado.Ela sempre havia agido como uma espinheira em sua vida, ferindo-o com suas palavras afiadas. Mas naquele dia, que tipo de medo a fez revelar tanta vulnerabilidade diante dele?Ele acariciou suas costas várias vezes, tentando dissipar o medo que a assombrava por dentro.Maria franzia a testa, expressando dor enquanto murmurava algo. Após algum tempo, ela abriu os olhos lentamente.Ficou ali, imóvel, apoiada no ombro de Eduardo, sentindo o conforto de sua gentileza. Um sorriso irônic