Quando Eduardo partiu decididamente com Viviane, teria ele imaginado que Maria chegaria a esse estado? Se tivesse imaginado, teria escolhido salvá-la? Não, com certeza não!Mesmo que Eduardo tivesse testemunhado Maria sendo humilhada com seus próprios olhos, provavelmente não teria se sensibilizado. Primeiro foi a Teresa, agora é a Viviane. No coração dele, ela nunca teve um lugar guardado.No entanto, ela o amou com toda a intensidade do mundo. Quando Maria olhava para trás, conseguia sentir apenas uma tristeza profunda, percebia o quão ridículo foi suas decisões.O som das roupas sendo rasgadas pareciam agulhas afiadas que estimulavam seus nervos entorpecidos. Com um acumulado de tristeza infinita em seu coração, Maria vomitou de repente, e expeliu um jorro de sangue em direção a Rodrigo.O rosto dela mudou:- Você...E justo nesse momento, uma figura alta entrou calmamente no resinto.Rodrigo se levantou imediatamente eobservou aquela pessoa chegando:- Quem é você? O que quer?Quan
Somente à meia-noite, Eduardo regressou à Mansão da Baía Rasa, com seu rosto desolado, mal conseguindo esconder o cansaço que o consumia depois desse dia completamente exastivo. Miguel, como se tivesse estado à sua espera por um longo tempo, levantou-se assim que o avistou, e dirigiu-se a ele:- Vovó estava esperando por você. Vá até ela.Entretanto, Eduardo apenas esboçou um sorriso melancólico e respondeu:- Diga a ela por mim que não consegui salvar Maria. Então agora ela pode ficar satisfeita. Miguel desejava dizer mais, mas ao ver Eduardo já arrastando seu corpo fatigado em direção ao andar de cima, decidiu ficar quieto. Vovó Diana estava parada na curva da escada esperando Eduardo que, sem hesitar, passou na frente dela e a ignorou por completo. O coração de Vovó Diana doeu como uma lâmina afiada:- Vale a pena agir assim por uma mulher que quer matar a sua avó?Eduardo parou imediatamente:- Ela realmente quer matar a senhora?- Está duvidando de mim?- Não!Eduardo voltou-se pa
- Acabamos de receber um relatório dos nossos subordinados. Eles disseram que encontraram o Rodrigo, mas...- Mas o quê?A voz de Eduardo tornou-se gélida enquanto Fernando apressou-se a dizer:- Mas o Rodrigo estava em um hospital psiquiátrico.- Hospital psiquiátrico?Hospitais psiquiátricos abrigam todo tipo de paciente com distúrbios mentais. Assim que Eduardo e Fernando entraram no pátio, vários pacientes riram de maneira estranha para eles. Algumas pessoas exibiam dentes e soltavam risadas assustadoras, que chegavam a arrepiá-los.Fernando sentiu um arrepio e instintivamente se aproximou do diretor do hospital. Nesse momento, um paciente correu rapidamente em direção a eles. Fernando ficou assustado e rapidamente se colocou na frente de Eduardo.Eduardo gentilmente o afastou e olhou para o paciente. Era Rodrigo.- Eu sou uma estrela internacional, todos vocês devem me adorar e admirar agora.Rodrigo parava, olhava e voltava a falar:- O que são aquelas celebridades famosas? Quand
Eduardo segurou firme a gola de Rodrigo:- O que você quer dizer com 'ela vai morrer'? Fale claramente.- Isso mesmo, ela está morrendo. Você não viu? Aquela mulher vomitou muito sangue, não conseguia parar... Ela vai morrer...Eduardo ficou furioso:- O que você fez com ela?- Eu não fiz nada, ela mesma vomitou sangue, é verdade. Ela não parava de vomitar. E tinha um homem com ela também, ele era bonito demais, aquela mulher estava deitada nos braços dele, chorando incessantemente, dizendo que ia morrer...- E quem é esse homem? Onde eles estão agora?- Aquele homem... Aquele homem...Rodrigo murmurou baixinho e de repente gritou loucamente:- Não me machuquem, não me machuquem! Eu sou uma estrela internacional, vocês não podem me tocar, saiam daqui!... Não fui eu, não fui eu! Eu não agradava as mulheres ricas, não me vendi, não fui eu, saia... Socorro, socorro!Rodrigo escapou do aperto de Eduardo e gritando, ele saiu correndo.Eduardo deu alguns passos vacilantes. Lembrando-se da ce
