A figura da mulher se apoiava na parede, tossindo com agonia. Nos olhos de Eduardo, um brilho de impaciência emergiu. Ele zombou, com um sorriso irônico:- Desde quando você se tornou tão frágil, Maria? Já disse muitas vezes, não há necessidade de fingir diante de mim. É inútil!Maria, calmamente, limpou um fio de sangue que escapou do canto de sua boca e olhou para ele. Um sorriso forçado apareceu em seu rosto pálido:- Quando seus olhos se tornaram tão perspicazes, Eduardo? Sempre consegue ver através de minhas farsas.O sarcasmo em suas palavras era evidente. Eduardo soltou uma risada fria e entrou no carro. Maria, respirando fundo, reprimiu a dor em seu pulmão e caminhou lentamente até o veículo. Assim que entrou, Eduardo deu partida.Desprevenida, Maria caiu desajeitadamente no assento, sendo tomada por uma tosse violenta. O som preencheu o compartimento do carro. Eduardo, irritado, zombou novamente:- Você tosse com tal realismo, alguém de fora poderia pensar que está realmente c
O armário vazio continha apenas uma camisa preta. Ela franziu a testa e pegou a camisa. Era estranho, por que havia uma camisa preta aqui? Pelo tamanho, parecia ser do Eduardo. Porém, antes, este quarto não continha nada dele, então, quando essa camisa apareceu aqui? Ou talvez os empregados a tenham pendurado aqui por engano?Com a cabeça um pouco confusa, ela não pensou muito e colocou a camisa. A camisa era grande, parecia um vestido amplo quando usada. Ainda restava um leve aroma de tabaco na roupa. Ao pensar que Eduardo possivelmente tinha usado essa camisa, ela se sentiu desconfortável. No entanto, agora, ela só podia vestir a camisa e ver se as suas antigas roupas ainda estavam no quarto.Não sabia se Eduardo tinha mandado alguém para guardar suas coisas no porão, caso contrário, não teria nada para vestir. Ela abriu a porta do banheiro e correu apressadamente para o guarda-roupa. Ao abri-lo, estava cheio de suas roupas antigas.Seus antigos vestidos ainda não haviam sido jogados
Maria sentiu um sobressalto em seu coração, mas disse bravamente:- Você que me chamou para cuidar de José, quer me expulsar agora?Eduardo pressionou seus ombros magros, ao ver o canto de sua roupa levantada, a respiração parou. Essa maldita mulher, mesmo sendo tão feia, ainda era capaz de seduzir pessoas. Ele rangeu os dentes, olhando para ela por um longo tempo, antes de se levantar e dizer friamente:- Vou te dizer uma coisa, já que você está aqui para cuidar de José, então cuide bem dele. Caso contrário, você vai se arrepender!- Se você não confia em mim, por que me chamou?- Você acha que eu queria? - Eduardo a empurrou com desgosto. - É melhor você ser sincera com as crianças, fazer o bem e acumular boas ações.Terminando de falar, ele saiu diretamente, sem olhar para ela.Fazer o bem e acumular boas ações?Maria sorriu sarcasticamente, o que ele achava que ela era? Tão malvada e sem caráter que precisava fazer o bem e acumular boas ações para purificar o espírito?Não muito
A zombaria implacável soou de repente acima de sua cabeça.- Você realmente nunca deixa de fingir ser fraca, não é? Com um talento tão grande para a atuação, é uma pena você não ser uma estrela e se contentar em ser assistente. Que desperdício.Maria apertou as palmas das mãos, lutando para permanecer consciente. Ela se esforçou para se levantar do abraço dele e sorriu brilhantemente:- Sim, também acho que estou desperdiçando meu talento. Que tal você me contratar para o Grupo GK para ser uma atriz?O sorriso pálido da mulher era particularmente notável. Eduardo achava que as habilidades de atuação dessa mulher eram excelentes, tão autênticas apesar de serem claramente falsas. Se ele não soubesse de seu coração malicioso, teria sido enganado por esta falsa máscara.Vendo que o olhar do homem sobre ela se tornava cada vez mais frio, cada vez mais nojento e desprezível, Maria esticou os lábios, segurou a náusea em seu corpo e sorriu para ele:- Que estranho, como você aconteceu de estar
