Aquela situação era inusitada para mim. Nunca imaginei que chegaria o dia em que eu, Tomás, pediria algo assim. Mas a urgência de salvar Sophia daquela enrascada com Vítor me empurrava para medidas extremas.
Antony, meu amigo, olhou-me com surpresa e preocupação, suas sobrancelhas franzidas em incredulidade.
— É sério, Tomás? Não está brincando? — questionou, como se esperasse que eu reconsiderasse aquela solicitação absurda.
Respirei fundo, sentindo o peso da responsabilidade e da urgência.
— Antony, estou falando sério. Você tem uma arma ou não pra vender? — perguntei,
Finalmente consegui o que eu queria depois que o ano Anthony me passou o contato de um conhecido dele para me vender a arma que eu estava precisando para poder salvar a Sophia daquele babaca. Estava voltando para minha casa e não paro de pensar como eu vou fazer para resgatar Sophia e tirar dessa vida que ela com certeza não queria entrar foi convencida pela aquela avó dela. Acabei de chegar em casa. Vou logo abrindo a porta, depois vou até o sofá para me sentar, mas tiro a arma que estava dentro da minha calça. Em seguida me sento e com ela na mão fico admirando e pensando… Com essa belezinha ele não vai ser tão valentão, vai ficar bem quietinho. Assim Sophia vai ficar livre desse bosta e ficar comigo. Mas tenho que pensar como vou fazer isso? Então logo veio na minha mente que quando estava indo na casa da avó da Sophia, ela soltou que a neta dela tava indo toda sexta feira para visitá-la. Então amanhã na sexta-feira vou lá para casa na avó da Sofia e buscá-la para ela não mais
Bernardo estava entusiasmado falando sobre a reunião com os americanos, mas meus pensamentos estavam longe, perdidos nas preocupações que envolviam Sophia e a situação complicada que estávamos enfrentando. De repente, uma dor aguda perfurou meu peito, interrompendo meus devaneios.― Vitor, você está bem? ― Bernardo perguntou, preocupado. Ele conhecia bem os sinais da minha condição de saúde e imediatamente associou a dor à possibilidade de uma crise.― Calma, Bernardo, não é nada grave. ― Tentei tranquilizá-lo, escondendo a verdadeira intensidade da dor. ― Faz um tempo que não sinto isso, talvez seja só um desconforto momentâneo.Eu não queria preocupar ainda mais meu irmão, mas a realidade era que as dores no peito eram um aviso como se algo pudesse acontecer, estava pensando na Sophia. A incerteza sobre o futuro, somada às complicações recentes envolvendo a morena, só aumentava a pressão sobre meus ombros.Bernardo assentiu, mas seu olhar denunciava a preocupação latente. Ele sabia
Não posso acreditar no que estou vendo. Tomás está armado. Por que diabos ele está com essa arma? Milhares de pensamentos correm pela minha mente, tentando entender o que está acontecendo, mas antes que eu possa reagir, percebo o olhar assustado da minha avó. Preciso ir até ela, acalmá-la, mas Tomás me impede.― O que está fazendo, Tomás? Por que está com essa arma? ― Minha voz soou trêmula, minha preocupação e confusão evidentes em cada palavra.Ele me olha com um misto de determinação e raiva, seus olhos fixos em mim de forma intensa e perturbadora.― Fique longe, Sophia. Não se meta nisso. ― Sua voz é firme, mas também carrega u
Corro até minha avó, meu coração apertado como se estivesse sendo esmagado por um punho de ferro. Cada passo é uma luta contra a dor que me consome por dentro, uma batalha para chegar até ela antes que seja tarde demais. As lágrimas embaçam minha visão, mas ainda consigo vê-la deitada no chão, tão frágil e vulnerável, sua respiração fraca e irregular.Ajoelho-me ao seu lado, minhas mãos tremendo enquanto toco seu rosto, agora pálido e sem vida. Sua pele está fria sob meus dedos, e um soluço angustiado irrompe de minha garganta, rasgando-me por dentro.― Vovó… ― Minha voz sai como um sussurro, mal audível entre soluços de desespero. ― Por favor, acorde… Por favor&
