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Marrento

— Cicatriz, eu não sei o que aconteceu. O garoto me garantiu... — Paro de falar quando ele segura firme na minha nuca e em um ato de defesa, levo uma mão ao coldre na minha cintura, e o esforço faz uma dor rasgar o ombro machucado. Contudo, os homens imediatamente apontam as suas marmas para mim e eu desisto.

— Você e esse garoto são um monte de merda mesmo, dois imprestáveis! — Ele rosna e eu pressiono o meu maxilar segurando uma resposta atrevida. Finalmente ele me larga e ao se afastar, olha de mim para o Lucas. — Olhe bem para mim, rapaz, você me deve dois mil e eu te dou uma semana para me pagar. — Lucas encolhe os olhos e imediatamente o seu olhar corre para mim.

— Mas, mas o Marrento disse...

— O Marrento não manda em porra nenhuma! — Ele rebata me deixando furioso. — Uma semana, Lucas, nem mais e nem menos. — O garoto engole em seco e me encara apreensivo.

— O carro já está pronto, Cicatriz. — Alguém avisa.

— Ótimo! Vamos levá-los para o galpão. A comunidade será o pr
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