Mal Miguel terminou de falar, um rosnado feroz e baixo ecoou, acompanhado pelo som do vento uivante. Antes que ele pudesse reagir, um punho pesado atingiu com força sua mandíbula.Miguel caiu desajeitadamente à beirada da cama. Ao virar a cabeça, se deparou com Eduardo entrando, os olhos avermelhados e repletos de fúria.Miguel limpou o traço de sangue do canto dos lábios e não pôde evitar comentar:- Você perdeu o controle, não foi?Vovó Diana também se sentou apreensiva:- Duba, por que você bateu no Miguel?- Essa é a pergunta que você deveria fazer a ele! - Eduardo encarou Miguel com firmeza, dor evidente em sua voz. - Maria está gravemente doente e você nunca me disse nada? Ela não tem muito tempo, por que manteve isso em segredo? Você sabia, mas preferiu não contar. Qual é sua verdadeira intenção?Fernando teve que segurá-lo com força pelo braço para evitar um segundo golpe em Miguel.- Minha intenção? - Miguel riu amargamente. - Eu sugeri isso várias vezes, mencionei que ela est
Miguel se virou para Eduardo e disse:- Se você quer salvá-la, então vá encontrá-la o mais rápido possível. Talvez eu ainda possa tratá-la a tempo.Eduardo ouviu isso e agarrou imediatamente o braço de Miguel, sua voz emocionada tremendo ligeiramente:- Você disse... Você disse que pode curá-la?- Claro, afinal, os gênios da medicina não são chamados à toa.Miguel resmungou, tocando intencionalmente sua mandíbula inchada, onde ele foi atingido.Eduardo disse com voz profunda:- Desde que você possa curá-la, eu farei qualquer coisa por você.- Isso também depende de você encontrá-la o mais rápido possível.Miguel continuou, seu tom de repente se tornando grave:- A situação dela está muito ruim, não resta muito tempo, vá encontrá-la logo.Eduardo ficou pensativo, lembrando das vezes em que a viu sofrendo durante suas crises. Seu coração se apertou.De qualquer forma, ele tinha que encontrá-la o mais rápido possível.Vovó Diana balançou a cabeça com tristeza:- Por que ainda procurar por
Com esforço, ela se acomodou na cama e observou a lavanda no criado-mudo, intrigada. Nesta estação, a lavanda ainda podia florescer tão vivamente?Lavanda era sua flor favorita, e somente Cláudio sabia disso. Quanto a Eduardo...Enquanto estava perdida em pensamentos, fitando fixamente a suave lavanda, a porta do quarto se abriu subitamente.Era Cláudio.Como em suas memórias, Cláudio ainda estava tão belo, a bondade em seus olhos fazia as pessoas se sentirem como se estivessem envoltas na brisa primaveril de março. Quentinho.Às vezes, ela pensava, quem poderia ser sua mãe para dar à luz a um rosto tão belo como o dele?- Você está me encarando assim porque não me reconheceu, ou está hipnotizada por mim?Maria sorriu:- Você ainda gosta de fazer piadas como antes.Sua pele estava pálida como papel e seu semblante magro se iluminou com o sorriso, tornando-a vulnerável e comovente.Cláudio dissipou a escuridão em seus olhos e se aproximou.- Parece que você teve um tempo difícil durante
Um leve tremor percorreu o coração de Eduardo, mas ele logo recuperou sua calma exterior. Se virou e esboçou um leve sorriso.- Já que você voltou, por que não me avisou?As mãos de Cláudio estavam nos bolsos enquanto ele sorria despreocupadamente.- Você sabe como é, a avó nunca quis que eu voltasse. Então, você quer vê-la?Eduardo não respondeu, simplesmente entrou na casa.A casa de campo tinha uma decoração simples, mas exalava uma atmosfera fresca e elegante. Por toda parte, havia lavandas frescas.Por algum motivo, essas lavandas pareciam desagradáveis aos olhos de Eduardo.Um criado trouxe uma xícara de café para Eduardo. Ele sorriu levemente:- Lembro-me de que... Você costumava não gostar de lavandas.- Bem, alguém gostava delas, e então eu acabei gostando também.Sua resposta casual carregava um significado profundo aos ouvidos de Eduardo.No entanto, Eduardo perdeu a paciência para conversas triviais. Foi direto ao ponto:- Maria está aqui com você, não está?Cláudio levanto