Os olhos de Maria se arregalaram em choque. Ele realmente iria beijá-la? Ele não a detestava? Voltando à realidade, ela lutou ferozmente para se soltar, mas, no instante seguinte, Eduardo repentinamente caiu imóvel sobre seu ombro. Com esforço, ela conseguiu se acalmar e tentou empurrá-lo:- Eduardo, você...Ao tocar nele, Eduardo caiu flácido no chão. Ele realmente estava bêbado. Uma expressão de escárnio cruzou o rosto de Maria. Ele deveria ter confundido ela com Teresa e, por isso, a beijou, certo?Ela lançou um olhar indiferente ao homem no chão e se voltou para entrar na casa. Com as costas apoiadas na porta fria, um pensamento cruel começou a rondar sua mente. Se Eduardo congelasse até a morte lá fora esta noite, isso seria uma vingança para o filho dela. Além disso, não haveria mais ameaças à sua vida no futuro.Mas... Ela olhou para José, que dormia profundamente na cama, um momento de hesitação passando por seu coração. José e Ana eram crianças boas, perder o pai seria muito
Ela levantou seus olhos surpresos e encontrou-se com um rosto impressionante.Era Rodrigo Lima, o co-protagonista de "Corações Ardentes do Deserto".Rodrigo, cavalheiro, ajudou Maria a levantar-se, franzindo a testa para Patricia:- Lembro-me que você interpreta a mãe da protagonista, certo? Apenas metade do episódio da novela, e que ainda é transmitido à tarde. Por que você está sendo tão dura com sua assistente?Rodrigo também já havia sido um ator muito pequeno, trabalhando com Patricia, então Maria tinha uma lembrança dele.Mas ela nunca havia falado com Rodrigo, e ele a defender agora a pegou totalmente de surpresa.Patricia olhou para Rodrigo de cima a baixo:- Ela é minha assistente, como eu falo com ela é da minha conta. E mais, você é apenas um co-protagonista por acaso, então por que está agindo todo importante aqui?Rodrigo não se envolveu em um bate-boca, apenas olhou para Maria com preocupação:- Você está bem?Maria balançou a cabeça:- Obrigada pela ajuda.- De nada.Rod
Enquanto Maria corria apressadamente para o hospital, José estava sendo reanimado na sala de emergência. O rosto dela empalideceu ligeiramente no momento que ela se sentou desnorteada, numa cadeira. Ele estava perfeitamente bem pela manhã, então por que agora de repente estava na sala de emergência?Helena, ansiosa, disse:- De fato, percebi que a bochecha do menino estava um pouco avermelhada hoje, parecia estar com febre baixa, então fiz questão de fazê-lo beber muita água. Nunca imaginei que ao meio-dia, ele de repente desmaiaria. Isso me assustou. - Ao ver Maria pálida e em silêncio, Helena segurou sua mão e a consolou. - Não se preocupe tanto, eu acho que deve ser apenas uma simples febre.Febre comum que acabava na sala de emergência? A situação de José devia ser séria.Lembrando-se da estranheza de José pela manhã, ela sentiu remorso. Ela fechou os olhos, respirou fundo e se repreendeu:- Eu já tinha percebido algo estranho com ele de manhã. Eu deveria tê-lo trazido mais cedo pa
Maria respirou fundo, rapidamente suprimindo a tristeza em seu coração.- Irmã... - Viviane se aproximou dela, sua voz carregava uma clara reprovação. - Como você está cuidando de José? Você não pode maltratá-lo só porque ele é filho do Eduardo com outra mulher, as crianças são inocentes.- O que você quer dizer com isso? - Helena imediatamente se revoltou. - O que você quer dizer com maltrato? Ninguém poderia prever que a criança fosse ficar doente, e quando o menino adoeceu, Maria também ficou muito preocupada.- Mas, por que é tão coincidência que José adoeceu logo que chegou à sua casa? - Viviane interrogou Maria com o olhar fixo. Maria permaneceu em silêncio, e Viviane continuou. - Você sabe que desde que José nasceu, ele tem uma saúde frágil, seus pulmões não se desenvolveram totalmente, qualquer pequeno problema pode desencadear muitas doenças graves, por isso Eduardo sempre cuidou dele com muita cautela.- O quê? - Maria sentiu seu coração se apertar ao ouvir essas palavras.-
