Poseidon Galanis Passei o dia todo em Atenas, resolvendo alguns problemas no hotel de lá e principalmente agilizando a construção do meu escritório aqui na ilha. Fiquei muito tempo longe da Sofia, quando desço do helicóptero e entro em casa não ouço nada, está tudo em silêncio, nem sinal dos meus pais ou de sardinhas bonitinhas. Atravesso a sala e subo as escadas, estou louco de saudade da minha garota, embora ela esteja planejando ir para longe de mim. Sempre me envolvi com várias mulheres e nunca me apeguei, se eu achava uma mulher bonita e atraente eu passava uma noite com ela e no dia seguinte era apenas tchau, sem olhar para trás. Mas Sofia é diferente, ela é frágil, delicada e ao mesmo é forte e corajosa. Vejo um certo receio da parte dela ao meu lado, é como se ela estivesse lutando contra algum sentimento que ela acha que pode desenvolver por mim, me parece que esconde algo importante, talvez o motivo pelo qual o pai dela fez uma atrocidade daquelas, marcar uma pele tão delic
Sofia Lykos A luz forte do sol atravessa minhas pálpebras fechadas, abro os olhos devagar e me espreguiço na cama absurdamente grande. Ainda não me acostumei com essa cama gigante e confortável. Coloco o lençol de lado e me levanto, solto um gemido por conta da dor que se espalha por todo o meu corpo, pois minhas costas ainda doem um pouco por conta da surra que tomei há alguns dias. Sigo para o banheiro, me olho no espelho e respiro fundo, uma lágrima solitária desce pelo meu rosto quando lembro de tudo o que ele me falou e tentou fazer, custei a acreditar que meu próprio pai é um mostro sem escrúpulos. Graças a Poseidon eu tive uma segunda chance, ele me resgatou e tem cuidado de mim desde então. Tenho sentido umas coisas estranhas quando ele está perto, meu coração b**e acelerado e sinto borboletas no estomago, mas ainda não posso me entregar a alguém, logo agora que estou tão quebrada, quando ele descobrir tudo o que aquele mostro fez e falou não vai mais querer chegar perto de
Poseidon Galanis Acordo com o som alto do helicóptero, são meus irmãos chegando com a sua família, suspiro e me levanto indo direto para o banheiro fazer a minha higiene matinal. Entro no box do chuveiro e assim que a água cai em minha cabeça o momento em que quase a beijei vem em minha mente, a maciez dos lábios, o gemido fraco que escapou de sua garganta. Respiro fundo, eu cheguei tão perto, tudo o que eu queria saber é o que a deixa tão na defensiva, pude perceber o medo que em seus olhos, só queria poder beijá-la e abraçá-la sem que ela recuasse. Tenho noção que as coisas que ela deve ter passado com o Júlio não devem ter sido fáceis, mas o medo que vi em seus olhos me doeu, não quero nem imaginar que aquele desgraçado tenha feito com a ela a atrocidade que está passando na minha cabeça, eu o mato. Lembro que ela quer sair dessa casa, ir para longe, mas graças aos Deuses, a vaga que ela tanto quer aqui na ilha saiu e ela vai continuar perto de mim. Pelo menos a ilha é pequena o
Sofia Lykos Acordo ansiosa, hoje é a entrevista com o diretor da escolinha da ilha e estou muito nervosa, sempre foi meu sonho e talvez hoje ele finalmente se realize. Visto uma saia lápis preta, uma blusa de manga branca, calço meu saltinho de bico fino na cor nude, faço uma maquiagem bem básica, pego minha bolsa e sigo para a sala da mansão. Ártemis fez questão de ir comigo, então quando chego na sala de estar vejo quase toda a família sentada no enorme sofá branco. Eles são uns queridos, todos me trataram bem e com muito respeito, e as crianças então, são uns fofos, fico muito feliz que os pequenos sejam tão amados e cuidados. — Uau — Hades fala me olhando e Poseidon b**e na cabeça dele — Calma caçula — ele ri da reação do irmão, eu não me importo porque sei que é brincadeira para abusar Poseidon pois todos acham que ele gosta de mim, claro que eu jamais chamaria a tenção de um homem tão lindo quanto o Don, e ele não vai me querer por perto quando eu contar da monstruosidade qu