Os passos de Maria abruptamente cessaram. Eduardo entreabriu os olhos, fitando intensamente a silhueta dela.- Foi ele que fez você assinar aquele contrato, não foi?Ele não conseguia imaginar mais ninguém com esse poder além de Cláudio. Maria lentamente se virou, encarando-o sem expressão alguma:- Eu já não tenho mais nenhum contato com Cláudio. Ele não foi quem me fez assinar aquele contrato. E quanto a quem o fez, porque eu deveria te dizer?Ela realmente não sabia quem era a pessoa misteriosa que a fez assinar aquele contrato. Mesmo que soubesse, ela jamais contaria a esse homem. Afinal, essa pessoa misteriosa a salvou, enquanto Eduardo era seu inimigo, aquele que desejava matá-la. Como ela poderia entregar as informações de seu salvador a este inimigo?Observando o semblante sombrio de Eduardo, ela soltou um riso irônico:- Falando nisso, aquele contrato é um assunto entre Patricia e eu, por que você precisa investigar tanto?- Como poderia prevenir seus métodos maliciosos e ocul
- Presidente Alves está chegando, Presidente Alves está vindo para cá...Um tremor correu pelo fundo do coração de Maria, surpresa a ponto de quase deixar cair a marmita de sua mão.Este lugar era claramente o canto mais remoto do backstage, como Eduardo poderia aparecer aqui?Levantou a cabeça pálida e viu Eduardo passar bem em frente a ela, sem olhar de lado, indo em direção a Viviane, não muito longe.Que azar, Viviane também estava aqui.A cabeça que já estava tonta e dolorida agora doía ainda mais.Se soubesse que seria assim, ela não teria se agachado aqui. Felizmente, parecia que Eduardo não tinha notado a presença dela.Justamente quando estava aliviada por dentro, notou que havia uma coxa de frango a mais em sua tigela.Olhou para lá com surpresa e viu o rosto sorridente e gentil de Rodrigo.- Você...- Você está muito magra, precisa comer mais proteínas.- Não precisa, não precisa... - Voltando a si, Maria rapidamente devolveu a coxa de frango à tigela de Rodrigo.Quem diria
- Está tudo bem?Maria não se moveu, esperando que Rodrigo tirasse algo de seus olhos.Naquele instante, ela sentiu os olhares ao redor se tornarem ainda mais penetrantes.Ela não resistiu e empurrou Rodrigo à sua frente:- Está bem, esquece. Se não conseguir, deixa pra lá.- Não se mexa, logo vai ficar tudo bem.Ele estendeu a mão e beliscou levemente as pálpebras de Maria.- Olha, era isso que estava grudado no seu olho. É por isso que seus olhos estavam vermelhos.Maria ficou um pouco constrangida. Seus olhos estavam vermelhos apenas por causa das lembranças, nada mais.Mas realmente havia um fiapo de pelos nos dedos dele.- Obrigada.Agradeceu Maria com um sorriso educado.Quando estava prestes a sair, viu Eduardo parado em sua frente com uma expressão sombria. Ela ficou assustada.Após se acalmar, ela abaixou a cabeça e continuou a comer sua coxa de frango, fingindo não vê-lo.Afinal, ele não a incomodaria em um lugar público.De fato, aquele homem não disse nada, apenas chamou o
- Fernando, dirija!Ele dizia enfurecido, encarando o rosto pálido e teimoso de Maria, cheio de raiva.Fernando estava hesitante:- Mas a Senhora Maria está na frente.Eduardo falou friamente:- Dirija. Se algo acontecer, eu assumo as responsabilidades.- Mas...- Se você disser mais uma palavra, pode se considerar demitido.Fernando imediatamente calou a boca. Ele olhou para Maria, preocupado, e depois fechou os olhos e engatou o carro com os dentes cerrados.Brigar com esse casal era realmente perigoso.“Senhora, foi uma ordem do Presidente Alves. Por favor, não me culpe.”Fernando pensou em silêncio enquanto o carro ligava. Ele não conseguiu evitar abrir os olhos e ficou chocado ao descobrir que Maria ainda bloqueava o caminho do carro.Vendo o carro prestes a atingi-la, Fernando gritou de susto.No entanto, no momento em que o carro iria lesiona-la, uma figura apareceu de repente e puxou Maria para o lado.O carro passou zunindo.Fernando soltou um suspiro de alívio, mas quando rec