Saímos da reunião com os americanos com um sentimento de satisfação indescritível. Conseguimos fechar um grande negócio que promete impulsionar ainda mais nossa empresa. Bernardo e eu trocamos olhares de alívio e entusiasmo, conscientes de que nosso esforço e dedicação haviam valido a pena.Enquanto caminhamos pelo corredor do prédio, eu não conseguia conter um sorriso de orelha a orelha. Era uma daquelas vitórias que valem a pena celebrar, uma conquista que marca um marco importante em nossa jornada empresarial. Bernardo parecia igualmente radiante, e nossos passos estavam mais leves, carregados de um novo ânimo.― Cara, isso foi incrível! Conseguimos fechar um dos maiores contratos da história da nossa empresa! ― Exclamei,
Foi uma busca angustiante e desesperada pelos últimos dois dias. Desde o momento em que soube do sequestro de Sophia, cada segundo parecia uma eternidade. Tentei seguir pistas, contatar conhecidos, vasculhar qualquer informação que pudesse levar ao paradeiro dela, mas tudo foi em vão. O desespero e a impotência tomaram conta de mim enquanto o tempo passava sem notícias. Finalmente, Bernardo chegou com a notícia do enterro dos avós de Sophia. A sensação de alívio temporário por saber que esse aspecto havia sido resolvido foi rapidamente ofuscada pela urgência de encontrar Sophia. Bernardo parecia abatido, como eu, mas estava focado em garantir que essa parte do luto fosse tratada adequadamente. ― Bernardo, e a Sophia? O que descobriu? ― Perguntei, meu coração acelerando com a ansiedade e a esperança de alguma informação positiva. Bernardo suspirou, passando a mão pelo cabelo em um gesto de cansaço e preocupação. ― Vitor, ainda não temos notícias concretas dela. A polícia está trabal
Eu abri os olhos devagar, tentando me situar. Estava deitada em uma cama desconhecida, em um quarto estranho que não reconhecia. Ao olhar em volta, minha mente começou a se encher com flashes da tragédia que havia ocorrido dois dias atrás.Os rostos dos meus avós vieram à mente. Eu os vi ali, na minha frente, assassinados brutalmente pelo Tomás. A cena se repetia em minha cabeça, e eu não conseguia escapar da sensação de terror e impotência que senti naquele momento.Tentei me levantar da cama, mas logo percebi que algo não estava certo. A porta do quarto estava trancada. Meu coração começou a bater mais rápido, e um sentimento de desespero tomou conta de mim. Gritei, pedindo ajuda, esperando que algu&ea
Já estava acordada. Estava esperando o Tomás trazer o café da manhã, esses três dias aqui trancada conseguir gravar mais ou menos a hora que ele vem trazer o café da manhã. É duas horas depois que o sol já iluminava aqui nesse quarto pela janela com grades. Me sinto numa prisão presa desse jeito e ainda vai ser pior: acho que estou perto de ter a minha filha, essa madrugada comecei a sentir contrações, leves, mas sentir. E tem essa viagem que o Tomás quer fazer com esse estado. Até tentei convencer ele no jantar de ontem.***― Amor, o jantar está pronto. Fiz um cordeiro grelhado com legumes salteados vocês vão gostar. ― Ele entrou no quarto sorrindo e segurando aquela algema. Olho para aquele objeto e depois olho para ele.― Bem que essa noite você não coloca isso, né? ― Levantei da cama, pedindo com suavidade. Não posso enfrentá-lo, não sei o que ele pode fazer? Tenho que pensar na minha filha. ― Hmm… Acho melhor não correr o risco. Não quero que você corra atrás daquele babaca que