Poseidon Galanis A observo se afastar, subindo as escadas apressada, sua reação só reafirma o que eu já imaginava, ela esconde algo de mim. Tenho receio do que a incomoda tanto a ponto de não querer falar comigo, eu só quero protegê-la. Sem esperar mais um segundo a sigo, quando abro a porta do quarto e entro ela está com uma peça de roupa nas mãos. Fecho a porta atrás de mim, me aproximo e cruzo os braços a encarando. — Tem certeza que não quer se abrir comigo? — pergunto encarando seus olhos amedrontados — Eu só quero te proteger, não sou digno de sua confiança? O que te incomoda tanto? — questiono magoado e curioso. — Não tem nada me incomodando — sua voz sai baixa e trêmula. Mesmo a alguns passos de distância eu posso notar que seu corpo treme tenso, uma enorme vontade de ir até ela e envolvê-la em meus braços se apossa do meu ser, mas me contenho. — Então porque foge tanto? — pergunto ávido por uma resposta — Não sente nada por mim? — Você não pode esquecer isso? — pergunta
Poseidon Galanis Cruzo os braços impaciente e me encosto no capô do carro, vim para Atenas com Hades para participar de uma reunião de última hora. Mesmo de férias eles arrumam um jeito de me enfiar em trabalho. Agora estou aqui em frente a uma lanchonete esperando o bastardo comprar um lanche. Três moças passam por mim na calçada e soltam risinhos, viram o pescoço para me olhar, os olhos brilham em admiração. Ofereço o meu melhor sorriso educado, me surpreendo por não ter gracejado nenhuma delas e chamado para um passeio, se é que me entendem. Mas não consigo olhar para nenhuma outra mulher, Sofia está gravada nas minhas lembranças e seu rosto aparece toda hora na minha mente, me deixando intrigado. O cupido filho de uma mãe me flechou que nem vi a hora. Uns dias atrás fiquei quatro dias sem vê-la, tive que viajar a trabalho às pressas. Esse tempo longe serviu para deixar meu coração apertado e eu nem conseguir dormir direito com tanta saudade. Só a conheço a meia dúzia de semanas
Sofia Lykos Já é final de tarde quando me sento na areia da praia em um ponto distante das pessoas, admirando a imensidão azul que me faz lembrar de um par de olhos hipnotizantes que não vejo fazem três semanas. A três semanas que eu não vejo Poseidon e meu coração está apertado de saudade, ele me mandou uma mensagem avisando que precisaria ir a Londres, acompanhar a reforma de uma das filiais de lá, não se deu nem o trabalho de se despedir pessoalmente. Embora me ligue todos os dias para saber como estou me sentindo e se estou precisando de alguma coisa sempre noto sua voz um pouco fria e distante. Na última vez em que nos vimos eu fiquei meio boba olhando para o seu peitoral descoberto e senti vontade de tocar por toda a extensão de seu musculoso corpo, só com esse pensamento sinto minhas bochechas esquentarem. Gostaria de não o ter parado, gostaria de tê-lo beijado mais, gostaria de não sentir medo. Quando ele foi embora naquele dia meu coração se apertou com a visão de suas co
Poseidon Galanis Quase um mês sem vê-la, isso está acabando comigo de maneiras inimagináveis, respiro com dificuldade devido ao esforço físico que faço ao correr na esteira da academia do hotel em que estou hospedado com o meu irmão e a minha cunhada, eles vieram tem uma semana para tentar agilizar nosso trabalho aqui para que eu finalmente pudesse voltar para casa, voltar para a minha Sardinhas Bonitinhas. A música soa alta através dos meus fones de ouvido me desligando dos ruídos ao meu redor, mas não desligando meus pensamentos. Quando Zeus falou que eu teria que vim na frente e supervisionar toda o andamento da reforma da nossa filial aqui de Londres eu fiquei meio relutante, não queria me afastar dela mas sei que precisava dar um espaço para nós dois colocarmos nossos pensamentos no lugar e entender tudo que está acontecendo com os nossos sentimentos, eu sei que ela gosta de mim mas tem medo de alguma coisa e eu ainda vou descobrir o que é. Falar com ela apenas por mensagens ou