- Maria! - Helena gritou abruptamente.Eduardo ficou atordoado. Ele agarrou Maria inconscientemente enquanto ela caía, perguntando em choque:- O que aconteceu?Talvez nem mesmo ele percebeu que sua voz estava tremendo.Maria, com olhos mortiços, olhava diretamente para ele. Um sorriso forçado apareceu em seu rosto pálido, a boca tingida de vermelho sangue. Era uma visão de partir o coração.Ela disse:- Finalmente, estou morrendo... Eduardo, você... Está satisfeito agora?Eduardo negou inconscientemente. Ele queria desesperadamente dizer algo, mas a mulher em seus braços fechou os olhos lentamente.Os gritos e lamentos de Helena ressoavam em seus ouvidos, assim como Viviane chamando por um médico.Parecia que ele não conseguia ouvir nada. Ele correu para a sala de emergência com a mulher em seus braços.Naquele momento, ele derrubou muitas pessoas. Para os que olhavam, ele parecia um louco.A luz da sala de emergência se acendeu, e ele foi isolado do lado de fora.Viviane puxou-o para
- Onde está ela? Onde está Maria?Tendo acalmado José, Eduardo voltou e notou a porta da sala de emergência escancarada. Não havia um único médico dentro e Maria estava desaparecida.Viviane, vendo o desespero nos olhos de Eduardo, sentia um ciúme avassalador, mas manteve um semblante calmo e disse:- Eduardo, primeiro, não se preocupe tanto. Sobre o José...- Onde está Maria? - Eduardo não permitiu que ela terminasse, irrompendo num grito de desespero.Viviane ficou atônita.Ele nunca havia gritado com ela assim antes, nunca, sequer havia elevado a voz para falar ela.Naquele momento, ciúmes consumiam todo o seu ser. Mas ela era uma atriz nata, conseguindo manter um sorriso suave e inofensivo em seu rosto mesmo com ciúme fervendo em seu coração:- Eduardo, não se preocupe. Minha irmã está bem.- Ela vomitou tanto sangue. Como pode estar bem? - Eduardo estava em pânico, procurando por ela em todos os lugares ao redor da sala de emergência. Foi quando o médico de Maria chegou.- Chego
A mansão da família Alves.Helena batia incessantemente no portão da casa, gritando o nome de Eduardo. Gritou por mais de uma hora, sem obter resposta. Por fim, até os guardas vieram para expulsá-la. Ela chorou em desespero.Sim, ela havia presenciado o que aconteceu naquele dia, Eduardo detestava Maria, desejava que Maria morresse, como poderia ele vir resgatar Maria? Ela estava pensando demais. Ela não deveria ter vindo implorar para aquele homem frio.Na janela do segundo andar, Viviane observava sombriamente a figura que se afastava de Helena, um sorriso frio e triunfante aparecendo lentamente em seus lábios. Pensando em salvar aquela mulher? Só nos sonhos!Não muito tempo depois que Helena se foi, uma van entrou no pátio. Antônio, com extremo cuidado, carregava José, que acabara de sair do hospital, em direção à casa, com Ana seguindo obedientemente ao lado.Assim que entraram na casa, Viviane veio ao encontro deles, dizendo docemente:- Deixe-me cuidar de José.- Não há necessida
Depois de Antônio ter falado, demorou um bom tempo para ouvir uma resposta de Eduardo. Ele não resistiu e olhou para o retrovisor, viu aquele homem com os olhos entreabertos, seu rosto sem expressão alguma, era impossível entender seus pensamentos. Antônio umedeceu os lábios, será que o senhor já não se importava mais com Maria?Mas como era uma questão de vida ou morte, ele não resistiu e falou novamente:- Senhor, Maria, ela...- Morreu? - Eduardo de repente falou.- Hã? - Antônio ficou confuso. - O que morreu?- Maria. - Eduardo disse com uma voz neutra, sem um traço de preocupação.Antônio ficou em silêncio, sem saber o que dizer.Eduardo deu uma risada fria, dizendo:- Maria realmente gosta dessas artimanhas, da próxima vez que você encontrar aquela mulher que veio fazer um escândalo, diga a ela que se Maria realmente quiser morrer, eu, Eduardo, estou disposto a deixá-la morrer mais cedo para evitar que ela continue se fingindo.Que absurdo, ele ainda nem havia ido atrás daquela m
