Cavalgamos mais alguns dias, faltavam apenas mais duas semanas para estarmos de volta à rocha nublada. Eu não parei meus treinamentos, Mary continuou me mostrando mais e mais técnicas. Mas em determinado momento, Eris começou a me ensinar o que sabia também. Ele era muito bom em lutas físicas, além do fato de ser muito rápido. Eu fiquei cheia de hematomas lutando com ele, mas eu sinceramente estava feliz. Naquela noite acampamos próximos a uma bela colina, eu estava toda dolorida. Julian e Eris haviam saído para se alimentar, e logo eu fiquei com os outros. Eu estava deitada observando o céu, quando Adam se aproximou. Eu me sobressaltei sentando rapidamente, ele me encarou. -- Ravena quero pedir desculpas pelo modo como agi com você... Eu não deveria ter entrado em seu quarto e dito o que disse, por mais que fosse verdade. -- eu engoli em seco. -- eu não quero que fique esse sentimento estranho entre nós. -- não há sentimento algum entre nós. -- ele me fitou, seu rosto tremendo
A cada parada eu treinava um pouco, as coisas que Eris me ensinou foram muito úteis. Eu descobri que poderia ser bem ágil se quisesse, isso me deixou bem feliz. Já estávamos há apenas mais uma semana de rocha nublada, eu estava no cavalo observando a bela paisagem da floresta. Quando Julian apertou o braço ao meu redor, eu abri um sorriso malicioso. -- eu estou começando a me sentir excluído, sabia? -- eu revirei os olhos. -- como você é dramático. -- você está sendo treinada por todos, menos por mim. Quando vai a minha vez? -- eu sorri maliciosamente. -- talvez nunca. -- au. -- eu gargalhei. -- você não conseguiria me treinar, ficaria com medo de me machucar. -- ele riu baixinho. -- ainda sim, eu deveria estar na sua lista. -- talvez algum dia. -- você é cruel amor.-- sim e você adora. -- ele apertou o braço um pouco mais, e aproximou seus lábios de minha orelha. -- não tem ideia de como adoro. -- eu mordi o lábio inferior. -- se quiserem, podemos deixá-los a sós. -- Mar
*Mary Deitei naquela cama minúscula e fiquei encarando o teto, eu deixei que o sono viesse. Mesmo que parecesse impossível. Muito tempo se passou, talvez duas horas, três... Eu não tinha certeza. Me sobressaltei quando ouvi alguém abrindo a porta, mas logo descobri ser Eris.Ele parecia um tanto cansado, talvez tivesse se divertido demais com a meretriz de antes. Ele andou lentamente pelo quarto, e me fitou por um momento. Como se tentasse descobrir se eu estava, ou não acordada. -- você pode dormir na cama se quiser. -- ele me encarou rapidamente ao ouvir minha voz. -- eu acho melhor se eu dormir no chão. -- eu revirei os olhos. -- esse chão é duro, além do fato de estar cheio de bosta de rato. A cama é pequena, mas tem espaço, mas faça o que quiser... Eu só estou lhe dando opções. -- disse sem muita vontade. Ele ficou algum tempo pensando, então logo ele tirou a camiseta que usava e se aproximou. Eu engoli em seco, quando ele deitou ao meu lado. O colchão se movendo instantân
Levantamos cedo aquela manhã, a parada na pousada deveria ser rápida. Pois faltavam apenas mais alguns dias até rocha nublada. Julian e eu descemos para tomar café da manhã no salão, logo avistamos alguns de nossos amigos por ali. Já se preparando para partida. Logo sentamos em uma mesa próxima a Eris, que parecia um tanto tenso. Eu o fitei, Julian fez o mesmo. -- tudo bem irmão? -- ele logo se voltou para Julian. -- sim, claro! Por quê não estaria? -- você parece meio... -- tenso. -- disse rapidamente, ele me fitou. -- não estou tenso, é impressão de vocês. -- eu e Julian nos encaramos. -- está bem, só foi uma pergunta. -- rapidamente ele balançou a cabeça, enquanto bebia um pouco de vinho. -- vou pegar alguma coisa para você comer. -- ele disse enquanto beijava minha testa e se colocava de pé. Quando ele se afastou, eu me empertiguei na cadeira e fitei Eris. Ele se voltou para mim, me encarando. -- não estou tenso Ravena. -- eu acredito, afinal... Porquê mais você estar