Maria apertou a mão ao lado do corpo, tremendo de raiva.Como ele pôde dizer que foi melhor a criança ter morrido!Aquela era a criança dele, como ele pôde dizer algo assim...Eduardo inclinou a cabeça ligeiramente, uma marca de palma gradualmente apareceu em seu belo rosto.- Você quer morrer! - Ele rosnou sombrio, segurando o pescoço dela repentinamente e a empurrando contra a parede fria.- Maria!- Irmã!Helena e Viviane correram para tentar intervir, mas foram afastadas por Eduardo.Ele olhou fixamente para o rosto de Maria, que estava vermelho e feio, e zombou:- Você acha que se mostrar cuidadosa e amorosa com a criança agora, eu vou acreditar em você? Se você ama essa criança, então vá morrer com ela. Por que você ainda está viva?Maria estava tão magoada que quase sufocou.Sim, por que ela ainda estava viva?Quando viu o corpo da criança, ela sentiu que deveria ter morrido junto com aquele pequeno ser. Por que ela ainda estava viva, sofrendo tanto?Uma onda de tristeza surgiu
- Maria! - Helena gritou abruptamente.Eduardo ficou atordoado. Ele agarrou Maria inconscientemente enquanto ela caía, perguntando em choque:- O que aconteceu?Talvez nem mesmo ele percebeu que sua voz estava tremendo.Maria, com olhos mortiços, olhava diretamente para ele. Um sorriso forçado apareceu em seu rosto pálido, a boca tingida de vermelho sangue. Era uma visão de partir o coração.Ela disse:- Finalmente, estou morrendo... Eduardo, você... Está satisfeito agora?Eduardo negou inconscientemente. Ele queria desesperadamente dizer algo, mas a mulher em seus braços fechou os olhos lentamente.Os gritos e lamentos de Helena ressoavam em seus ouvidos, assim como Viviane chamando por um médico.Parecia que ele não conseguia ouvir nada. Ele correu para a sala de emergência com a mulher em seus braços.Naquele momento, ele derrubou muitas pessoas. Para os que olhavam, ele parecia um louco.A luz da sala de emergência se acendeu, e ele foi isolado do lado de fora.Viviane puxou-o para
- Onde está ela? Onde está Maria?Tendo acalmado José, Eduardo voltou e notou a porta da sala de emergência escancarada. Não havia um único médico dentro e Maria estava desaparecida.Viviane, vendo o desespero nos olhos de Eduardo, sentia um ciúme avassalador, mas manteve um semblante calmo e disse:- Eduardo, primeiro, não se preocupe tanto. Sobre o José...- Onde está Maria? - Eduardo não permitiu que ela terminasse, irrompendo num grito de desespero.Viviane ficou atônita.Ele nunca havia gritado com ela assim antes, nunca, sequer havia elevado a voz para falar ela.Naquele momento, ciúmes consumiam todo o seu ser. Mas ela era uma atriz nata, conseguindo manter um sorriso suave e inofensivo em seu rosto mesmo com ciúme fervendo em seu coração:- Eduardo, não se preocupe. Minha irmã está bem.- Ela vomitou tanto sangue. Como pode estar bem? - Eduardo estava em pânico, procurando por ela em todos os lugares ao redor da sala de emergência. Foi quando o médico de Maria chegou.- Chego
A mansão da família Alves.Helena batia incessantemente no portão da casa, gritando o nome de Eduardo. Gritou por mais de uma hora, sem obter resposta. Por fim, até os guardas vieram para expulsá-la. Ela chorou em desespero.Sim, ela havia presenciado o que aconteceu naquele dia, Eduardo detestava Maria, desejava que Maria morresse, como poderia ele vir resgatar Maria? Ela estava pensando demais. Ela não deveria ter vindo implorar para aquele homem frio.Na janela do segundo andar, Viviane observava sombriamente a figura que se afastava de Helena, um sorriso frio e triunfante aparecendo lentamente em seus lábios. Pensando em salvar aquela mulher? Só nos sonhos!Não muito tempo depois que Helena se foi, uma van entrou no pátio. Antônio, com extremo cuidado, carregava José, que acabara de sair do hospital, em direção à casa, com Ana seguindo obedientemente ao lado.Assim que entraram na casa, Viviane veio ao encontro deles, dizendo docemente:- Deixe-me cuidar de José.- Não há necessida