Enquanto Maria corria apressadamente para o hospital, José estava sendo reanimado na sala de emergência. O rosto dela empalideceu ligeiramente no momento que ela se sentou desnorteada, numa cadeira. Ele estava perfeitamente bem pela manhã, então por que agora de repente estava na sala de emergência?Helena, ansiosa, disse:- De fato, percebi que a bochecha do menino estava um pouco avermelhada hoje, parecia estar com febre baixa, então fiz questão de fazê-lo beber muita água. Nunca imaginei que ao meio-dia, ele de repente desmaiaria. Isso me assustou. - Ao ver Maria pálida e em silêncio, Helena segurou sua mão e a consolou. - Não se preocupe tanto, eu acho que deve ser apenas uma simples febre.Febre comum que acabava na sala de emergência? A situação de José devia ser séria.Lembrando-se da estranheza de José pela manhã, ela sentiu remorso. Ela fechou os olhos, respirou fundo e se repreendeu:- Eu já tinha percebido algo estranho com ele de manhã. Eu deveria tê-lo trazido mais cedo pa
Maria respirou fundo, rapidamente suprimindo a tristeza em seu coração.- Irmã... - Viviane se aproximou dela, sua voz carregava uma clara reprovação. - Como você está cuidando de José? Você não pode maltratá-lo só porque ele é filho do Eduardo com outra mulher, as crianças são inocentes.- O que você quer dizer com isso? - Helena imediatamente se revoltou. - O que você quer dizer com maltrato? Ninguém poderia prever que a criança fosse ficar doente, e quando o menino adoeceu, Maria também ficou muito preocupada.- Mas, por que é tão coincidência que José adoeceu logo que chegou à sua casa? - Viviane interrogou Maria com o olhar fixo. Maria permaneceu em silêncio, e Viviane continuou. - Você sabe que desde que José nasceu, ele tem uma saúde frágil, seus pulmões não se desenvolveram totalmente, qualquer pequeno problema pode desencadear muitas doenças graves, por isso Eduardo sempre cuidou dele com muita cautela.- O quê? - Maria sentiu seu coração se apertar ao ouvir essas palavras.-
Maria apertou a mão ao lado do corpo, tremendo de raiva.Como ele pôde dizer que foi melhor a criança ter morrido!Aquela era a criança dele, como ele pôde dizer algo assim...Eduardo inclinou a cabeça ligeiramente, uma marca de palma gradualmente apareceu em seu belo rosto.- Você quer morrer! - Ele rosnou sombrio, segurando o pescoço dela repentinamente e a empurrando contra a parede fria.- Maria!- Irmã!Helena e Viviane correram para tentar intervir, mas foram afastadas por Eduardo.Ele olhou fixamente para o rosto de Maria, que estava vermelho e feio, e zombou:- Você acha que se mostrar cuidadosa e amorosa com a criança agora, eu vou acreditar em você? Se você ama essa criança, então vá morrer com ela. Por que você ainda está viva?Maria estava tão magoada que quase sufocou.Sim, por que ela ainda estava viva?Quando viu o corpo da criança, ela sentiu que deveria ter morrido junto com aquele pequeno ser. Por que ela ainda estava viva, sofrendo tanto?Uma onda de tristeza surgiu
- Maria! - Helena gritou abruptamente.Eduardo ficou atordoado. Ele agarrou Maria inconscientemente enquanto ela caía, perguntando em choque:- O que aconteceu?Talvez nem mesmo ele percebeu que sua voz estava tremendo.Maria, com olhos mortiços, olhava diretamente para ele. Um sorriso forçado apareceu em seu rosto pálido, a boca tingida de vermelho sangue. Era uma visão de partir o coração.Ela disse:- Finalmente, estou morrendo... Eduardo, você... Está satisfeito agora?Eduardo negou inconscientemente. Ele queria desesperadamente dizer algo, mas a mulher em seus braços fechou os olhos lentamente.Os gritos e lamentos de Helena ressoavam em seus ouvidos, assim como Viviane chamando por um médico.Parecia que ele não conseguia ouvir nada. Ele correu para a sala de emergência com a mulher em seus braços.Naquele momento, ele derrubou muitas pessoas. Para os que olhavam, ele parecia um louco.A luz da sala de emergência se acendeu, e ele foi isolado do lado de fora.Viviane puxou-o para
