Capítulo 61

Na manhã seguinte, quando acordei, o Henrique não estava mais na cama. Ouvia sua voz baixa vindo da sacada, e presumi que ele estava no telefone. Aquele som familiar parecia algo distante, quase como se ele tentasse evitar que eu o escutasse. Caminhei até o banheiro e tomei um banho rápido, aproveitando o calor da água para tentar espantar a leveza que a noite anterior havia deixado. Me enrolei no roupão e voltei para o quarto. Henrique ainda estava ao telefone, sua voz grave e controlada ecoava pelo ambiente.

Me vesti em silêncio, o som do tecido se ajustando ao meu corpo parecendo ser a única coisa que quebrava o silêncio confortável. Quando terminei, ele ainda estava ao telefone, mas logo desligou a ligação e entrou no quarto. O olhar dele passou por mim brevemente, como se tivesse algo a mais para dizer, mas se conteve.

— Bom dia. — Ele disse, recostando-se na entrada da sacada com um gesto que parecia despreocupado, mas carregava uma tensão sutil.

— Acordou cedo. — Falei, enqu
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