Maria teve um sonho muito, muito longo.Ela sonhou que estava matando aula e escalando o muro da escola, mas acidentalmente caiu nos braços de um jovem bonito e sereno.O jovem era frio, e sua primeira reação foi jogá-la no chão.Mais tarde, ela descobriu que o nome do rapaz era Eduardo Alves.Antes de morrer, sua mãe lhe disse que se encontrasse alguém chamado Eduardo Alves durante sua vida, ela deveria protegê-lo com sua vida, pois essa era a dívida que ela devia.Embora não entendesse as palavras de sua mãe, ela começou a agradar o rapaz chamado Eduardo por causa das palavras de sua mãe.Mas o rapaz não gostava dela e sempre a insultava.No entanto, mesmo em seus sonhos, mesmo quando Eduardo a perturbava e a rejeitava, ela ainda se sentia feliz.Porque, embora o rapaz a perturbasse e a rejeitasse, ele nunca quebrava as promessas que fazia a ela.Não havia desespero dilacerante nos sonhos, até que... O vermelho do sangue gradualmente inundou todo o sonho.Havia uma criança chamando p
- O que foi? Está viciada em atuar que, adivinhando que eu viria, preparou as lágrimas com antecedência? - Olhando para os olhos vermelhos e lacrimejantes de Maria, Eduardo soltou uma risada sarcástica. - É uma pena, mesmo que você chore até morrer na minha frente, eu não vou olhar para você de novo, então pare de fingir ser coitada diante de mim.Lembrando dela fingindo morrer naquele dia, ele se sentia enojado, furioso!Maria puxou o canto dos lábios num sorriso amargo.Ele sempre achava que as lágrimas dela eram apenas para se fazer de coitada, como se ela não pudesse ficar triste ou angustiada.Mas na época, quando Teresa chorava, ele claramente sentia pena.Essa era a diferença entre gostar e desprezar.Ela enxugou as lágrimas dos olhos com teimosia e perguntou em voz baixa:- O que você quer?- José está doente, e você nem pensou em perguntar sobre ele? É mesmo uma pessoa fria e egoísta!Mencionando José, o coração de Maria se apertou, mas sua voz permaneceu extremamente indifere
A figura da mulher se apoiava na parede, tossindo com agonia. Nos olhos de Eduardo, um brilho de impaciência emergiu. Ele zombou, com um sorriso irônico:- Desde quando você se tornou tão frágil, Maria? Já disse muitas vezes, não há necessidade de fingir diante de mim. É inútil!Maria, calmamente, limpou um fio de sangue que escapou do canto de sua boca e olhou para ele. Um sorriso forçado apareceu em seu rosto pálido:- Quando seus olhos se tornaram tão perspicazes, Eduardo? Sempre consegue ver através de minhas farsas.O sarcasmo em suas palavras era evidente. Eduardo soltou uma risada fria e entrou no carro. Maria, respirando fundo, reprimiu a dor em seu pulmão e caminhou lentamente até o veículo. Assim que entrou, Eduardo deu partida.Desprevenida, Maria caiu desajeitadamente no assento, sendo tomada por uma tosse violenta. O som preencheu o compartimento do carro. Eduardo, irritado, zombou novamente:- Você tosse com tal realismo, alguém de fora poderia pensar que está realmente c
O armário vazio continha apenas uma camisa preta. Ela franziu a testa e pegou a camisa. Era estranho, por que havia uma camisa preta aqui? Pelo tamanho, parecia ser do Eduardo. Porém, antes, este quarto não continha nada dele, então, quando essa camisa apareceu aqui? Ou talvez os empregados a tenham pendurado aqui por engano?Com a cabeça um pouco confusa, ela não pensou muito e colocou a camisa. A camisa era grande, parecia um vestido amplo quando usada. Ainda restava um leve aroma de tabaco na roupa. Ao pensar que Eduardo possivelmente tinha usado essa camisa, ela se sentiu desconfortável. No entanto, agora, ela só podia vestir a camisa e ver se as suas antigas roupas ainda estavam no quarto.Não sabia se Eduardo tinha mandado alguém para guardar suas coisas no porão, caso contrário, não teria nada para vestir. Ela abriu a porta do banheiro e correu apressadamente para o guarda-roupa. Ao abri-lo, estava cheio de suas roupas antigas.Seus antigos vestidos ainda não haviam sido jogados