- Onde está ela? Onde está Maria?Tendo acalmado José, Eduardo voltou e notou a porta da sala de emergência escancarada. Não havia um único médico dentro e Maria estava desaparecida.Viviane, vendo o desespero nos olhos de Eduardo, sentia um ciúme avassalador, mas manteve um semblante calmo e disse:- Eduardo, primeiro, não se preocupe tanto. Sobre o José...- Onde está Maria? - Eduardo não permitiu que ela terminasse, irrompendo num grito de desespero.Viviane ficou atônita.Ele nunca havia gritado com ela assim antes, nunca, sequer havia elevado a voz para falar ela.Naquele momento, ciúmes consumiam todo o seu ser. Mas ela era uma atriz nata, conseguindo manter um sorriso suave e inofensivo em seu rosto mesmo com ciúme fervendo em seu coração:- Eduardo, não se preocupe. Minha irmã está bem.- Ela vomitou tanto sangue. Como pode estar bem? - Eduardo estava em pânico, procurando por ela em todos os lugares ao redor da sala de emergência. Foi quando o médico de Maria chegou.- Chego
A mansão da família Alves.Helena batia incessantemente no portão da casa, gritando o nome de Eduardo. Gritou por mais de uma hora, sem obter resposta. Por fim, até os guardas vieram para expulsá-la. Ela chorou em desespero.Sim, ela havia presenciado o que aconteceu naquele dia, Eduardo detestava Maria, desejava que Maria morresse, como poderia ele vir resgatar Maria? Ela estava pensando demais. Ela não deveria ter vindo implorar para aquele homem frio.Na janela do segundo andar, Viviane observava sombriamente a figura que se afastava de Helena, um sorriso frio e triunfante aparecendo lentamente em seus lábios. Pensando em salvar aquela mulher? Só nos sonhos!Não muito tempo depois que Helena se foi, uma van entrou no pátio. Antônio, com extremo cuidado, carregava José, que acabara de sair do hospital, em direção à casa, com Ana seguindo obedientemente ao lado.Assim que entraram na casa, Viviane veio ao encontro deles, dizendo docemente:- Deixe-me cuidar de José.- Não há necessida
Depois de Antônio ter falado, demorou um bom tempo para ouvir uma resposta de Eduardo. Ele não resistiu e olhou para o retrovisor, viu aquele homem com os olhos entreabertos, seu rosto sem expressão alguma, era impossível entender seus pensamentos. Antônio umedeceu os lábios, será que o senhor já não se importava mais com Maria?Mas como era uma questão de vida ou morte, ele não resistiu e falou novamente:- Senhor, Maria, ela...- Morreu? - Eduardo de repente falou.- Hã? - Antônio ficou confuso. - O que morreu?- Maria. - Eduardo disse com uma voz neutra, sem um traço de preocupação.Antônio ficou em silêncio, sem saber o que dizer.Eduardo deu uma risada fria, dizendo:- Maria realmente gosta dessas artimanhas, da próxima vez que você encontrar aquela mulher que veio fazer um escândalo, diga a ela que se Maria realmente quiser morrer, eu, Eduardo, estou disposto a deixá-la morrer mais cedo para evitar que ela continue se fingindo.Que absurdo, ele ainda nem havia ido atrás daquela m
Maria teve um sonho muito, muito longo.Ela sonhou que estava matando aula e escalando o muro da escola, mas acidentalmente caiu nos braços de um jovem bonito e sereno.O jovem era frio, e sua primeira reação foi jogá-la no chão.Mais tarde, ela descobriu que o nome do rapaz era Eduardo Alves.Antes de morrer, sua mãe lhe disse que se encontrasse alguém chamado Eduardo Alves durante sua vida, ela deveria protegê-lo com sua vida, pois essa era a dívida que ela devia.Embora não entendesse as palavras de sua mãe, ela começou a agradar o rapaz chamado Eduardo por causa das palavras de sua mãe.Mas o rapaz não gostava dela e sempre a insultava.No entanto, mesmo em seus sonhos, mesmo quando Eduardo a perturbava e a rejeitava, ela ainda se sentia feliz.Porque, embora o rapaz a perturbasse e a rejeitasse, ele nunca quebrava as promessas que fazia a ela.Não havia desespero dilacerante nos sonhos, até que... O vermelho do sangue gradualmente inundou todo o sonho.Havia uma criança chamando p