Capítulo 32
Eu ainda estava processando as palavras de Henrique quando ele respirou fundo, soltando minha mão com delicadeza. Ele recostou-se na cadeira, como se precisasse criar um pouco de distância entre nós para organizar os pensamentos. Mas seu olhar não desviou do meu, e ali havia algo novo. Não era impaciência, mas um limite silencioso que ele parecia estar estabelecendo.

— Cíntia, quero ser honesto com você. — Sua voz estava baixa, mas firme. — Eu quero isso. Quero você. Mas não posso ignorar que já estive aqui antes.

A menção velada ao passado, à Carol, estava ali, mesmo que ele não a nomeasse. Não era uma ameaça, mas um lembrete de que ele também tinha feridas que carregava.

— Já sei como é dar tudo de mim, me esforçar para fazer algo funcionar, só para perceber que, no final, eu era o único lutando. — Ele fez uma pausa, os olhos escurecendo com uma lembrança distante. — Não quero passar por isso de novo.

As palavras dele caíram sobre mim como uma verdade difícil de ignorar. E en
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