Eu estava agitada demais, meu coração batia tão forte que eu achava que eles conseguiam ouvir. -- Ravena, Ravena olhe para mim, escute eu imploro. -- mamãe tentou me segurar, mas eu me afastei furiosa. Meu corpo tremia, as lágrimas agora rolavam não só de tristeza, mas de ódio. -- o que mais há para escutar mamãe? -- isso... Isso pode não ser verdade! Talvez você tenha sido um milagre minha filha, talvez... Talvez... -- eu comecei a gargalhar sem nenhuma felicidade. -- você acha que sou criança mamãe? O quão burra você acha que sou para pensar que eu acreditaria nisso? -- tentei respirar fundo, mas meu fôlego estava preso na garganta. -- Ravena... -- não toque em mim! -- chega! -- papai se pôs de pé furioso, e andou até nós. -- isso não aconteceu Ravena, isso... Foi um acaso. Esqueça do que lhe contamos agora. -- ri de forma histérica, eu não consegui me conter. -- vocês não sabem da metade do que acontece do outro lado do oceano, não sabem o que eu vi! O que existe lá. Não s
Meu corpo estava imóvel, enquanto aquelas pessoas dançavam ao redor de nós dois. Meu coração estava acelerado no peito, tudo estava tão... Confuso em minha mente. -- é... Você? -- as palavras saíram em um sussurro emocionado. Ele segurou minha cintura, e acariciou meu rosto lentamente. -- sou eu princesa. -- mas... Mas você... -- eu me lembro de você amor, minhas memórias voltaram. Eu estou aqui princesa. -- senti imensa vontade de chorar, meu coração acelerou dentro do peito. -- mas como é possível que esteja aqui? -- tivemos alguns contratempos, mas conseguimos chegar. -- uma dor tomou meu peito. -- devo dizer que você está maravilhosa, minha esposa. Eu resisti contra a vontade de tocar seu rosto. -- vocês não estão dançando. -- ouvi um sussurro de uma voz familiar, a voz de Camila. Me virei e a vi ao meu lado, dançando com Andreas. Ela era a donzela familiar. -- Camila... -- sim, estamos aqui. -- eu também entro nessa contagem? -- já disse que não. -- ela repreendeu An
Corremos pela praia de mãos dadas. Camila vinha atrás de nós, ao lado de Andreas que era amparado pelos dois lobisomens. Haviam muitos navios na enseada da praia, mas havia um na frente um grande navio azul. -- é o meu, vamos. -- Andreas disse sem fôlego. Rapidamente adentramos sem muitas dificuldades, os homens de Andreas ficaram sobressaltados. -- não temos tempo para isso idiotas, vamos. -- os homens se entreolharam e logo zarparam. Levamos Andreas até o subsolo, aonde havia uma sala. Rapidamente sentaram ele em uma cama, e tiraram a parte de cima de sua roupa. -- temos que quebrar para poder tirá-la. -- um dos lobisomens disse prontamente, eu encarei Julian. Camila parecia nervosa. -- certo. -- esperem... O que? Claro que não! Ninguém vai tocar em mim. -- ele disse nervoso enquanto Julian se aproximou. -- não temos tempo para isso Andreas, se não tirarmos você vai sangrar até a morte. -- eu... Eu não quero isso. -- não importa. -- Camila gritou em seguida, ele a encarou
*Adam As coisas estavam tentando se ajustar naquela caverna.Era perceptível que as pessoas detestavam estar ali, e eu não as julgaria por isso. Já faziam alguns dias que Julian, e Camila haviam partido para irem atrás de Ravena. Eu torcia para que eles a trouxessem de volta, mas essa demora me deixava nervoso pelo o que poderia ter dado errado. Mary e Eris estavam cuidando para nada desse errado, e era notável ver como os dois eram bons nisso. Principalmente ela, era uma líder nata. Eu me sentia inútil perto deles. eu estava cuidando da segurança daquela vampira, a Corva. Que ainda estava presa conosco, na verdade... Eu não sabia porquê ainda não havíamos matado ela. O local onde ela estava era escuro, frio e fedido. Logo quando surgi com a tocha, ele me encarou. Apenas aqueles olhos tão confusos, aquela máscara ainda estava em seu rosto. -- parece que seu mestre não se importa muito com você, já fazem dias... E ele nunca mandou ninguém. -- ri cheio de desdém, ela me fitou. -
*Eris Cuidar de tudo sem a presença de Julian, era complicado. Mesmo que Henry estivesse ali, seu foco principal eram os lobisomens. Então quase todas as preocupações, estavam sobre mim e Mary. Que dominava isso, muito melhor do que eu. Enquanto sua mãe cuidava das rapinas, ela cuidava das pessoas. Aquilo de certa forma, me deixou tocado. Sempre me impressionava o fato dela ser tão boa em tudo que se propunha a fazer. Eu estava do lado de fora da caverna, encostado em algumas rochas observando a braveza do mar. Quando ouvi passos. -- se cansou foi? -- ela se aproximou de braços cruzados. -- um pouco na verdade. -- acha que Julian já está voltando? -- é o que eu espero. -- que eles tragam Ravena de volta. -- eu assenti de imediato, ela me fitou por um instante e logo observou o mar também. -- me paguei pensando em como isso vai terminar. -- ela disse prontamente, me voltei para ela. -- como assim? -- ontem a noite, estive pensando na nossa situação atual, de todos nós. E...