Logo Ivan tratou de preparar uma celebração por nossa volta bem sucedida para casa. Todas as pessoas trataram de organizar tudo, enquanto nós tínhamos a conversa reveladora com Ivan. Seguimos prontamente para sua tenda, e sem demora, contamos a ele tudo o que havia acontecido e a verdade por trás do passado de Julian. Ao fim, o velho macho parecia pasmo, enquanto nos encarava sentado em uma cadeira de madeira, com as tochas da tenda nos iluminando. -- deuses então... Você é o rei de rocha nublada. -- ele colocou as mãos na cabeça, sabíamos que seria demais para digerir. -- sim, acredite eu ainda estou tentando entender isso tão bem quanto você.-- isso muda muitas coisas Julian, o reino é seu! Aquele maldito está ocupando seu lugar, está destruindo seu reino. -- Julian balançou a cabeça. -- eu não me importo com o trono ou... Com o título, me importo com as pessoas! Aquelas que estão sendo escravizadas por Hector, eu só quero fazer algo... Libertá-las. -- Ivan o encarou com inten
*MaryEu continuei dançando pela celebração, ao som da música lenta e inebriante que estava sendo tocada. A fogueira parecia atingir meu ser, enquanto eu fechava os olhos e sentia aquela energia tão forte. Bebi um pouco mais do vinho que estava em minhas mãos, até que eu abri os olhos. E avistei Eris, ele estava ao lado de uma tenda. Seu olhar vagava por entre a celebração enquanto uma bela moça de cabelos loiros, falava com ele. Ele lhe lançava sorrisos Desinteressados enquanto ela parecia muito interessada. Eu andei até eles, nem sabia bem o motivo. Ele me encarou rapidamente quando me aproximei. -- cuidado querida, ele pode agarrar você do nada! Só porque você não calou a boca quando ele mandou. -- disse da forma mais grossa possível, ela o encarou de forma estranha. Eris olhou para mim de uma forma que nunca imaginei vê-lo fazendo, sem mais nada a dizer eu me afastei deles. Continuei caminhando enquanto bebia mais vinho, até que senti uma mão segurar meu pulso. Rapidamen
Eu sentia meu corpo aconchegado ao corpo quente de Julian, enquanto sua respiração me atingia levemente. Eu abri meus olhos, e logo me vi em seus braços. Ele me prendia contra si, como se nunca mais quisesse me soltar. Nós dois estávamos nus naquela tenda, cobertos apenas por um fino cobertor. Eu sorri de forma abobalhada, pois nunca me imaginei assim. Mas com Julian eu não tinha vergonha da nudez, eu não tinha vergonha de me mostrar para ele. Eu beijei seu peito levemente, e logo senti seu braço apertando minha cintura um pouco mais. Enquanto um leve sorriso se formava em seus lábios. -- bom dia. -- sussurrei. -- bom dia, princesa. -- sua voz estava tão rouca. -- temos que levantar. -- eu tentei me afastar, mas ele continuou me prendendo contra si, Eu sorri maliciosamente. -- não precisamos levantar ainda. -- precisamos sim. -- sem demora, ele me deitou na cama. Eu comecei a rir, enquanto ele começava a me beijar. Quando ele se afastou eu estava corada, ele retirou alguma
Eu estava furiosa, andando de um lado para o outro na tenda enquanto não parava de pensar nas coisas que Julian disse. No modo como nós discutimos, e no que ele havia feito. Ter ido assim, eu... Eu só queria que ele voltasse.Eu abri a porta da tenda, Adam estava recostado do outro lado. Rapidamente ele olhou para mim, me fitando de cima a baixo. Sem aviso eu saí dali, e comecei a andar pela aldeia. Rapidamente ele se pôs ao me encalço, andando atrás de mim como se eu fosse sair correndo. -- que tal você me deixar em paz Adam? -- não dá, eu imagino que você vá fazer besteira. -- eu revirei os olhos. -- eu não preciso que você fique atrás de mim. -- fui passando pelas pessoas, até chegar em um canto da floresta. Um pequeno bosque com árvores grandes, que cercavam a todo canto. Havia também muita grama, eu engoli em seco. Ao me virar, ele estava ali. -- ME DEIXE EM PAZ! -- não. -- ele disse de uma forma sarcástica que me deixou furiosa. -- eu não vou sair correndo e ir atrás del