Já faziam alguns dias que estávamos no navio de Andreas e enfim podíamos ver o horizonte de rocha nublada. Eu estava recostada contra a borda do navio, observando o mar. Quando senti as mãos de Julian ao redor de minha cintura, logo ele beijou minha nuca. Me causando alguns arrepios. -- por quê levantou tão cedo? -- queria olhar o mar. -- ele sorriu e acariciou minha clavícula. -- quando vamos falar sobre o que aconteceu no castelo? Me empertiguei, por um tempo eu realmente havia esquecido aquilo. Ele pareceu notar meu desconforto e acariciou meu pescoço. -- se não quiser me falar tudo bem, mas... Devo admitir que foi surpreendente ver você jogá-los pelos ares sem tocar neles. -- não pude evitar sorrir um pouco. -- e... Sem falar do fato de você estar muito quieta esses dias. Não adianta tentar negar Ravena, algo aconteceu. -- meu coração se apertou, ele se aproximou um pouco mais me aconchegando em seus braços. -- eu só... Detesto vê-la assim, me deixe ouvi-lá, por favor. --
Todos nos receberam com carinho e felicidade, mas ver como eles estavam me partiu o coração. Todos pareciam tão exaustos, tão deprimidos por estarem passando por aquilo. Dentro de mim, eu só queria poder fazer algo. Adentramos mais para a caverna, e logo nos encontramos com Elucia. -- está de volta. -- estou de volta. -- sorri e rapidamente a puxei para um abraço, que ela tratou de retribuir com carinho. Quando nos afastamos, ela segurou minhas mãos e franziu o cenho. -- algo aconteceu. -- muitas coisas aconteceram, e quero contar todas a você. -- ela assentiu prontamente. Quando me afastei dela, dei de cara com Adam. Que me puxou para um abraço apertado, me tirando do chão. Eu sorri com aquele momento. -- olha só para você, é tão bom revê-la. -- também senti saudades. -- quem disse que eu senti? - bati em seu ombro, ele riu. -- pelo menos está inteira? -- aparentemente sim. -- ele me puxou para um abraço novamente, quando Julian se aproximou e pôs a mão em meu ombro. -- e
Após um rápido jantar com todos, fui ao encontro de Elucia. Que estava sentada ao lado de uma das rapinas, conversando. Seus cabelos estavam soltos, ela parecia mais leve do que jamais vira. Logo me aproximei, e ela me fitou. -- podemos falar depois Bridget? -- ela assentiu rapidamente, e logo se foi. Eu sentei próxima de Elucia, e sem que ela falasse. Contei tudo o que havia acontecido, cada mínimo detalhe. Sem esconder mais nada, ao fim ela assentiu lentamente. Eu me empertiguei. -- devo dizer... Que eu já imaginava algo parecido. -- engoli em seco. -- sério? -- quando a conheci e toquei em suas mãos, eu senti coisas demais Ravena. Coisas confusas, agora... Elas fazem total sentido. -- meu corpo ficou bem menos tenso naquele momento. Logo ela segurou minhas mãos, e acariciou meu rosto. De repente, uma vontade imensa de chorar me invadiu. -- mas a pergunta é... Como você está se sentindo com isso? -- eu... Eu não sei quem sou, me sinto em um turbilhão de pensamentos. E não se